Joias da poesia
contemporânea

Espírito: Casimiro Cunha

 

Velhos rifões

 

Que a maravilha dos grandes

Não te sirva de embaraço.

A jornada por mais longa,

Começa sempre de um passo.

 

Sem vida nova em Jesus

Nossa crença é muito estranha...

A raposa muda a pele

Conservando a velha manha.

 

Benefício acompanhado

De censura ou de papel

É bebida indesejável

Que sabe a vinagre e fel.

 

Na verdade, Deus é bom;

Mas se o filho é rude e mau,

Por vezes, descem do céu

Pedra e fogo, corda e pau.

 

A ventura de quem vive

De maldade e vilipêndio

É como a luz passageira

Que nasce de um grande incêndio.

 

Evita imitar no mundo

Os homens apaixonados

Que tratam alguns por filhos

E aos outros por enteados.

 

Não te esqueças da prudência

E aprende a falar talvez.

Crendo em tudo quanto escutas,

Tropeçarás muita vez.

 

No serviço alegre e são

A tua força concentra.

À porta de quem trabalha,

A fome espreita e não entra.

 

Fala pouco de ti mesmo,

Pois saúde e geração

Se forem muito apurados

Só trazem perturbação.

 

Não te rias de quem chora.

Toda dor faz ida e vinda

E a botija de vinagre

Tem muito vinagre ainda.

 

Do livro Coletânea do Além, obra mediúnica psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.

 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita