As marcas do Cristo
"Quanto ao mais, ninguém me moleste; porque eu trago no
corpo as marcas de Jesus.” (Paulo, Gálatas, 6: 17.)
Paulo de Tarso, de forma determinante, gravou em si,
mediante renúncia, perseverança e determinação, as
reconhecidas marcas do Cristo, desenvolvendo notável
trabalho na divulgação das valiosas e imprescindíveis
lições de Jesus.
Seu labor incansável e destemido, numa época
extremamente hostil para a implantação de novas ideias,
principalmente aquelas que contrariavam os hábitos e
costumes dos poderes dominantes, contribuiu sobremaneira
para que o cristianismo ganhasse a popularidade dos dias
presentes.
Francisco Cândido Xavier impregnou-se pelas marcas do
Cristo trabalhando mais de setenta anos na mediunidade,
tendo publicado, aproximadamente, quatrocentos e
cinquenta livros psicografados, oferecendo-nos um
manancial incomensurável de ensinamentos espirituais,
além de exemplificar intensamente, pela vida toda, como
deve se portar um verdadeiro cristão.
Madre Tereza de Calcutá carregou as marcas do Cristo ao
vivenciar as lições evangélicas, através das ações
sociais e beneméritas em favor dos povos pobres e
sofridos do oriente, espalhando o amor e o bem em todas
as direções.
Irmã Dulce, na Bahia, mostrou em si as marcas do Cristo
ao desenvolver um profícuo labor em prol de crianças e
pessoas carentes, construindo obras filantrópicas de
profundo alcance e valor social, minimizando o
sofrimento, a dor e a angústia de inúmeras criaturas.
Francisco de Assis, na Itália, foi marcado pelo Cristo,
despojando-se da vida abastada que tinha, para grassar o
Evangelho de Jesus no seio do povo sofrido da sua
comunidade, deixando um legado de humildade, abnegação e
caridade.
Jerônimo Mendonça, em Minas Gerais, mesmo vivendo em uma
maca, tetraplégico e cego, evidenciou as marcas do
Cristo edificando creche, centro espírita, gráfica,
publicando livros, discos e realizando palestra pelo
Brasil inteiro, sem medir esforços ou apresentar
cansaço, sempre tendo em meta socorrer os irmãos com
necessidades.
Mahatma Gandhi, na Índia, patenteou as marcas do Cristo,
libertando o povo indiano da opressão britânica, lutando
destemidamente sem usar violência.
Martin Luther King, nos Estados Unidos, carregou o
Cristo marcado em si, defendendo os direitos das
mulheres e dos negros, trabalhando sem detença, por uma
sociedade mais justa, fraterna e humana. Foi
extremamente sábio quando disse: “O que mais preocupa
não é o grito dos corruptos, dos violentos, dos
desonestos, dos sem caráter, dos sem ética. O que mais
preocupa é o silêncio dos bons".
Inúmeras criaturas, das mais variadas formas e métodos,
souberam carregar as marcas do Cristo, aplainando nossas
estradas para que possamos caminhar com mais
tranquilidade, conforto e segurança.
Resta, então, perguntar: quais são as marcas do Cristo
em nós? Será que as temos?
Reflitamos...