Brasil
por Djair de Souza Ribeiro

Ano 11 - N° 556 - 25 de Fevereiro de 2018


 

Divaldo Franco foi a atração do 34º Congresso Espírita do Estado de Goiás


A Federação Espírita do Estado de Goiás – organizadora do evento - escolheu o tema A Gênese: Filosofia, Ciência e Religião Em Busca de Deus, uma justa e merecida homenagem aos 150 anos do livro A Gênese, publicado por Allan Kardec em Paris no dia 6 de janeiro de 1868. Na edição deste ano a FEEGO brindou os participantes do Congresso com a presença de renomados expositores espíritas como: Artur Valadares, Divaldo Franco, Haroldo Dutra Dias, Rossandro Klinjey, Sérgio Lopes, Simão Pedro e outros destaques da tribuna espírita.

Na tarde do dia 11 de fevereiro o Teatro Rio Vermelho e o auditório Lago Azul tiveram suas dependências inteiramente tomadas pelos expectantes participantes do Congresso para ouvirem Divaldo Franco. Ressaltamos a participação do Sr. Governador do Estado de Goiás, Sr. Marconi Ferreira Perillo, e também da Secretária de Cultura do Estado de Goiás, Sra. Raquel Figueiredo Teixeira.

Desenvolvendo o tema “São chegados os Tempos” (capítulo 18 do livro A Gênese), Divaldo Franco recorreu ao seu vasto repositório de conhecimento histórico, social e político levando-nos a um périplo que tem início pela Israel dos tempos bíblicos, com o nascimento de Jesus, que viria a dividir a história da Humanidade em dois períodos: antes e depois Dele.

Em um transporte de muita emoção Divaldo citou o Sermão Profético de Jesus anunciando os tempos em que grandes sofrimentos afligiriam a Humanidade e vaticinando que o soberbo Templo de Jerusalém seria destruído, “não permanecendo pedra sobre pedra”. A predição de Jesus realizou-se no ano 70 d.C. quando o general romano Tito Flávio Vespasiano Augusto (39-81) recebeu a ordem do Imperador Vespasiano de acabar com os judeus revoltosos durante o conflito conhecido como a 1ª guerra judaico-romana.

Seguiu Divaldo a viagem passando pelas perseguições aos mártires cristãos até que em 313 d.C. após a vitória de Constantino sobre Magêncio, na Batalha da Ponte Milvia, o militar vitorioso aboliu a perseguição aos cristãos, tornando o cristianismo a religião do Império romano. Os cristãos, até então perseguidos, passaram a exercer o poder político sufocando a terna voz de Jesus e mergulhando Seus ensinamentos na longa noite medieval.

Após dissertar sobre importantes episódios ocorridos na Terra ao longo dos séculos, Divaldo mencionou o advento do Espiritismo, cuja vinda fora também prevista por Jesus. E, nesse ponto, perguntou: Que temos feito de todos os conhecimentos libertadores que o Espiritismo nos fornece? Qual o sentido da vida? Que buscamos na existência?

Esse, disse então, deve ser o foco das nossas atenções, pois, conforme exarado por Allan Kardec em A Gênese, já teve início o Mundo de Transição, deixando o mundo de lágrimas e de grandes sofrimentos e ingressando no mundo de esperanças.

As luzes da esperança já luarizam nossos corações, enfatizando o convite para a nossa transformação íntima. Ao invés de reclamarmos dos erros alheios, devemos centrar todos os esforços na identificação dos nossos “demônios”, buscando corrigi-los aperfeiçoando-nos. Esse é o convite que Allan Kardec – especificamente no capítulo 18 de A Gênese – nos vem fazendo desde 1868. Até quando vamos ficar procrastinando as ações que nos levarão ao aperfeiçoamento intelectual e principalmente moral?

Esse foi, em síntese, o recado contido na conferência de abertura do Congresso.

Homenagens ao orador – Os organizadores reservaram a noite desse dia 11 de fevereiro para homenagear Divaldo Franco pela dedicação de toda uma vida à divulgação doutrinária, bem como à exemplificação da prática continuada da Caridade.

Para tanto uniram-se em um esforço monumental grupos de teatro, de dança, vários corais, coreógrafos, roteiristas, músicos e beletristas para produzirem um Musical – simplesmente emocionante e belo – retratando a trajetória de Divaldo Franco desde a infância em Feira de Santana e percorrendo os principais fatos de sua profícua existência e que recebeu o nome de “Semeador de Estrelas – o Musical”.

O psicólogo paraibano e palestrante espírita Rossandro Klinjey ficou encarregado de apresentar ao enorme público presente as homenagens iniciais a Divaldo. Antecipando as emoções que adviriam a seguir Rossandro convidou a todos os mais de 3.000 participantes presentes e mais os 32.000 espectadores que acompanhavam o evento pela internet a cantarem em um coro global a música de Roberto Carlos “Como é Grande o Meu Amor por você”.

Impossível de conter a forte emoção e as lágrimas que envolveram a todos!

Após essas emoções preliminares coral, atores e bailarinos deram início à performance do espetáculo interpretando várias fases da vida de Divaldo. A cada uma dessas etapas revezavam-se artistas interpretando as iluminadas personagens dessa história.

Cada fase da vida de Divaldo era acompanhada por uma música composta especialmente por Maurício Keller para esse evento. Assim, quando estava sendo encenada a infância de Divaldo, era interpretada a música “Menino Surreal”. Depois quando a Mentora de Divaldo se identifica interpreta-se a melodia intitulada “Joanna de Ângelis”. Em seguida o começo da obra assistencial capitaneada por Divaldo e pelo queridíssimo Tio Nilson de tantas saudades foi acompanhada da canção “Mansão do Caminho”. Já quando tem início a tarefa de divulgação e de iluminação de Consciências a plateia emociona-se ouvindo a canção “O Semeador de Estrelas”. Para fechar o espetáculo as músicas “Deus e Eu” e “Vozes da Bondade” arrebatam em uma grande emoção a todos que tiveram a felicidade de assistir a esse lindo espetáculo-homenagem.

Não há como descrever a alegria, a harmonia e a paz que repletavam a psicosfera individual tanto como coletiva.

A jornada do dia seguinte – Incansável, mesmo após um dia de agenda repleta de compromissos na divulgação da Doutrina Espírita e associado às fortes dores ciáticas que há 8 meses veem afetando-o, Divaldo Franco apresentou-se na manhã do dia 12 de fevereiro para mais uma jornada de conferências no 34º Congresso Espírita do Estado de Goiás.

Acolitado pelo Dr. Juan Danilo Rodriguez, Divaldo toma da palavra iluminada e inicia a conferência elaborando uma anamnese histórica partindo de Caio Júlio Cesar, imperador romano sucedido, após seu assassinato por Senadores revoltados, por Caio Júlio Otaviano Augusto que governou o Império Romano imprimindo uma administração pautada pela prosperidade e pela ausência de Guerras.
É nesse clima de paz que nasce Jesus na Palestina, na época dominada pelo Império Romano, e que vem impulsionar a Humanidade em uma nova direção rumo a um futuro onde o amor e dominará nossas ações e comportamento.

Divaldo faz então uma digressão envolvendo Caio Júlio Cesar – que por ocasião dos fatos narrados a seguir ainda não era Imperador de Roma – durante as Guerras da Gália oportunidade em que seu gênio militar associado a uma vontade férrea acabou por conquistar os Gauleses em um terrível banho de sangue, em cujas batalhas um sacerdote druida de nome Allan Kardec fora morto.

Divaldo salta agora 19 séculos e narra com seu verbo inspirado o reencontro entre o Espírito do sacerdote druida – preparando-se para retornar ä Terra como Hippolyte Léon Denizard Rivail - e Júlio Cesar, agora reencarnado na persona de Napoleão Bonaparte. Esse reencontro deu-se no plano Espiritual e é narrado pelo autor espiritual Irmão X e psicografado por Chico Xavier em o livro Cartas e Crônicas, capítulo Kardec e Napoleão.

Acompanhando Kardec ou logo após ele - nascem na Terra uma plêiade de espíritos que veem com a missão de auxiliar a Humanidade em uma nova era de conhecimentos transcendentais e que buscam lançar as bases de doutrinas que permitirão a Humanidade uma integração maior e uma medicina mais humana e natural.

Surge Lázaro Luís Zamenhof que elabora o Esperanto idioma descomplicado e de fácil assimilação e Christian Friedrich Samuel Hahnemann apresentando a Doutrina da Homeopatia.

Para socorrer o ser humano que estorcega em um emaranhado de complexos, conflitos e desequilíbrios emocionais Sigmund Freud apresenta a Psicanálise, mas por não conter todo o cabedal necessário para entender o ser humano holisticamente (corpo físico e alma) despontam novas correntes como a Psicologia comportamental (Behaviorista) e mais tarde a Psicologia humanista (que une as anteriores). Há mais ainda por fazer nesse terreno e surge então a Psicologia Transpessoal batizada por Abraham Maslow como a 4ª Força da Psicologia e que assimila conteúdos de muitas escolas psicológicas, como as da Psicologia Analítica de Carl G. Jung, Abraham Maslow, Viktor Frankl, Ken Wilber e Stanislav Grof (autor do livro Além do Cérebro) e que tem como princípio o estudo da Consciência.

É Jesus incansável no seu auxílio à Humanidade para tornar menos áspero e sofrido o caminho da criatura.
Mas o que a Sociedade tem feito dos valores éticos e morais trazidos pelos Luminares da Humanidade?
Observa-se um barateamento da compostura e uma inversão de valores transformando a criatura humana em uma máquina sexual malversando a utilização das energias genésicas no desvario e na perda do sentido psicológico da vida culminado na ausência do amor.
Qual é o meu objetivo existencial? Muitos se perguntam e o Espiritismo vem nos dizer que vale a pena viver e apresentando caminhos para sublimarmos as energias primitivas na forma das sensações que devem ser convertidas em sentimentos.

Encerrando a conferência Divaldo narra – com sua reconhecida emoção – o fato envolvendo Vicente de Paulo que abdicou da condição de Confessor da Corte Francesa e passou a cuidar das crianças que enxameavam Paris, órfãs da peste que assolava a região.

Concluindo a conferência, ele lembrou que muitas pessoas ainda procrastinam adiando, não se sabe para quando, a decisão da transformação e do autodescobrimento, pois não se transforma aquilo que não se conhece. E citando Mateus 24:36 (“Quanto ao dia e à hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão somente o Pai”), Divaldo nos advertiu que não devemos esperar mais, pois amanhã pode ser tarde.

Vida, Presente de Deus – Dando continuidade às atividades de divulgação no 34º Congresso Espírita do Estado de Goiás, Divaldo Franco proferiu conferência sobrer o tema “Vida, Presente de Deus”.
Ele iniciou sua fala abordando a constituição do Universo ocorrida há bilhões de anos.

Após uma digressão pela história e os fatos que antecederam o surgimento do orbe em que vivemos, ele lembrou que a Vida é presente de Deus, que nos fornece as melhores condições para deixarmos de sermos simples e ignorantes e galgarmos os degraus de nossa evolução até atingirmos a angelitude.
Mas, perguntou o orador, que temos feito do presente recebido de Deus? Onde estamos colocando o foco de nossas ações? Qual o sentido com que estamos direcionando nossos passos?
Para emoldurar a conferência Divaldo fala-nos da força da vida compartilhando a emocionante experiência vivida por uma família americana que o procurou para dar-lhe ciência do ocorrido em suas vidas.

O relato constitui mais um exemplo de que a Força do Amor impulsiona a Vida, presente de Deus.
Contrapondo a essa emocionante experiência que nos fala do Amor, Divaldo apresenta uma narrativa que vem nos falar de que os interesses imediatistas propugnados pelo Ego conspiram contra o Amor.
Ao pintar a famosa cena da Última Ceia em um afresco que se encontra no convento de Santa Maria delle Grazie em Milão, Itália, Leonardo da Vinci buscou por um modelo que pudesse inspirá-lo a elaborar a figura de Jesus no famoso mural. Após meses de busca, Da Vinci finalmente logrou encontrar um humilde pastor de rebanhos que preenchia com perfeição todos os requisitos exigidos pelo famoso artista.
Durante vários dias artista e modelo permaneceram no trabalho até a conclusão da obra e o rapaz recebeu o pagamento combinado: uma pequena fortuna em moedas de ouro.
Uma década transcorreu e Leonardo Da Vinci recebeu a encomenda para pintar um quadro com a cena de Judas no gesto de traição, beijando a face do Amigo. Uma vez mais Da Vinci buscou um modelo vivo para posar, logrando encontrá-lo na cadeia local: um prisioneiro – acusado de múltiplos assassinatos – que preenchia todos os requisitos imaginados pelo artista.
Concordando em trabalhar como modelo, seguiria o criminoso – sempre acompanhado pela autoridade policial – até o atelier de Da Vinci, que já havia iniciado a obra pintando a figura de Jesus que havia lhe sido inspirada pelo pastor.
Quando o prisioneiro viu o quadro já esboçado, restando apenas inserir a figura do traidor, o assassino pôs-se a derramar lágrimas emocionado. Da Vinci então perguntou-lhe a razão de toda aquela emoção e o modelo explicou ao atônito artista que ele – dez anos antes – havia posado para retratar Jesus no afresco da Última Ceia e que a fortuna recebida pelo trabalho lhe havia corrompido a Consciência débil e sem resistência aos apelos mundanos. Esgotada a fortuna e tendo sido rechaçado pela mulher que amava e que supunha amá-lo, foi tomado de fúria incontrolável assassinando-a.
Leonardo da Vinci pousou os pincéis que houvera preparado cobriu o quadro com um pano e jamais terminou a obra.

Encerrando a conferência Divaldo emocionou até às lágrimas grande parte dos presentes narrando a história do menino Bill que – vítima da Leucemia – vivia seus últimos dias na Terra. Bill tinha o projeto de se tornar Bombeiro ao crescer, mas sabia que tal plano não se concretizaria, pois pressentia a aproximação da morte.

Cientes do ocorrido o comandante da corporação local designou uma viatura equipada com escada de incêndio e ele, acompanhado de outros soldados, entrou pela janela no quarto onde Bill repousava.
Bill foi nomeado Bombeiro honorário, ganhando um uniforme e capacete, conseguindo até mesmo – sempre acompanhado da equipe médica que dele cuidava – participar de um atendimento para apagar um fogo simulado pelos companheiros de farda.
Decorrida uma semana Bill desencarnou, mas não tirou – em momento algum – a farda que orgulhosamente trajava.

“Quando amamos somos capazes de fazer sempre aquilo que nos pedem e muito mais”, concluiu o estimado orador.

Conferência final – No encerramento do Congresso, a temática da conferência foi o próprio tema escolhido pelos organizadores do evento: A Gênese: Filosofia, Ciência e Religião em Busca de Deus.
Divaldo a inicou narrando a história de humilde lenhador que após beneficiar um homem santo e sábio que necessitava de amparo e abrigo. Como gratidão o beneficiado deu ao lenhador um conselho:
— Homem, penetra na floresta.
O lenhador aceitou o conselho e adentrou-se ä floresta e descobriu um mundo de riquezas naturais que o transformou em um multimilionário empresário.
O tempo transcorreu e já avançado na idade, o agora milionário, deu-se conta de que a vida farta materialmente, era, contudo, um enorme vazio existencial.

Amargurado, pôs-se a refletir sobre sua vida e pareceu-lhe ouvir no recôndito da alma a voz do sábio que lhe dizia: 
— Homem, penetra na floresta.
O ex-lenhador silenciou sua voz e mente e mergulhou profundamente em seu mundo íntimo onde pôde finalmente encontrar a paz que tanto almejara a vida toda, pois se dera conta de que doravante jamais seria atingido pelas ocorrências exteriores. Finalmente percebera que o mais importante da vida é conhecer-se a si mesmo.

Divaldo silenciou por um breve tempo para citar, a seguir, o filósofo latino Cícero: “A História é a pedra de toque que desgasta o erro e faz brilhar a verdade”. Dezesseis séculos mais tarde, com base nas palavras de Cícero, Francis Bacon observou que uma filosofia superficial inclina a mente do homem para o materialismo, mas uma filosofia profunda conduz as mentes humanas para a religiosidade. Esse encontro é definido por Jung como individuação, mas, para lograrmos esse nível de consciência, não podemos permanecer estagnados e, sim, buscarmos o real sentido da vida.
Depois de várias digressões de natureza filosófica, o orador afirmou que a Doutrina dos Espíritos, por sua vez, desvela um manancial quase que inesgotável de conhecimento, com o propósito de elevar a criatura humana fornecendo-lhe a oportunidade de identificar o sentido existencial, reiterando os ensinamentos do Cristo acrescidos dos conhecimentos transcendentes da imortalidade da alma, das vidas sucessivas e da caridade.

Abençoada Doutrina que nos responde questões fundamentais e tão antigas quanto a Humanidade: Quem somos? De onde viemos? Para onde vamos? Por que sofremos?
Doutrina que ensina com irretocável lógica as leis morais da vida que estabelecem que temos direitos, mas também temos deveres e as consequências morais de nossos atos.

Lamentavelmente a Ciência desdenha e despreza essas considerações e até mesmo evita pesquisá-las, receosos os que assim agem de serem discriminados pela inteligência acadêmica arrogante e presunçosa.
O Espiritismo vem convidar-nos ao autoconhecimento, o meio mais eficaz para conquistarmos a felicidade na Terra, conforme exarado na resposta à questão 919 de O Livro dos Espíritos: Qual o meio prático mais eficaz que tem o homem de se melhorar nesta vida e de resistir à atração do mal? "Um sábio da antiguidade vo-lo disse: Conhece-te a ti mesmo". Não é TER, mas SER, mediante o conhecimento de si próprio como ocorreu com o lenhador da narrativa pela qual Divaldo iniciou a conferência.

Ele aludiu depois ao processo de descristianização, que se verificou na Europa, cujo auge ocorreu na catedral de Notre-Dame de Paris no dia 10 de novembro de 1793, quando se deu a destruição do altar da catedral e a entronização da deusa Razão (representada pela atriz Mademoiselle Candeille) em substituição a Deus. A partir de então nesta data passou-se a comemorar o Festival da Razão.

Esse é o clima que imperava quando surgiu a codificação espírita, fato que não foi capaz de desmotivar o insigne Allan Kardec, que enfrentou a dificuldade dedicando suas energias para publicar A Gênese – a mãe das obras espíritas – coroando e caracterizando assim a tríplice abrangência do Espiritismo: Filosofia, Ciência e Religião.

 

Nota:


As fotos que ilustram esta reportagem foram feitas por Sandra Patrocínio.


 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita