Uma
senhora, residente em Belo Horizonte, casada com um alto
funcionário do Estado, por ser parente do Sr.
Armandinho, procurou-o para, por seu intermédio, falar
ao Chico. Atravessava uma quadra de sofrimentos. Havia
perdido o pai, e um ente familiar achava-se gravemente
enfermo.
O
Sr. Armandinho levou-a à casa do médium, que resolveu,
satisfatoriamente, o seu caso e, ainda, possibilitou-lhe
recebesse uma mensagem do genitor, que se autenticara
pela letra, pelo assunto e pela espontaneidade com que
fora recebida.
Agradecida e emocionada com o que recebera do seu pai,
tanto mais que o Chico ignorava o que se passava, pegou
uma cédula de 200 cruzeiros e a ofereceu ao médium como
gratidão e para que comprasse um presente.
Escusando-se delicada e humildemente, o Chico a abraçou,
dizendo-lhe:
—
Não posso aceitar, minha irmã, nenhum dinheiro. Tudo que
recebo é de graça, vem de mais Alto, por misericórdia
imensa do Pai; devo também dar de graça para continuar
digno do Amparo que lhe recebo.
A
senhora, concluiu o Sr. Armandinho, despediu-se
surpresa, agradecida e emocionada, por ver um rapaz tão
pobre, tão bondoso, portador de tanta virtude, inclusive
da que o fazia renunciar ao dinheiro. E exclamou: Ele é
mesmo digno da Missão que possui! Que Jesus o proteja!
E
partiu feliz pelo exemplo a que assistira e pelo bem que
recebera.
Do
livro Lindos Casos de Chico Xavier, de Ramiro
Gama.
|