Nossos caminhos
E disse-lhes: Quando vos mandei sem bolsa, alforje ou
sandálias, faltou-vos, porventura, alguma coisa? Eles
responderam: Nada. (Lucas, 22:2)
Sabia Jesus que muitas vezes o coração dos desencarnados
se conturba nas lutas do dia a dia. Por
vezes, falta-lhes a fé e sentem-se à margem da ajuda
divina, como se esta faltasse em algum momento.
Recolhem-se ao desalento e, esquecidos dos compromissos
assumidos e das lutas a vencer, sentem-se perdidos e
sós. Entretanto, a pergunta de Jesus é sempre oportuna e
atual: "Faltou-vos, por ventura, alguma coisa?"
Quando reencarnamos, trazemos compromissos bem
definidos, com a finalidade de quitarmos débitos e
aprendermos novos comportamentos. Na maioria das vezes,
são as dores o único recurso que deixamos a nós mesmos
para evoluir e por isso somos nós que escolhemos os
nossos caminhos.
Não há responsabilidade assumida que não possa ser
vencida e não será por falta de ajuda do Alto que daqui
sairemos vencidos. Temos sempre ao nosso alcance a
bênção da oração e quando a fazemos com um mínimo de fé,
ela se transforma em imenso e abençoado meio de socorro
do Alto a nosso favor.
Falta-nos forças para continuar? Oremos e aguardemos
confiantes. Trazemos o coração magoado pelas forças da
incompreensão? Lembremo-nos do Mestre que, na cruz,
perdoou os seus algozes. Estamos torturados por achar
que ainda não houve resposta aos nossos pedidos?
Continuemos o nosso esforço, porque se o momento de
colher ainda não chegou, ele não tardará. Sentimo-nos
abatidos pela intensidade e quantidade de problemas que
nos cercam? Inspiremo-nos mais uma vez em Jesus, o
Mestre Amigo, que no momento acerbo de seu martirológio,
ainda encontrou forças para servir ao Pai, redimindo
Dimas, na cruz.
Enfim, sejam quais forem os momentos por que passamos,
jamais nos sintamos sós. O Alto vela por todos, mesmo
pelos que mais erram. A qualquer momento que
necessitarmos, valhamo-nos da Fé e estejamos conscientes
de que a maior das orações, a que mais agrada aos Céus,
é a prática da caridade. Devemos nos dedicar a ela,
sejam quais forem os problemas.
Só o amor ao próximo redime e não há situação que nos
impeça de exercê-lo se estivermos atentos e com um
mínimo de boa vontade. Oremos, confiemos e sigamos sendo
úteis. Estaremos assim construindo um caminho de luz à
nossa frente.
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