Estudando as obras
de André Luiz

por Ana Moraes

 
Estude e Viva

(Parte 18)

 

Damos continuidade ao estudo sequencial do livro Estude e Viva, obra lançada pela FEB em 1965, focalizando nela de modo especial os textos de autoria de André Luiz. A obra citada foi psicografada, em parceria, pelos médiuns Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira.  


Questões preliminares


A. Sobre a compreensão do que significa a lei de causa e efeito em nossa vida, que diz André Luiz?

Segundo ele, utilizamos a lei de causa e efeito quase sempre para justificar sofrimentos, esquecendo-lhe a possibilidade de estabelecer alegrias. Se o passado e nosso comportamento de então revelam-nos as causas de determinadas vicissitudes que enfrentamos no presente, a lei de causa e efeito nos ensina que nosso futuro poderá ser venturoso, caso nossas ações e nossas atitudes no presente criem as condições para isso. (Estude e Viva, cap. 34: Semeadores da esperança.)

B. Um estado de espírito tendente ao derrotismo pode indicar a ocorrência de uma influenciação espiritual sutil?

Pode, sim, sobretudo se tal estado de espírito perdurar por algum tempo e não houver uma causa orgânica ou moral relevante que o justifique. A influenciação é muitas vezes imperceptível ao encarnado pela finura do processo, e seus efeitos negativos se fazem sentir como se fossem desenvolvidos pela própria pessoa. (Estude e Viva, cap. 35: Influenciações espirituais sutis.)

C. Que fatos podem revelar a condição de uma alma submetida a uma influenciação espiritual sutil?

Dificuldade de concentrar ideias em motivos otimistas; ausência de ambiente íntimo para elevar sentimentos em oração ou concentrar-se em leitura edificante; indisposição inexplicável, tristeza sem razão aparente e pressentimentos de desastres imediatos; aborrecimentos imanifestos por não encontrar semelhantes ou assuntos sobre quem ou o que descarregá-los; pessimismos sub-reptícios, irritações surdas, queixas, exageros de sensibilidade e aptidão a condenar quem não tem culpa; interpretação forçada de fatos e atitudes, próprias ou dos outros, que a pessoa sabe não corresponder à realidade; hiperemotividade ou depressão raiando na iminência de pranto; ânsia de investir-se no papel de vítima ou de tomar uma posição absurda de automartírio; teimosia em não aceitar que sofra alguma influenciação espiritual sutil. (Estude e Viva, cap. 35: Influenciações espirituais sutis.)


Texto para leitura


327. Semeadores da esperança – Possivelmente não tenhamos pensado ainda no verbo formoso e grave a que todos somos chamados: criar para o progresso. O Criador, ao dotar-nos de razão, a nós, criaturas, conferiu-nos o poder de imaginar, promover, originar, produzir. (Estude e Viva, cap. 34: Semeadores da esperança.)

328. Referimo-nos frequentemente à lei de causa e efeito. Sabemos que ela funciona em termos de exatidão. Utilizamo-la, quase sempre, tão só para justificar sofrimentos, esquecendo-lhe a possibilidade de estabelecer alegrias. (Estude e Viva, cap. 34: Semeadores da esperança.)

329. Causamos isso ou aquilo, geramos acontecimentos determinados. Experimentamos essa força que nos é peculiar, na formação de circunstâncias favoráveis aos homens. (Estude e Viva, cap. 34: Semeadores da esperança.)

330. Antes do comboio a vapor, a eletricidade já existia. Os transportes arrastavam-se pela tração, mas foi preciso que alguém desejasse criar na Terra a locomotiva, que se converteu a pouco e pouco no trem elétrico, a fim de que a Civilização aprimorasse os sistemas de condução que prosseguem para mais altas expressões evolutivas. (Estude e Viva, cap. 34: Semeadores da esperança.)

331. O firmamento era vasculhado pelos olhos humanos há milênios, mas foi necessário que um astrônomo inventasse lentes, para que os povos recolhessem as preciosas informações do Universo, que já havia antes deles. (Estude e Viva, cap. 34: Semeadores da esperança.)

332. O princípio é idêntico para a vida moral. Precisamos hoje e em toda a parte dos criadores de harmonia doméstica e social, dos desenhistas de pensamentos certos, dos escultores de boas obras. (Estude e Viva, cap. 34: Semeadores da esperança.)

333. O tempo nos ensinará a entender a necessidade básica de se criarem condições para o entendimento mútuo, como já se estabeleceram normas para o trânsito fácil do automóvel. (Estude e Viva, cap. 34: Semeadores da esperança.)

334. Inventemos em nossa existência soluções de conforto, suscitemos motivos de paz, tracemos diretrizes de melhoria, façamos o que ainda não foi aproveitado na realização da riqueza íntima de todos. (Estude e Viva, cap. 34: Semeadores da esperança.)

335. Provavelmente estejamos na atualidade em estágio obscuro de lições, sob a atuação imperiosa de ações passadas. Mas não nos será correto esquecer que somos Inteligências com raciocínio claro e que, se antigamente nos foi possível colocar em ação as causas que neste momento e neste local nos infelicitam, retemos conosco a sublime faculdade de idear, planejar e construir. (Estude e Viva, cap. 34: Semeadores da esperança.)

336. Ajamos na construtividade de Jesus, sejamos semeadores de esperança. (Estude e Viva, cap. 34: Semeadores da esperança.)

337. Influenciações espirituais sutis – Sempre que alguém experimente um estado de espírito tendente ao derrotismo, perdurado há várias horas, sem causa orgânica ou moral de destaque, avente a hipótese de uma influenciação espiritual sutil. (Estude e Viva, cap. 35: Influenciações espirituais sutis.)

338. Seja a pessoa bem clara com si mesma, para auxiliar os Mentores Espirituais a socorrê-la. Essa é a verdadeira ocasião de humildade, da prece, do passe. (Estude e Viva, cap. 35: Influenciações espirituais sutis.)

339. Dentre os fatos que mais revelam essa condição da alma, incluem-se: dificuldade de concentrar ideias em motivos otimistas; ausência de ambiente íntimo para elevar sentimentos em oração ou concentrar-se em leitura edificante; indisposição inexplicável, tristeza sem razão aparente e pressentimentos de desastres imediatos; aborrecimentos imanifestos por não encontrar semelhantes ou assuntos sobre quem ou o que descarregá-los; pessimismos sub-reptícios, irritações surdas, queixas, exageros de sensibilidade e aptidão a condenar quem não tem culpa; interpretação forçada de fatos e atitudes suas ou dos outros, que a pessoa sabe não corresponder à realidade; hiperemotividade ou depressão raiando na iminência de pranto; ânsia de investir-se no papel de vítima ou de tomar uma posição absurda de automartírio; teimosia em não aceitar, de si para consigo, que sofra influenciação espiritual, mas, passados minutos ou horas do acontecimento, vêm-lhe a mudança de impulsos, o arrependimento, a recomposição do tom mental e, não raro, a constatação de que é tarde para desfazer o erro consumado. (Estude e Viva, cap. 35: Influenciações espirituais sutis.)

340. São sempre acompanhamentos discretos e eventuais por parte do desencarnado e imperceptíveis ao encarnado pela finura do processo. O Espírito pode estar tão inconsciente de seus atos que os efeitos negativos se fazem sentir como se fossem desenvolvidos pela própria pessoa. (Estude e Viva, cap. 35: Influenciações espirituais sutis.)

341. Quando o influenciador é consciente, a ocorrência é preparada com antecedência e meticulosidade, às vezes, dias e semanas antes do sorrateiro assalto, marcado para a oportunidade de encontro em perspectiva, conversação, recebimento de carta clímax de negócio ou crise imprevista de serviço. (Estude e Viva, cap. 35: Influenciações espirituais sutis.)

342. Não se sabe o que tem causado maior dano à Humanidade: se as obsessões espetaculares, individuais e coletivas, que todos percebem e ajudam a desfazer ou isolar, ou se essas meio-obsessões de quase obsidiados, despercebidas, contudo bem mais frequentes, que minam as energias de uma só criatura incauta, mas influenciando o roteiro de legiões de outras. (Estude e Viva, cap. 35: Influenciações espirituais sutis.)

343. Quantas desavenças, separações e fracassos não surgem assim? Estudemos em nossa existência se nessa última quinzena  não estivemos em alguma circunstância com características de influenciação espiritual sutil. Estudemos e ajudemos a nós mesmos. (Estude e Viva, cap. 35: Influenciações espirituais sutis.)

(Continua no próximo número.)


 
 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita