Perante a morte
Cai a sombra da morte no caminho
Mas, ao invés da triste noite escura,
Surgem na madrugada de ventura
Novo céu, nova estrada, novo ninho.
Não mais o doloroso torvelinho
Nem a aflição da carne que tortura:
- Voa a alma livre, à luz risonha e pura,
Embriagada de celeste vinho.
Para quem guarda o bem, para quem lida,
Procurando Jesus em toda a vida,
A morte é doce prêmio à longa espera.
A sepultura em treva, angústia e pranto,
Descortina o reinado sacrossanto
Da Eterna Paz, na Eterna Primavera.
Do livro Cartas do Coração, obra mediúnica
psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.