Divaldo Franco: “O amor soluciona
qualquer desafio”
No período de 12 a 14 de março de 2018, o peregrino de
Jesus da atualidade, Divaldo Franco, esteve nas cidades
de Campo Mourão, União da Vitória e Ponta Grossa
desenvolvendo atividades doutrinárias, levando as luzes
do Evangelho de Jesus dentro da programação de
interiorização da XX Conferência Estadual Espírita que
teve o seu ápice em Pinhais, nos dias 16, 17 e 18 de
março, no Centro de Eventos Expotrade.
Como faz habitualmente todos os anos, Divaldo Franco
retornou ao pujante Paraná, iniciando o seu périplo por
Campo Mourão, no dia 12 de março, proferindo excepcional
conferência sobre a imortalidade da alma para um público
de 1.500 pessoas que lotaram o auditório do Celebra
Eventos, na bela e hospitaleira cidade.
Presentes diversas lideranças espíritas regionais e
estaduais (na foto com Divaldo), o
evento foi divulgado pela TVA, emissora da Associação
Espírita de Maringá, sendo essa sua primeira transmissão
externa, gerando sinal para a FEBTV.
O Grupo Encanto (na foto com Divaldo), formado por trabalhadores da Sociedade
Espírita Meimei e do Centro Espírita Caminheiros do Bem,
ambos de Campo Mourão, com suas belas interpretações
vocais e musicais, harmonizaram o ambiente, preparando-o
para a conferência que se sucederia.
A vida é uma unidade; tanto no corpo como fora dele a
criatura humana vive, indiscutivelmente.
(Divaldo Franco)
Divaldo Franco, o trator de Deus, nas palavras do
saudoso Chico Xavier, completando setenta anos de
oratória espírita, chamando atenção para a imortalidade,
narrou sintética história escrita pelo inglês William
Somerset Maugham (1874-1965), novelista, contista e
dramaturgo. Essa pequena história, inspirada em antiga
lenda oriental, narra o encontro com a morte em um
mercado de Bagdá. Aos que se interessarem por essa
exuberante narrativa, poderá encontrá-la no capítulo 4,
O Encontro Fatídico, na obra Divaldo Franco e o Jovem,
uma compilação de Délcio Carvalho, da Editora LEAL.
Percorrendo o pensamento filosófico oriental e
ocidental, notadamente dos gregos, Divaldo explanou o
entendimento de diversas correntes de pensamento sobre a
morte e a imortalidade do ser humano. Apoiando-se em
fatos históricos, desenvolveu esclarecedora linha de
raciocínio, destacando fatos e personagens que
corroboraram a imortalidade e a comunicabilidade dos
ditos mortos. A vida é uma unidade, tanto no corpo como
fora dele a criatura humana vive, indiscutivelmente.
Jesus, apresentando aos homens a essência de sua
natureza, destacou que a criatura humana é imortal,
momentaneamente revestida de matéria densa e perecível –
o corpo físico. Passando pela criação do Universo,
apresentou o trabalho ingente de Allan Kardec estampado
em A Gênese, em que o homem, imortal, desempenha
um papel importante no contexto espiritual e material,
inclusive no aperfeiçoamento dos corpos que lhe servem
de vestimenta temporária.
No campo dos fenômenos espirituais, referindo-se a
diversos protagonistas, Divaldo Franco evidenciou o
grandioso trabalho desenvolvido por Hippolyte Léon
Denizard Rivail, mais tarde conhecido por Allan Kardec,
que, despertando para as evidências das manifestações
espirituais, investigou-as com profundidade, entregando
à humanidade a Doutrina Espírita, por ele codificada.
A imortalidade da alma também se expressa pelas inúmeras
constatações sobre o conhecimento precoce de grande
número de crianças que, não possuindo tempo hábil,
discernimento e maturidade, se apresentam com pendores
excepcionais em diversas áreas do conhecimento,
verdadeiros prodígios, hoje facilmente encontrados
através das mídias sociais.
O Espiritismo é a resposta de Jesus à Humanidade sedenta
de ternura e confiança, de amor e de caridade, de
sorrisos e apertos de mãos. O planeta Terra, em franca
regeneração, recebe seres de outras dimensões, aqui
reencarnando em auxílio ao aperfeiçoamento do ser humano
habitante do orbe. Facilmente se poderá encontrar Jesus
acolhendo os indigitados através de abnegados e
devotados servidores, pois que é pelas mãos desses que
os sofredores e carentes de afeto e acolhimento
espiritual e material são atendidos em nome Dele. Esses
seres estão por toda a parte, perambulam pelas ruas
carregando o peso do sofrimento que se expressa nos dois
campos da vida, material e espiritual. O planeta
regenerado será construído pelos que possuem sentimentos
nobres, a caminho do vir a ser.
O mal que se faz a outrem é o mal que se faz a si mesmo.
(Divaldo Franco)
Na graciosa União da Vitória, em 13 de março, Divaldo
Franco, denominado por Suely Caldas Schubert como O
Semeador de Estrelas, fazendo bom uso das
ferramentas do Espiritismo e servindo Jesus onde é
chamado, apresentou profícuo trabalho doutrinário no
Complexo Esportivo da UNIUV – Centro Universitário União
da Vitória -, com o tema O Amor como Solução.
Doando-se ao próximo, atendendo gentil e alegremente os
que o procuravam para um cumprimento, uma confidência,
um autógrafo, um consolo, Divaldo atendeu ao convite
para uma pequena entrevista à TV Mill, afiliada da TV
Cultura.
O mundo conhecido antes do nascimento do Mestre Jesus
havia sido preparado para recebê-lo, inclusive com a
substituição dos homens belicosos pelos filósofos e
poetas. Espíritos nobres, formando uma cultura, de
amplitude de conhecimento e de moralidade, prepararam as
condições para o nascimento de Jesus, que, com seu
comportamento, conhecimento e amor, mudou completamente
a Humanidade.
No suceder dos fatos, Jesus escolheu seus servidores e,
incansável, amoroso e acolhedor, tocou corações rudes e
mentes obtusas, curou os doentes do corpo e da alma. Por
amor transformou as criaturas que se apresentaram
propensas às mudanças, dignificando-as com seu lúcido
olhar. Chorou, compadecendo-se daqueles que, tendo seus
corpos curados, mantiveram suas almas algemadas aos
desvios e apelos do passado infelicitador dando vazão
aos sentidos e paixões vis, esquecidos de que os corpos
são perecíveis. Jesus veio curar o ser imortal, o
Espírito, portanto, e resgatar a sua condição moral.
Dentre todos os pensadores, filósofos e poetas que se
apresentaram no palco terreno antes de Jesus, somente
Este falou de AMOR, cantando-o e vivenciando-o
integralmente. O egotismo se torna nulo pelo amor que se
devota ao outro através de ações de caridade, de perdão,
de acolhimento.
Os séculos foram-se desdobrando sobre a humanidade,
revelando déspotas e violentos, açambarcadores da paz,
promotores do mal. Em sentido contrário, e alicerçados
no amor crístico, seres enobrecidos, caridosos e
harmoniosos apresentaram-se ante as lutas ingentes entre
o bem e o mal, destacando que o homem é capaz de amar,
de perdoar e de viver em paz.
O Espiritismo, contrapondo-se ao materialismo, prepara o
homem para as grandes conquistas espirituais,
libertando-o de atavismos, reafirmando a sua
imortalidade e a sua característica espiritual. Allan
Kardec, o nobre codificador do Espiritismo, através de
seu profícuo trabalho científico e estudando os
fenômenos extraordinários de então, estabeleceu que esse
crescimento moral/espiritual se dará pelo trabalho, pela
solidariedade e pela tolerância, expressões do amor.
Discorrendo sobre suas próprias experiências, Divaldo
demonstrou que o amor é a solução para a transformação
do ser, alçando-o ao patamar de equilíbrio espiritual e
moral, libertando o ser virtuoso que jaz adormecido na
criatura humana.
Na esteira da evolução humana, o homem, aproveitando-se
de suas experiências transatas, ampliando sua
inteligência, construindo o saber científico, tem sabido
aprimorar seu modo de viver materialmente. Porém, no
campo moral, essas mesmas experiências ainda não foram
suficientes para alcançar patamares mais elevados de
conduta ética. O Espiritismo, o Consolador Prometido,
derrama sobre a humanidade as luzes do Cristo,
reacendendo no homem a chama do amor por si mesmo, pelo
próximo e por Deus. É a plenitude a ser alcançada por
muitos dentre nós.
Divaldo Franco, que conheceu o Espiritismo com 16 anos
de idade e iniciou a oratória espírita aos 18,
apresentou suas experiências e ações no campo do amor ao
próximo, servindo incondicionalmente a Jesus.
A Doutrina Espírita afirma que a missão de cada criatura
humana é amar. Todo aquele que ama vive em plenitude, é
feliz, possui alegria de viver, apesar das vicissitudes
naturais da vida corporal. A mudança de pensamento, a
adoção de uma conduta reta em acordo com o Evangelho de
Jesus são premissas para a construção de um mundo
melhor, tornando a Terra um orbe regenerado.
Concluindo seu brilhante trabalho, Divaldo Franco narrou
comovente história onde criaturas lúcidas e amorosas
propiciaram momentos de felicidade, ternura e de
elevação espiritual, dignificando o ser humano. Aqueles
que, sintonizados com as ideias apresentadas, tiveram
seus corações tocados, sentiram as vibrações do amor.
Sensibilizadas e luarizadas em bênçãos, as criaturas
predispostas à vivência amorosa consigo e com os demais,
motivam-se para fazer mais e melhor a favor do próximo,
abnegadamente. As lágrimas vertidas por alguns foram
suficientes para compreender o poder do amor.
O amor soluciona qualquer desafio.
(Divaldo Franco)
Retornando a Ponta Grossa, como faz anualmente, Divaldo
Franco proferiu elucidativa conferência sobre a
gratidão, na noite de 14 de março.
O público, atendendo
ao generoso convite das lideranças espíritas locais,
lotou o auditório e um outro salão contíguo do Clube
Princesa dos Campos.
Muito solicitado, Divaldo Franco concedeu entrevista
para a Rede Massa, do SBT, em que externou sua
perspectiva sobre o movimento espírita no exterior, as
atividades desenvolvidas na Mansão do Caminho, o
Movimento Você e a Paz, frisando que a grande tarefa do
ser humano é tornar-se alguém melhor. O Brasil, em um
processo de renovação, encaminha-se para se tornar muito
melhor do que atualmente é. Indagado sobre si, disse que
não pode alimentar expectativas de longo prazo, dada a
sua idade de 90 anos. Cada ser humano deve preocupar-se
em amar, em servir desinteressadamente. O amor soluciona
qualquer desafio.
Divaldo Franco se fez acompanhar pelo seu dileto amigo
Juan Danilo Rodríguez, natural de Ambato, no Equador.
Espírita, médico, terapeuta holístico, psicólogo
transpessoal, é fundador do Centro Espírita Francisco de
Assis, na capital equatoriana. É, também, fundador da
Fundação Luz Fraterna, dedicada ao tratamento da
síndrome autista, propiciando, para esses, uma vida de
mais equilíbrio e contato social, dignificando a
criatura humana. Dr. Juan é autor do livro Alliyana,
de cunho terapêutico, em que apresenta uma abordagem
sobre o tratamento do autismo. Alliyana é uma
palavra originária da língua quíchua, dos nativos do
Equador, e tem como significado sarar. Para a cultura
andina, sarar, curar é esclarecer. O Dr. Juan atualmente
reside na Mansão do Caminho, onde desenvolve
fervorosa e abnegada atividade voluntária. Em sintética
entrevista, destacou o trabalho desenvolvido pelo
Espiritismo, acolhendo e consolando os aflitos.
Encerrada a bela apresentação artística levada a efeito
pelo coral Vozes de Francisco, e a formação da mesa
diretiva, composta pelas lideranças espíritas locais,
com a presença do presidente da Federação Espírita do
Paraná, Adriano Lino Greca e do 1º vice-presidente, Luiz
Henrique da Silva, o Dr. Juan Danilo se expressou
agradecendo a honra de participar de significativo
evento, apresentando o abraço do Centro Espírita
Francisco de Assis, de Quito, e da Mansão do Caminho.
Abordou brevemente o seu contato com Espíritos
benfeitores que o instigaram a estudar o idioma
português, bem como, em anterior orientação, foi instado
a fundar o Centro Espírita Francisco de Assis.
Divaldo Franco, antes de iniciar sua conferência, fez
sintética apresentação de Juan Danilo, destacando, além
da obra acima citada, o livro Notas do Coração,
já com tradução para vários idiomas. Frisou que Juan
Danilo ama a Doutrina Espírita e o Brasil, é um servidor
fiel de Allan Kardec, estando residindo atualmente na
Mansão do Caminho, um exemplo de amor ao próximo.
Citando estudiosos da criatura humana, o fenomenal
tribuno de Feira de Santana discorreu sobre a gratidão.
Ela é terapêutica, produzindo saúde e bem-estar. A
gratidão não significa retribuir a quem fez um bem, um
gesto de generosidade, de auxílio. A gratidão significa
fazer a outrem o que tenhamos recebido, ampliando desse
modo a ação do bem, multiplicadamente. Esse sentimento é
o amor em ação, reconhecendo a vida animada e inanimada.
O simples reconhecimento da causalidade primeira da vida
no Universo, Deus, o grande autor de tudo o que existe,
faz surgir no ser humano esse sentimento terno de
gratidão ao Criador. Os estudiosos dessa área, em
simetria com Jesus e Deus, lograram desenvolver
conceitos facilitadores para uma compreensão aprimorada
da gratidão.
Com duas comoventes e instrutivas histórias verídicas,
Divaldo deixou claro que ser grato não é agradecimento e
retribuição. A gratidão se multiplica pelas ações que se
expressam ao fazer algo de bom ao semelhante. Jesus
ensinou a gratidão ao sentenciar que os homens deveriam
fazer uns aos outros o que gostariam que lhes fosse
feito. O amor engrandece. A humanidade coleciona muitos
nomes de indivíduos gratos, como Francisco de Assis,
que, com sua simplicidade e generosidade, foi
extremamente grato à vida, à natureza.
Os Espíritos nobres, ao fazerem o bem, o fazem em
gratidão a Deus, que lhes permite agir no bem, sendo
bons com todos. A gratidão imprime nos indivíduos um
sentimento extraordinariamente forte que lhe torna
impossível manter-se apático, à margem dos
acontecimentos. A gratidão, além do bem-estar que
produz, faz com que o indivíduo passe a perceber seu
próximo com o sentimento do amor. Quando alguém lhe
fizer um bem, agradeça e faça, então, o bem a outrem. A
gratidão é generosa.
Discorrendo sobre a Doutrina Espírita, Divaldo frisou
que a gratidão está em seus ensinamentos, nas
orientações, nos esclarecimentos, pois que os nobres
Espíritos legaram à Humanidade esse riquíssimo conteúdo
em gratidão a Deus.
Jesus pronunciou a palavra AMOR, o Espiritismo, por sua
vez, destacou a REENCARNAÇÃO, dois preciosos
ensinamentos que facultam o despertar da gratidão ao
Criador, à vida. Servir e amar, eis dois fundamentos
libertadores do ser humano. Em vez de pedir a Deus,
sejamos gratos por tudo.
Declamando o Poema da Gratidão, de Amélia
Rodrigues, Divaldo encerrou a rica conferência,
recebendo fortíssimos aplausos. Na sequência, porque
todos se encontrassem vivamente tocados por emoções
superiores e exteriorizando em seus rostos a gratidão,
demoraram-se a sair do ambiente luarizado pelas bênçãos
esparzidas.
Nota do Autor:
As fotos que ilustram esta reportagem são de Jorge
Moehlecke.