De: Paulo Cezar (Toledo, PR)

Domingo, 25 de março de 2018 às 17:11:32

Como assimilar o roustainguismo dentro da FEB, com sua doutrina avessa ao Espiritismo, que muitos a defendem fanaticamente? José Herculano Pires e Julio Abreu Filho, no livro “O verbo e a carne”, são claros quanto ao assunto, assim como são evidentes as contradições até para qualquer neófito.

Paulo

Resposta do Editor:

A perplexidade do leitor é totalmente procedente. O tema já foi mais de uma vez tratado nesta revista. Dada, porém, a relevância do assunto, voltamos a repetir: Quem lê a obra de J. B. Roustaing percebe com facilidade que existem nela pelo menos quatro pontos que a tornam incompatível com a Doutrina Espírita exposta nas obras de Kardec, Léon Denis, Delanne, André Luiz e Emmanuel.

Os quatro pontos são estes:

1º - A tese de que a encarnação não é obrigatória, nem mesmo necessária, e só se dá em caso de queda do Espírito. A evolução da criatura humana, após a passagem do princípio inteligente pelos reinos inferiores da criação, ocorreria, segundo Roustaing, em cidades espirituais nas quais o Espírito reveste tão somente um corpo fluídico – o perispírito. Se o indivíduo apresentar nessa condição algum defeito a ser corrigido (vaidade, inveja etc.), aí sim, por castigo, terá de encarnar. A reencarnação seria uma consequência dessa primeira encarnação. O assunto é tratado no volume 1, pp. 317 e 321, no volume 3, p. 91, e no volume 4, p. 292, da 8ª edição, de agosto de 1994, publicada pela FEB.

2º - Ao ter de encarnar, o Espírito fá-lo-á em um mundo primitivo, encarnando-se aí num corpo rudimentar que viverá, como os animais, do que encontrar no solo. “Não poderíamos compará-los melhor do que a criptógamos carnudos”, diz o livro de Roustaing em seu volume 1, p. 313. Um exemplo conhecido de criptógamo carnudo são as nossas lesmas. Roustaing afirma, portanto, que uma alma humana, depois de viver numa cidade espiritual, encarnará numa forma animal que nem mesmo chegou ao nível dos vertebrados, um ensinamento que reedita a doutrina da metempsicose, rejeitada formalmente pela Doutrina Espírita. O assunto é tratado ainda nas pp. 299 e 312 do volume citado.

3º - A encarnação somente se dá em caso de queda do Espírito, uma alusão à retrogradação da alma, que o Espiritismo não admite. Os motivos, diz Roustaing, são diversos e seus resultados, terríveis. “Qualquer que seja a causa da queda, orgulho, inveja ou ateísmo, os que caem, tornando-se por isso Espíritos de trevas, são precipitados nos tenebrosos lugares da encarnação humana, conforme ao grau de culpabilidade, nas condições impostas pela necessidade de expiar e progredir”, eis a lição transmitida na obra em seu volume 1, p. 311.

4º - Afirma Roustaing que Jesus não encarnou para vir trazer-nos a Boa-Nova. Seu corpo teria sido fluídico. Ele fora, assim, um agênere, um Espírito materializado e desse modo se explicariam seu desaparecimento dos 12 aos 30 anos e o sumiço do corpo material nos dias seguintes à crucificação. O assunto é tratado nos quatro volumes da obra, constituindo um dos aspectos mais conhecidos da doutrina roustainguista e, por isso mesmo, o mais criticado.

Allan Kardec examinou em suas obras os quatro assuntos acima focalizados: a encarnação do Espírito, que ele apresenta como requisito indispensável à evolução espiritual e ao progresso dos planetas; a metempsicose, que rejeitou expressamente; o princípio da não retrogradação da alma e a natureza corpórea do corpo de Jesus, ao qual dedicou os itens 64 a 67 do cap. XV de seu livro “A Gênese”. Fica claro, portanto, que os adeptos de Roustaing não poderiam intitular-se espíritas, pois defendem uma doutrina que contraria frontalmente a metodologia e três princípios espíritas consagrados: a não retrogradação da alma, a inexistência da metempsicose e a necessidade da encarnação da alma como etapa indispensável ao processo evolutivo.

De: Roseli Barreto (Taubaté, SP)

Sexta-feira, 23 de março de 2018 às 14:04:39

É permitido em um trabalho de desobsessão realizado por um grupo atender simultaneamente a dois casos diferentes no mesmo recinto, ou seja, não acabou de atender um espírito sofredor que estava com uma pessoa, outro médium recebe um espírito sofredor de outro caso?

Roseli

Resposta do Editor:

Os fatos mencionados pela leitora atendem, no meio espírita, pelo nome de comunicações simultâneas, a que André Luiz se refere em sua obra Desobsessão. A prática é mais comum do que se pensa. As comunicações ocorrem ao mesmo tempo e os espíritos comunicantes são atendidos, simultaneamente, por dois esclarecedores.

Sobre o assunto sugerimos à leitora consultar o livro 20 Lições sobre Mediunidade, cap. 11, obra publicada pela EVOC, disponível para download gratuito. Para ler ou baixá-la, clique neste link

De: Roberto T. (São Paulo, SP)

Segunda-feira, 26 de março de 2018 às 21:48:40

Assunto: Livre-arbítrio.

Prezados, antes de mais nada, obrigado pela atenção. Possuo uma dúvida a respeito da Doutrina Espirita que, até hoje, ninguém conseguiu esclarecer de maneira coerente.

O livre-arbítrio de uma pessoa pode interferir no livre-arbítrio de outra?

Por exemplo: pode uma pessoa, que deveria viver até os 80 anos, morrer em virtude de um atropelamento causado por um estado de embriaguez de outra pessoa que, nesse caso, fez mau uso de sua liberdade de ação? Ou então, se era "destino" da primeira pessoa desencarnar naquele momento, então o infrator nada mais seria que um "instrumento divino" para se cumprir tal episódio, não devendo ser imputado a ele nenhuma culpa ou responsabilidade?

Grande abraço a todos!

Roberto

Resposta do Editor:

A questão proposta pelo leitor é o tema da seção O Espiritismo responde publicada nesta mesma edição. Para acessá-la, clique aqui

De: Regiane Mariotto (Tremembé, SP)

Quinta-feira, 22 de março de 2018 às 16:19:38

Olá! Li uma matéria de vocês sobre centros espíritas na Itália. Gostaria de saber se existe algum na cidade ou região de Alessandria.

Fico no aguardo!

Obrigada!

Regiane

Resposta do Editor:

Não temos conhecimento de que existe centro espírita na região de Alessandria, informação que a leitora pode obter consultando o website da USI – Unione Spiritica Italiana. Para acessá-lo, clique aqui

De: Alexandre Chambarelli de Novaes (Florianópolis, SC)

Segunda-feira, 26 de março de 2018 às 08:28:36

Assunto: Especial 450 - Frase atribuída a Kardec: "Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sempre...”

Agradeço muito a pesquisa realizada e a todos que contribuíram para esses esclarecimentos. Foram ótimos e é isso aí, a busca pela verdade nos liberta dos dogmatismos e abre nossas mentes que a nossa Doutrina Espírita é uma doutrina dinâmica, não está fechada em si mesma, formatada como se, por exemplo, tudo estivesse contido no Livro dos Espíritos, como dizem da Bíblia, à qual somos eternos gratos, bem como à Igreja católica, que apesar dos pesares, mas com muitos bons exemplos, manteve as lições, a vida e a Moral do Cristo para nós hoje a conhecermos (como o Pai Nosso, estudado no ESE - Evangelho segundo o Espiritismo). Nossa Doutrina é evolutiva e pode sofrer correções, melhorias, como o próprio Kardec e o Espírito de Verdade fizeram no Livro dos Espíritos (com 12 edições), contendo na 2ª, 4ª, 5ª, 6ª, 10ª e 12ª correções e erratas, na tradução de Evandro Noleto Bezerra, feita dos originais franceses, que mostra a humildade e a sinceridade pela busca da verdade. Parabéns e muito obrigado!!!

Alexandre

De: Altair Dias (Aquidauana, MS)

Quinta-feira, 22 de março de 2018 às 22:37:59

Quero receber em meu e-mail novidades de nossa querida doutrina consoladora.

Altair

Resposta do Editor:

Esta revista não envia e-mails aos seus leitores. Para lê-la é indispensável que o leitor acesse nosso website – www.oconsolador.com

De: Altayr Francisco das Chagas Filho (Rio de Janeiro, RJ)

Sábado, 24 de março de 2018 à 01:00:42

Boa noite, eu e minha esposa queremos saber se vocês fazem cirurgia a distância.

Obrigado.

Altayr

Resposta do Editor:

Esta revista não é vinculada a nenhum centro espírita; seus diretores e colaboradores, sim. Mas as casas espíritas que conhecemos não fazem cirurgias a distância.

De: Pedro Augusto Perini (Angra dos Reis, RJ)

Quinta-feira, 22 de março de 2018 às 12:24:23

Em que livro, onde Emmanuel fala do "protoplasma" dando início a vida no orbe, o princípio inteligente encontrava-se nos cristais, completando seu estágio de individualização.

Pedro

Resposta do Editor:

O livro em que Emmanuel tratou do assunto chama-se A Caminho da Luz, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier, publicada em 1939 pela Federação Espírita Brasileira.

De: Gilmar Rodrigues (São Paulo, SP)

Domingo, 25 de março de 2018 às 12:41:11

Boa tarde.

Onde posso encontrar bibliografia a respeito de Ideoplastia e Formas-pensamento.

Muito grato.

Gilmar

Resposta do Editor:

Os dois assuntos são tratados por André Luiz no livro Mecanismos da Mediunidade, cap. XI e XIX.

De: Fábio Luiz Inácio (Navegantes, SC)

Terça-feira, 27 de março de 2018 às 01:27:26

Existe reencarnação obrigada, sem o consentimento do espírito?

Fábio

Resposta do Editor:

Sim. Na questão 262 d´O Livro dos Espíritos, os instrutores espirituais trataram do assunto. Kardec perguntou-lhes: “Quando o Espírito goza do livre-arbítrio, a escolha da existência corporal dependerá sempre exclusivamente de sua vontade, ou essa existência lhe pode ser imposta, como expiação, pela vontade de Deus?”

Os instrutores responderam: “Deus sabe esperar, não apressa a expiação. Todavia, pode impor certa existência a um Espírito, quando este, pela sua inferioridade ou má-vontade, não se mostra apto a compreender o que lhe seria mais útil, e quando vê que tal existência servirá para a purificação e o progresso do Espírito, ao mesmo tempo que lhe sirva de expiação.” (O Livro dos Espíritos, 262 “a”.)