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por Vladimir Polízio

 
Segue-me!


Ainda encontramos, caminhando conosco, pessoas que não compreendem as passagens do Evangelho e relutam, indecisas, em acompanhar Jesus. O entendimento de alguns é que esses fatos narrados pertencem apenas a essa época recuada em que Jesus esteve presente fisicamente na Terra.

Entendem que o convite foi feito diretamente pelo Mestre. Porém, esquecem-se de que o Mestre, através de seu Evangelho de luz, até os dias atuais aguarda que acordemos para a vida e tomemos essa séria decisão, para que nossos caminhos sejam norteados com segurança e firmeza.

Em verdade, não sabemos se também estivemos naqueles tempos em alguns desses locais de peregrinação dos nossos antepassados. Em diversas oportunidades multidões não tiveram coragem suficiente para reconhecer os ensinamentos oferecidos pelo Messias e dele se mantinham distantes, sem prestar-lhe qualquer apoio ou mesmo um gesto de reconhecimento. Tanto isso é verdade que, ao ser consultado o povo reunido para importante decisão do Sinédrio, que faria apenas e tão somente um só benefício em favor de um dos reclusos, os gritos foram contra Jesus, a quem pediam permanecesse preso, enquanto o outro, Barrabás, salteador e homicida, fosse colocado em liberdade. E assim foi feito.

Esse foi o maior gesto de traição registrado pela história geral e religiosa. A maioria, como sempre, decidiu mais uma vez sobre o destino de pessoas, de vidas. Mas é importante que nos lembremos de que a maioria decide sempre, isso é verdade, mas nem sempre vence, pois a vitória está na razão de alcançar o triunfo com êxito brilhante em qualquer campo de ação. E não foi o que houve. Esse foi o sentimento deixado para toda a eternidade. Por isso "A voz do povo não é e nunca foi a voz de Deus", pois, se isso fosse realidade, teríamos que concordar com esse absurdo e trágico resultado.

Através da mediunidade de Chico Xavier, Emmanuel nos oferece a página 'Segue-me', numa referência milenar ao convite formulado por Jesus a toda Humanidade. Essa é a maior oportunidade que o Mestre, desde sua presença física na Terra, ofereceu, não só naqueles tempos, mas até os dias atuais, esse convite que está vigente em quaisquer dos instantes ou momentos de nossa vida física. 'Segue-me'.

"É interessante notar que por todos os recantos onde Jesus deixou o sinal de sua passagem houve sempre grande movimentação no que se refere ao ato de levantar e seguir.

André e Tiago deixam as redes para acompanhar o Salvador. Mateus levanta-se para segui-lo. Os paralíticos que retomam a saúde se erguem e andam. Lázaro atende-lhe ao chamamento e levanta-se do sepulcro. Em dolorosas peregrinações e profundos esforços da vontade, Paulo de Tarso procura seguir o Mestre Divino, entre açoites e sofrimentos, depois de se haver levantado, às portas de Damasco. Numerosos discípulos do Evangelho, nos tempos apostólicos, acordaram de sua noite de ilusões terrestres, ergueram-se para o serviço da redenção e demandaram os testemunhos santificados no trabalho e no sacrifício.

A maioria dos cristãos vai adotando, em quase todos os seus trabalhos, a lei do menor esforço. Muitos esperam pela visita pessoal de Jesus no conforto das poltronas acolhedoras; outros fazem preces por intermédio dos discos. Há os que desejam comprar a tranquilidade celeste com generosos recursos amoedados, como também os que, sem nenhum trabalho em si próprios, aguardam intervenções sobrenaturais dos mensageiros do Cristo pelo bem-estar de sua vida.

Pergunta a ti mesmo se estás seguindo a Jesus ou apenas às normas do culto externo do teu modo de filiação ao Evangelho. Isso é muito importante, porque levantar e renovar-se ainda é o nosso lema."


 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita