Segue-me!
Ainda encontramos, caminhando conosco, pessoas que não
compreendem as passagens do Evangelho e relutam,
indecisas, em acompanhar Jesus. O entendimento de alguns
é que esses fatos narrados pertencem apenas a essa época
recuada em que Jesus esteve presente fisicamente na
Terra.
Entendem que o convite foi feito diretamente pelo
Mestre. Porém, esquecem-se de que o Mestre, através de
seu Evangelho de luz, até os dias atuais aguarda que
acordemos para a vida e tomemos essa séria decisão, para
que nossos caminhos sejam norteados com segurança e
firmeza.
Em verdade, não sabemos se também estivemos naqueles
tempos em alguns desses locais de peregrinação dos
nossos antepassados. Em diversas oportunidades multidões
não tiveram coragem suficiente para reconhecer os
ensinamentos oferecidos pelo Messias e dele se mantinham
distantes, sem prestar-lhe qualquer apoio ou mesmo um
gesto de reconhecimento. Tanto isso é verdade que, ao
ser consultado o povo reunido para importante decisão do
Sinédrio, que faria apenas e tão somente um só benefício
em favor de um dos reclusos, os gritos foram contra
Jesus, a quem pediam permanecesse preso, enquanto o
outro, Barrabás, salteador e homicida, fosse colocado em
liberdade. E assim foi feito.
Esse foi o maior gesto de traição registrado pela
história geral e religiosa. A maioria, como sempre,
decidiu mais uma vez sobre o destino de pessoas, de
vidas. Mas é importante que nos lembremos de que a
maioria decide sempre, isso é verdade, mas nem sempre
vence, pois a vitória está na razão de alcançar o
triunfo com êxito brilhante em qualquer campo de ação. E
não foi o que houve. Esse foi o sentimento deixado para
toda a eternidade. Por isso "A voz do povo não é e
nunca foi a voz de Deus", pois, se isso fosse
realidade, teríamos que concordar com esse absurdo e
trágico resultado.
Através da mediunidade de Chico Xavier, Emmanuel nos
oferece a página 'Segue-me', numa referência milenar ao
convite formulado por Jesus a toda Humanidade. Essa é a
maior oportunidade que o Mestre, desde sua presença
física na Terra, ofereceu, não só naqueles tempos, mas
até os dias atuais, esse convite que está vigente em
quaisquer dos instantes ou momentos de nossa vida
física. 'Segue-me'.
"É interessante notar que por todos os recantos onde
Jesus deixou o sinal de sua passagem houve sempre grande
movimentação no que se refere ao ato de levantar e
seguir.
André e Tiago deixam as redes para acompanhar o
Salvador. Mateus levanta-se para segui-lo. Os
paralíticos que retomam a saúde se erguem e andam.
Lázaro atende-lhe ao chamamento e levanta-se do
sepulcro. Em dolorosas peregrinações e profundos
esforços da vontade, Paulo de Tarso procura seguir o
Mestre Divino, entre açoites e sofrimentos, depois de se
haver levantado, às portas de Damasco. Numerosos
discípulos do Evangelho, nos tempos apostólicos,
acordaram de sua noite de ilusões terrestres,
ergueram-se para o serviço da redenção e demandaram os
testemunhos santificados no trabalho e no sacrifício.
A maioria dos cristãos vai adotando, em quase todos os
seus trabalhos, a lei do menor esforço. Muitos esperam
pela visita pessoal de Jesus no conforto das poltronas
acolhedoras; outros fazem preces por intermédio dos
discos. Há os que desejam comprar a tranquilidade
celeste com generosos recursos amoedados, como também os
que, sem nenhum trabalho em si próprios, aguardam
intervenções sobrenaturais dos mensageiros do Cristo
pelo bem-estar de sua vida.
Pergunta a ti mesmo se estás seguindo a Jesus ou apenas
às normas do culto externo do teu modo de filiação ao
Evangelho. Isso é muito importante, porque levantar e
renovar-se ainda é o nosso lema."