O cinzel do tempo
“Não te canses de fazer o bem. Quem hoje não te
compreende a boa vontade, amanhã te louvará o
devotamento e o esforço.”
(Emmanuel)
O bem realizado é o cinzel do tempo: nem todos
assim o compreendem; mas que isso não nos seja motivo de
desespero ou desânimo!
No tempo exato, quando não nos houvermos cansado de
fazer o bem, os beneficiados reconhecerão nosso devotamento e esforço.
Mas…
… Se não os reconhecerem (e aí está a mensagem da
Bem-Aventurança), Deus os contabilizará.
Assim ocorre com lagartas antes de serem borboletas; com
o ferro, perante o fogo e o malho;
Com a semente na cova escura e úmida; e com o mármore bruto
antes de converter-se em arte.
A feiura da lagarta; malho e fogo; a cova escura e o
cinzel, que pareciam ser-lhes algozes…
… Mostram-se como o cinzel do bem que o tempo
lhes presenteou:
A bela planta, a borboleta, a obra de arte… são produtos
da perseverança do bem burilado com esforço no tempo.
* * *
Nada se perde nas tarefas do bem; pois não há bem
pequeno, médio ou grande: todo ele é robusto!
Quantos filhos rebeldes não reconheceram, mais tarde, o
esforço de seus tutores para forjá-los no bem? Quantos
‘nãos’ doídos foram necessários para temperar índoles?
Se procurarmos na história verificaremos exemplos a
mancheias disso:
De filhos que reconheceram a abnegação de seus pais,
após muitos anos de lapidação, burilamento,
exemplificação, anulação…
… Tal como na dilaceração do cinzel; no peso do malho e
no calor do fogo; na resignação e compreensão da
lagarta; e no silêncio da cova fria, úmida e fértil.
* * *
O bem é produto de nossa vontade, perseverança, cansaço.
O mal já não nos requisita tanto!…
(Sintonia: Xavier, Francisco Cândido, Fonte Viva, ditado
por Emmanuel, Cap. 124 Não te canses; 1ª edição
da FEB.)
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