Sem exasperar-nos!
“… Para que a tranquilidade te banhe o pensamento, é
necessário que a compaixão e a bondade te sigam todos os
passos. Assume contigo mesmo o compromisso de evitar a
exasperação.” (Emmanuel)
A tranquilidade (importante instrumento da paz) é
ferramenta escassa em nossos dias. Andamos apressados,
apreensivos, impacientes, desassossegados; e isso gera a
intranquilidade, avessa à Paz.
Bravos (desassossegados, agressivos, violentos) se
salientam no momento atual: porque falam alto; não se
fundamentam; equivocam-se e equivocam; são irritadiços…
Mansos são anônimos; aparentam não pertencer à categoria
deste Planeta: são ponderados; fundamentados; mostram-se
honestos em seus acertos; são a imagem da tranquilidade!
Evitar a exasperação torna-se,
pois, necessário a um exercitamento: é como se
devêssemos praticar, diariamente, a Bem-aventurança “os
mansos possuirão a Terra”. O Espírito que se exercita
nesse sentido é semelhante a um “homem de bem” que se
coloca no posto avançado e elevado da serenidade;
observa as dificuldades de seus assemelhados com a única
intenção de socorrê-los.
Tal qual o sol que aquece a bons e maus, ou a chuva que
dessedenta justos e injustos, o manso (pacífico)
torna-se um olheiro atento. Unge-se dos sagrados
exemplos da Mãe Natureza, sempre divina em seus fundamentos e
promotora da tranquilidade.
Não imaginemos, entretanto, serem os outros os únicos
beneficiados dessa generosidade. Pelo contrário, esse
homem bom, já pacificado, é o maior herdeiro de sua compreensão e bondade.
* * *
Viver no Mundo, sem a ele pertencer, vencendo
exasperações, é já “herdar a Terra” (um Planeta
Regenerado) por antecipação. Não cai a mesma chuva
redentora sobre dois maus e um bom? Por acaso o Pai
privará dois injustos de receber sol e só o
proporcionará ao justo?
O Homem bom, generoso, manso, tranquilo, pacífico -
porque já não se exaspera -, consegue entender tais
caprichos do Pai. O manso vive; o exaltado vegeta! O
manso é herdeiro; o enfurecido é, ainda, desafortunado!
Não há contraindicação em viver sem exasperar-nos!
(Sintonia: Xavier, Francisco Cândido, Fonte Viva, ditado
por Emmanuel, Cap. 123 Viver em paz; 1ª edição da
FEB.)
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