Em mensagem publicada na seção de Cartas desta edição, a
leitora Carmen Lorenzo escreveu-nos:
A cromoterapia é utilizada em alguns centros espíritas,
mas na maioria deles não. Alega-se que as uniões
regionais espíritas e as próprias federações espíritas
não a recomendam. Há algum motivo para isso?
Há, sim, motivo para essa restrição.
A cromoterapia é uma terapia baseada na utilização das
cores e vem sendo utilizada pelo homem há muitos
séculos. Não há dúvida de que as pessoas podem obter, e
certamente obtêm, resultados excelentes com essa
técnica, mas não se trata de uma técnica espírita, pois
sabemos que a única técnica sugerida nas obras de Kardec
e nas obras subsidiárias da Doutrina Espírita, presente
nas atividades espíritas desde o seu advento, é a
fluidoterapia, em suas diferentes modalidades: o passe,
a radiação, a cura espiritual, a água magnetizada.
Cromoterapia, florais de Bach, cristalterapia, pirâmides
e outras técnicas alternativas, ainda que não se coloque
em dúvida sua eficácia, não devem ser incorporadas à
prática dos centros espíritas, porque falta para isso
fundamentação doutrinária, motivo pelo qual diversas
federativas estaduais, a exemplo da Federação Espírita
do Paraná, não as recomendam aos centros filiados.
Como sabemos, além
de estranhas à obra kardequiana, são estranhas também a
Emmanuel, André Luiz, Joanna de Ângelis, José Herculano
Pires e demais autores que se têm manifestado sobre os
processos terapêuticos próprios do Espiritismo, o que
não significa que essas terapias não tenham validade.
Significa apenas que, não sendo técnicas espíritas, não
há por que adotá-las nos Centros Espíritas que buscam
orientar-se pela doutrina exposta na obra de Kardec,
Denis, Delanne e demais autores de idêntica
credibilidade.