Em tom coloquial, e espelhando-se nos encontros de Jesus
com seus discípulos na casa de Pedro, e, também, nos
encontros em que Allan Kardec participava nas
residências de amigos por ocasião da codificação da
Doutrina Espírita, Divaldo Franco fez uma narrativa
sobre a sua primeira conferência ocorrida em Aracaju, no
Estado de Sergipe, em 27 de março de 1946, que sob a
orientação do Espírito Humberto de Campos, contou a
Lenda da Guerra, iniciando mais uma de suas missões, a
de viajar pelo mundo divulgando a Doutrina Espírita. O
anfitrião, naquela ocasião, foi José Martins Peralva
Sobrinho, Presidente da União Espírita Sergipana. Nesta
oportunidade recebeu sua primeira lição, o da
responsabilidade, isto é, preparar-se, estudando o tema,
para falar em nome de Jesus e que, quando fosse falar em
nome do Mestre e do Espiritismo, deveria pôr-se de pé.
Os eventos e acontecimentos que estiverem programados na
vida de qualquer um, sempre acontece. Outra narrativa
sobre suas atividades fora da cidade de Salvador,
portanto, no âmbito das viagens doutrinárias, aconteceu
em São Paulo, Capital. A anfitriã deveria recebe-lo,
porém, ausentou-se de casa, deixando-o sem acomodações
naquela noite. Pela sua inexperiência e ingenuidade foi
pernoitar em um bordel, imaginando ser uma hospedaria,
uma pensão. Sob orientação de Joanna de Ângelis passou
toda a noite orando e lendo o Evangelho Segundo o
Espiritismo.
Em São Paulo, desfrutou de afetuosos amigos que o
ampararam e o auxiliaram em suas atividades
doutrinárias, e mesmo na assistência à Mansão do
Caminho. Os benfeitores espirituais, sempre atentos, o
sustentaram em suas diversas conferências e outras
atividades espíritas. Relembrou que, em outra
oportunidade, esteve com o então Presidente do Brasil,
Café Filho - João Fernandes Campos Café Filho (Natal, 3
de fevereiro de 1899 — Rio de Janeiro, 20 de fevereiro
de 1970) -, e o Governador do Estado de São Paulo, Lucas
Nogueira Garcez (São Paulo, 9 de dezembro de 1913 — São
Paulo, 11 de maio de 1982), quando então, falou sobre
Francisco de Assis. Nos diálogos com Café Filho,
Divaldo, muito jovem, falava-lhe sobre seus conflitos,
suas aspirações, seus sonhos. O nobre amigo
recomendava-lhe que ao falar sobre a Doutrina Espírita
não deveria mentir, nem mesmo fingir, caracteres da
política partidária, mas, em se tratando da política do
Evangelho, a conduta e os ensinamentos deveriam estar
sempre apoiados nas bases da verdade.
Divaldo, coloquialmente, ensinou que nunca nos
sintamos pequenos quando falarmos sobre o Evangelho de
Jesus e o Espiritismo. Destacando que a criatura
humana é originária da luz, Deus, conforme ensina a
Benfeitora Joanna de Ângelis, Divaldo Franco abordou as
questões do Self, do Si-mesmo, para dizer que o homem é
um ser luminoso. Após discorrer sobre a formação do
Planeta Terra e seus primeiros habitantes, os
unicelulares, fascículos de luz, ou chuva de luzes
microscópicas que caíram sobre a massa ígnea, a vida foi
se desenvolvendo, tomando formas pluricelulares há pouco
mais de dois bilhões de anos.
Como seres lucigênitos, o homem deve deixar a luz divina
penetrar em sua treva de ignorância, que, em busca da
sublimação, deve deixar a condição de ESTAR para
alcançar a de SOU, isto é, viver em plenitude, íntegro.
A melhor maneira de entender Deus é atingir a condição
de SER. Encontrar o Deus interno é tornar-se feliz.
Lapidando o Espírito, o homem, o ser mais importante na
obra divina, torna-se, portanto, autoiluminado. O
Espiritismo é o Cristo voltando, é a luz do mundo.
O Embaixador da Paz no Mundo, Divaldo Franco, na véspera
de completar 91 anos de idade, destacou que a conversa
que estava entabulando se destinou ao estímulo de viver
como Jesus viveu, seja para reencontrá-Lo, ou para
encontrá-Lo. O importante não é o lugar em que a
criatura esteja, é ela que torna importante o lugar.
Agradeceu, sensibilizado, a visita que estava recebendo,
a atenção, o carinho, o amor que o brindavam, destacando
que cada um deve deixar que o Espiritismo o penetre.
Concluído o colóquio, Divaldo convidou para um pequeno
lanche preparado com esmero, bom gosto, na singeleza e
na simplicidade de uma genuína casa de Jesus.
Comemoração de aniversário de Divaldo Franco
Quem desejar conquistar o mundo deve primeiro
conquistar-se a si mesmo. (Divaldo
Franco)
Imortalizando as mãos de Divaldo Franco, foi inaugurada
no Centro Espírita Caminho da Redenção a modelagem de
suas mãos intitulada Mãos de Amor. Elas
representam as mãos de acolhimento, de oração, de
psicografia e de passe. Essas são as atividades
desenvolvidas pelo Embaixador da Paz no Mundo e que vem,
ao longo dos últimos 71 anos, amparando os seus irmãos
de caminhada, secando-lhes as lágrimas, estimulando-os
ao amor, tornando-se exemplo de abnegação,
desprendimento, esparzindo luzes por onde anda,
preparando os dias vindouros.
Após um belo show musical apresentado por diversos
artistas e pelos jovens do Centro de Artes Ana Franco e
pelas crianças da Escola Alvorada Nova, ambos da Mansão
do Caminho, Divaldo recebeu um belo buquê composto por
formosas flores, uma demonstração de carinho e gratidão
dos jovens e das crianças.
Divaldo, o homenageado do dia, dirigindo-se aos
presentes e aos que o assistiam pelos diversos canais
virtuais, disse que as emoções não podem ser definidas,
elas sãos expressas pelo silêncio, ou por uma lágrima
vertida. Assim se sentindo, o Arauto do Evangelho e da
Paz dividiu as homenagens com todos os demais
aniversariantes do mês de maio que desempenham suas
atividades na Mansão do Caminho.
Para demonstrar seu sentimento de gratidão, Divaldo
Franco apresentou uma rica e comovente história de
abnegação, de dedicação e de sentimento de utilidade ao
próximo, traduzindo com essa história o seu júbilo por
poder ter servido. Eram dois amigos, artistas pintores;
desejando tornar-se célebres, viajaram para a capital do
maior império do mundo, naquela época, o austríaco. Com
recursos muito parcos, resolveram que um deles
trabalharia por seis meses enquanto o outro estudaria,
fazendo o rodízio; assim poderiam pagar os estudos na
Academia. Aquele que era o mais talentoso assumiu a
tarefa de trabalhar, pagando o estudo do amigo. O
trabalho era rude, duro e exigia muito esforço. Na
tasca, um de bar de baixa reputação, o local de
trabalho, lavava pratos e limpava o chão. “Quem desejar
conquistar o mundo deve primeiro conquistar-se a si
mesmo”, aditou o nobre orador.
Passados seis meses, e vencido o rigoroso inverno,
conforme o combinado, o estudante foi para o lugar de
seu amigo a fim de que esse pudesse estudar. Como o
trabalho era rude, as mãos do trabalhador estavam
trêmulas, endurecidas, calosas e pouco sensíveis. Ele
tentou o desenho, não logrando êxito ante as
dificuldades de traçar linhas e sombras suaves.
Desistiu, então, para que seu amigo voltasse aos bancos
acadêmicos e pudesse laurear-se. Sentir-se-ia feliz por
ver o amigo tornar-se um grande artista.
Assim, decorridos três anos, o amigo tinha concluído
seus estudos. O artista recém-formado reuniu o resultado
auferido com os seus primeiros trabalhos para resgatar o
amigo que lhe havia dado o suporte financeiro. Foi ter
com ele e quando adentrou o cômodo viu seu amigo em
oração, com as mãos postas. O triunfador, agora
profissional da arte, de imediato retratou aquela cena,
imortalizando-a em uma pintura que se tornou célebre: As
mãos de um apóstolo que ora. É a imortalização de um
amigo que se esqueceu de si para que o outro pudesse
brilhar. Essa história somente foi possível pelo amor.
Fato semelhante aconteceu entre Nilson de Souza Pereira,
o Tio Nilson, e Divaldo Franco. Nilson anonimamente
esculpiu em madeira um par de mãos em atitude de prece.
Essa obra está na fachada do Cenáculo, prédio dedicado
às atividades espíritas. Tio Nilson recolheu-se à
retaguarda, trabalhando incessantemente, para que
Divaldo dispusesse de tempo e tranquilidade para a
divulgação do Espiritismo, seja pela psicografia, pela
mediunidade, seja pelas incontáveis conferências e
seminários ou entrevistas de cunho espírita.
O público, tomado de júbilo e êxtase, em silêncio
vibrava em sustentação ao ambiente espiritual que
alcançava a cada um e a todos a um só tempo. Divaldo
Franco, em sua habitual delicadeza e sensibilizado, diz
reconhecer as homenagens de todo o seu coração, e que
agradece a deferência, porque no crepúsculo qualquer
raio de sol é importante e belo. Agradeceu a Deus por
ter atingido os 91 anos de idade e aflige-se por não
poder fazer mais do que habitualmente vem realizando.
Declarou que toda a alegria traz saudade. É mais
nostalgia do que júbilo, talvez porque seja muito tarde
para refazer o caminho em condições diferentes.
Discorrendo sobre suas reminiscências, desde os seus
quatro anos de idade, e porque desejava receber um
presente, era o dia de seu aniversário, - 5 de maio de
1931 -, quando então percebeu luzes se derramando sobre
uma árvore e o aparecimento de uma “fada” que com sua
varinha “mágica” tocou a sua cabeça, lhe informando que
era o presente enviado pelo menino Jesus no aniversário
do menino Divaldo. No dia imediato, a cena voltou a se
repetir, porém, agora era a presença de uma entidade
sacerdotal que o ameaçou, infundindo-lhe medo. Divaldo
foi perguntar para sua mãe o significado de tais visões,
e ela, em sua sabedoria, disse que a primeira era a
mensageira do bem e o segundo fato o mensageiro do mal.
Sua mãe, Ana Franco, ensinou-lhe, naquele momento, a
orar e pedir que não lhe faltasse a paz.
Caracterizando que o trabalho com o Cristo é de
abnegação, de renúncias e de decisões, Divaldo Franco
narrou as inúmeras dificuldades que o Apóstolo da
Mediunidade, Chico Xavier, experimentou em seu
ministério. Apesar desses desprendimentos e sacrifícios,
que podem parecer sofrimento, o labor na seara do bem é
sempre de alegria, de solidariedade e de paz. Não há
quem não seja assistido pelas entidades benevolentes
quando em atividade de amor.
O aniversariante nonagenário destacou que seus amigos,
seus auxiliares e todos os que formam com ele uma grande
família, seja no plano físico ou espiritual, se
constituem em estrelas que derramam suas claridades
argênteas através das orações que lhe chegam ao coração
pelas mãos da caridade.
Frisando a benevolência, Divaldo narrou a história de um
poeta que desejava ser reconhecido. Tratava-se de Franz
Kappus (1883-1966) solicitando conselhos a Rainer
Maria Rilke (1875-1926), famoso escritor. O livro,
que se imortalizou, chama-se: Cartas a um jovem poeta.
O livro contém as inúmeras correspondências trocadas nas
quais Rilke responde aos questionamentos do
rapaz, expondo suas opiniões sobre o que considerava os
aspectos verdadeiros da vida. A criação artística, a
necessidade de escrever, Deus, o sexo e o relacionamento
entre os homens, o valor nulo da crítica e a solidão
inelutável do ser humano são algumas das questões
abordadas pelo maior poeta de língua alemã do século XX.
Nasce-se poeta, ninguém se torna poeta.
As mãos de Divaldo escreveram cartas que foram ditadas
pelos Espíritos amorosos, verdadeiros poemas da vida, é
o aspecto, por assim dizer, glamoroso, porém a
construção das edificações e instalações da Mansão do
Caminho foi efetuada com suor e dor, proporcionando, uma
e outra, os motivos de alegria e de felicidade por ver
atendidas as necessidades dos caídos no caminho. Divaldo
Franco, alma sensível e cordata, dedicou as homenagens
que estava recebendo às mãos de psicografia e de
caridade, de prece e de acolhimento de Chico Xavier,
ficando, de alguma sorte, com a alegria imensa de servir
de motivo inspirador.
Finalizando o enriquecedor encontro iluminativo, Divaldo
Franco declarou que ora pedindo bênçãos para as
“estrelas” encarnadas, e que ali estavam, e que o
amparam e o sustentam nas lutas diárias, pedindo perdão
por qualquer ocorrência que possa ter causado
constrangimento. Disse que, na ordem natural, irá
retornar ao mundo espiritual antes de todos os
presentes, com uma ou outra ressalva, e que irá
recepcionar, preparando o acolhimento, ao tempo em que
deseja, também, que quem retornar antes possa
preparar-lhe o acolhimento, pois que a vida é bela, aqui
e lá. Os aplausos intensos e, estando os convidados em
pé, foram dados os parabéns ao aniversariante. Em clima
sempre festivo foi servido saboroso bolo acompanhado de
refrigerantes. Parabéns querido irmão! Viajas nas asas
das luzes angelicais trazendo a nós a doce esperança.
Nosso desejo é, um dia, te retribuir com o emprego do
esforço no trabalho de construção do bem e da paz,
seguindo-te os passos.
Workshop Luz nas Trevas
Ilumina-te e, onde quer que estejas, não olvides de
deixar sinais luminosos da tua passagem.(Joanna
de Ângelis/Divaldo Franco)
Com a presença do Presidente da Federação Espírita
Brasileira, Jorge Godinho Barreto Nery, e sua esposa,
bem como do Presidente da Federação Espírita do Estado
da Bahia, André Luís Peixinho, e sua esposa,
extraordinária programação se sucedeu na manhã do dia 6
de maio de 2018. Neste ato foi lançada a Web TV
Redenção, a TV do Centro Espírita Caminho da Redenção,
levando mensagens e conectando os telespectadores ao
bem.
Após a abertura musical protagonizada por artistas
musicais de escol, Divaldo teceu seus agradecimentos aos
mais de mil e trezentos presentes no Ginásio de Esportes
da Mansão do Caminho, obra social do Centro Espírita
Caminho da Redenção. No público, além dos residentes em
Salvador, se viam caravanas de diversos Estados do
Brasil e do exterior, acrescidos de um incontável
contingente de assistentes virtuais.
Apoiando-se no mito de Zeus e Hera, o esplendoroso
conferencista Divaldo Franco, na exuberância de seus 91
anos de idade, conduziu os assistentes em uma grande
aula em busca da felicidade, da plenitude, sinalizando o
caminho para sair das trevas, viajando para a luz. É a
humanidade iniciando a sua caminhada, adquirindo
conhecimento, emergindo para a sabedoria. Divaldo, um
maestro de almas, regeu espetacular sinfonia de
conhecimento apresentando a evolução
antropossociocultural do ser humano, desvendando as
diversas fases evolutivas, as comunicações primitivas
através das expressões rupestres, as primeiras
silabações, caracterizando o período primordial da
criatura humana, o pensamento pré-mitológico. É o
período bárbaro, onde o homem apenas se alimentava,
matava e vivia, a fase infantil da humanidade.
A história antropológica do ser humano, desde os
primórdios, está inscrita no cérebro reptiliano,
passando pelo mamífero e alcançando o neocórtex,
possuidor de possibilidades ainda não identificadas
completamente. Evoluindo, o homem sai da barbárie e
entra na fase mitológica, a fase mágica, onde a
imaginação é povoada de fantasias. Amadurecendo sempre,
o homem passa a compreender que a função sexual possui
caráter procriativo, e que o prazer é da alçada do
pensamento, novamente o mito Zeus/Hera. Para que se
possa bem compreender a evolução do homem em sua própria
história, Divaldo Franco toma a criança como exemplo,
desde o seu nascimento, passando pela fase da
adolescência e atingindo, finalmente, a fase adulta,
onde age, ou deveria agir, sob o império da razão, da
ética e da moral.
O bem é tudo aquilo que é conforme as Leis de Deus, é a
ética do bem-viver. É a ciência do conhecer, do pensar,
é a filosofia, é a linha moral de bem-proceder,
eximindo-se, assim, de sofrer as consequências do
mal-proceder. Avançando em sua escala ascensional, o
homem, desenvolvendo e vivendo em um caldo de cultura,
passou a nutrir o pensamento racional, utilizando-se de
um sentido ético e muito lógico, deixando para trás a
fase do ser mitológico. Nessa fase surgem as primeiras
construções habitacionais rudimentares, o aparecimento
do comércio, o pensamento lógico.
As fases experimentadas pelo homem, desde a infantil, a
adolescência e a da razão ensejam o desenvolvimento da
arte de pensar, que tanto pode ser ética ou não. As
crenças, o politeísmo, os sacrifícios aos deuses
diversos e selvagens, vão ficando para trás e o homem
começa a construir o seu momento ético com o surgimento
da estética, conquistando aos poucos a luz. Após passar
pelas diversas idades em que está catalogada a história
do homem, a da pedra lascada, da pedra polida, do bronze
etc., surge, então, a ciência empírica.
Os séculos XVI e XVII são os dos descobrimentos, o
pensamento torna-se perscrutador e alcança a fase da
tecnologia. O século XVIII é o da era industrial,
desponta a estética, a arte, a beleza que vai mudando na
medida em que o homem vai aperfeiçoando-se. A humanidade
está saindo das trevas para a luz, a luz do saber,
embora ainda não tenha atingindo o ideal. Os valores
humanos vão se desenvolvendo e postos a serviço da
humanidade. A fatalidade do ser humano é a luz. A missão
do homem na Terra é a de viajar da sombra à luz,
trazendo esse benefício, inclusive, para o Planeta.
Assim é o homem, construindo-se incessantemente, sua
primeira grande invenção, ou a arte de dominar, foi o
fogo, e a segunda foi a roda. Nisso, tudo mudou.
A Terra passou a ser muito mais clara pelo uso da luz,
da energia elétrica. Evoluindo, a propensão é avançar
cada vez mais para a luz, refletindo esta conquista
primeiramente nas habitações. Satélites ao redor do
Planeta poderão captar a luz solar e distribuí-la para a
Terra e, assim, as noites desaparecerão, por que nesse
período, a luz captada seria disponibilizada para o lado
escuro, o lado sombra. A conquista da cibernética
eliminou as distancias, colocando o homem em contato
virtual permanentemente. Assim, embora conectado e
desfrutando de proximidade virtual, o homem está se
distanciando emocionalmente uns dos outros. É um momento
em que a solidão se faz companheira assídua, embora
esteja em presença física ou virtual com muitos.
Porém, mais significativa, e que requer reflexão acurada
e trabalho infatigável, é a busca da iluminação interior
do ser espiritual que se encontra na experiência
corpórea. Sendo as somas de suas experiências, o homem é
o construtor de seu futuro, ao passo em que recolhe a
semeadura realizada no passado. Todo o esforço deve ser
dirigido para a autoiluminação, para a conquista da
liberdade. Ao eliminar a ignorância, o indivíduo
constrói as condições de uma vida digna, ética e feliz.
O homem deve refletir sobre as suas experiências, sobre
a história de suas vidas. Será que há em nossa
intimidade muitas trevas? Quais são elas? Para alcançar
respostas, ou raciocinar sobre como construí-las,
Divaldo Franco narrou enriquecedoras histórias,
facilitando a análise individual em graus comparativos.
Apresentando a saga de Eunice Weaver (1902-1969) para
bem atender os leprosos brasileiros e suas proles,
principalmente, e seus ingentes esforços para quebrar
barreiras de preconceitos e descasos com os hansenianos,
o declamador do Evangelho de Jesus, Divaldo Franco,
apresentou a melodia do amor libertador. Ficou claro, na
narrativa, a ação dos Espíritos desencarnados, que se
dedicando ao bem e unindo-se aos seres corpóreos
benevolentes, legaram páginas de caridade legítima, de
abnegação, de humildade e de persistência em alcançar os
objetivos colimados. Não poucas vezes os olhos dos
assistentes se encheram de lágrimas emotivas, aliviando
a comporta da alma sobrecarregada. Outros personagens,
fortalezas de caridade no trato com os leprosos,
desfilaram na narrativa vigorosa do Arauto do Evangelho,
grandes modelos de dedicação, solidariedade e
acolhimento.
Destacou o nobre orador que o objetivo era promover uma
reflexão sobre a luz penetrando em o indivíduo. Para tal
indagou se haveria em nós muitas trevas a vencer em
nossa intimidade. E a nossa treva, como vai a nossa
sombra, o nosso ego, o nosso orgulho, a nossa presunção,
esses estigmas que resultam do nosso processo evolutivo?
Advertindo-nos, asseverou que a luz exterior está
chegando. Porém, a luz imarcescível provém de Jesus,
somente ela possui o poder diluidor das trevas íntimas,
facultando a iluminação interior.
Finalizando o alentado trabalho de semear conceitos,
exemplos, e derramar fascículos de luz sobre os
presentes, Divaldo Franco encerrou o workshop sob
vigorosos e demorados aplausos. O público, atendido em
seus anseios, e recebendo as bênçãos que se derramavam
do alto, ainda permaneceu no ambiente, permutando
vibrações, conversando sobre sentimentos.
Devemos buscar a alegria nas coisas simples da vida, no
cotidiano, amando sempre e em qualquer circunstância,
nunca valorizando o mal, procurando, paulatinamente,
vencer as nossas más inclinações, até que alcancemos a
plenitude. (Divaldo
Franco)
Nota do Autor:
As fotos que ilustram esta reportagem são de Jorge
Moehlecke.