As Jornadas da amizade, da harmonia…
21, 22 de Abril de 2018. Centro Cultural e Congressos de
Caldas da Rainha, Portugal. 486 pessoas de Portugal,
Espanha e Brasil. Música, pósteres temáticos espíritas,
conferências, “stand up comedy” espírita, vídeos,
convívio, amizade: eis um resumo das XIV Jornadas de
Cultura Espírita do Oeste.
Este ano foi diferente, foi a frase consensual entre
todos os que estiveram presentes. Muitos deles pela 1ª
vez, outros nem espíritas eram, mas lá foram ver o que o
Espiritismo tinha a dizer acerca da mediunidade.
A mediunidade vem desabrochando de forma exponencial na
sociedade, confundindo os médicos que não conhecem o
Espiritismo, e enchendo os centros espíritas, em busca
de explicação para estas situações.
O tema impunha-se: “Mediunidade, do Paleolítico à
actualidade”.
Na abertura, a Câmara Municipal de Caldas da Rainha, na
pessoa do seu vice-presidente, Dr. Hugo Oliveira, deu as
boas-vindas a todos os presentes, seguindo-se palavras
sábias, de espiritualidade, por parte do presidente da
Federação Espírita Portuguesa (FEP), Engº Vítor Féria.
Para além da FEP, duas médicas, da Associação
Médico-Espírita do Norte (AME-Norte) e da AME-Portugal,
juntaram-se à Associação de Divulgadores de Espiritismo
de Portugal (ADEP) e aos centros espíritas locais, que
operacionalizaram o evento.
A música do barítono Maurício Virgens, deu o mote do que
seria este evento cultural: qualidade, profundidade,
equilíbrio, simplicidade e harmonia.
As conferências desdobravam-se ao longo dos tempos,
mostrando a mediunidade nos seus múltiplos aspectos,
sociais, familiares, pessoais, nos centros espíritas,
nos consultórios médicos.
A música espírita ia enlevando as mentes presentes,
favorecendo o intercâmbio salutar com a espiritualidade
superior que se fez sentir ostensivamente.
A moral espírita ensina-nos a humildade, a compreensão,
a tolerância, fazer ao próximo o que desejaríamos que
nos fizessem, em perfeito contraciclo com o materialismo
em que a sociedade está embebida.
Joana Santos, médica, 26 anos, do Porto, surpreendeu
tudo e todos com uma sessão de “stand up comedy”
espírita, feito pela 1ª vez em Portugal, e que arrancou
sonoras gargalhadas e um enorme aplauso final, com
piadas de fino recorte.
Nos bastidores, cerca de 50 formigas laboriosas
trabalhavam para que tudo corresse bem, com o único
salário de servir, de contribuir para a divulgação do
espiritismo, do dever cumprido, num notável esforço e
espírito de sacrifício.
A tecnologia da equipe de gravação (com 8 câmaras em
simultâneo) trouxe muitas novidades, bem como
descontracção, bem-estar e alegria.
Pósteres temáticos espíritas estavam expostos no Hall,
demonstrando a vivacidade dos espíritas portugueses,
trazendo ao público comum as pesquisas efectuadas até
então, com a novidade que, cada póster tinha um QRCODE,
em que com um telemóvel poder-se-ia aceder à respectiva
página do Youtube, ouvindo algo sobre o referido póster.
Os intervalos foram amplo espaço de convívio, com música
ambiente ao vivo, livraria e autógrafos, tendo havido o
lançamento nacional de 2 livros editados pela FEP: “Casos
(in) comuns e números curiosos” de J. Gomes e “Consultório
II” de Gláucia Lima.
Um dos elementos da organização, referia que estas
tinham sido as jornadas da amizade, da harmonia, onde
não havia elites, onde todos se sentiam em igual
patamar, e onde o espírito do Espiritismo esteve
presente.
Em 2019, se se proporcionar, lá estaremos, vivenciando,
até lá, o Espiritismo dentro da moral espírita, que nos
ensina a humildade, a compreensão, a tolerância, o fazer
ao próximo o que desejaríamos que nos fizessem, em
perfeito contraciclo materialista em que a sociedade
está embebida.
Cônscios de que fora da caridade não há salvação,
prossigamos no quotidiano, semeando e colhendo, na
certeza de que nascer, morrer, renascer ainda, progredir
sem cessar, tal é a Lei.
Nota do Autor: