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por Guaraci de Lima Silveira

 

Pesquisas científicas avançam, mas ainda não explicam tudo o que descobrem


Sim. São notáveis os estudos e avanços que nossos irmãos e irmãs cientistas fazem o tempo todo e ao redor do mundo. Através dos seus estudos a humanidade vai se movimentando, saindo dos primarismos para uma era de conhecimentos mais aprofundados acerca da vida e do Universo, bem como da relação da humanidade para com eles. E a cada dia recebemos mais informações sobre descobertas feitas através da experiência em laboratórios ou até mesmo da simples observação aliada à lógica. É bem verdade que a lógica muda sempre, deslocando para patamares mais elevados, o que nos impele a sempre medir, comparar e analisar sem os preconceitos ou dogmas científicos. Incrível isso: a ciência que tanto combateu os dogmas religiosos agora se funda, em muitos casos, em seus dogmas científicos que a impede de prosseguir com mais rapidez.

Porém a vida é um fluxo e, os ciclos, sua contraparte. O que diria um homem de 40.000 anos atrás se soubesse o quanto ele evoluiria e o quanto evoluirá! O neocortex ou "córtex mais recente" é a denominação que recebem todas as áreas mais desenvolvidas do córtex. Recebe este nome, pois no processo evolutivo é a região do cérebro mais recentemente derivada. Ele cuida da cognição e está aparelhado para desenvolvermos a consciência, elevando-a aos entendimentos dos planos cósmicos que aguardam nossas conjunções com eles. Estamos a caminho e, quando assim entendemos, as coisas se modificam e o dia a dia torna-se em eventos necessários que nos indicam que a vigilância e a oração, corolários da evolução consciente, aguardam nossos concursos a nosso próprio bem.

A neurociência caminha bem rápida. Motivada por descobertas incríveis, sensacionais mesmo. A Epigenética, a plasticidade neuronal, as ligações do hipocampo com o neocórtex, que possibilitam o necessário controle das emoções, tornam a ciência não só laboratorial, mas igualmente penetra os centros de estudos religiosos e filosóficos, ampliando a capacidade de todos em se tornarem pessoas melhores através de sensatas interações diárias com o meio ambiente e com seus impulsos internos.

Recentemente uma equipe de pesquisa liderada pelo neurocientista Nenad Sestan, da Universidade de Yale (EUA), reanimou os cérebros de porcos decapitados, com sucesso.Os pesquisadores utilizaram um sistema de aquecedores, bombas e sangue artificial para restaurar a função parcial dos cérebros de mais de 100 porcos recentemente decapitados. Exames de eletroencefalograma realizados nos cérebros mostraram ondas planas, sugerindo que os porcos foram reanimados em um estado de coma, ou seja, inconscientes. Bilhões de células cerebrais individuais pareciam normais e saudáveis. Segundo Sestan, este é um resultado “incompreensível” e “inesperado”.

De fato, o inesperado surgiu mostrando e confirmando a velha frase socrática: “Quanto mais eu sei mais sei que nada sei”. Isso nos dá uma certeza no futuro. Não somos apenas uma geração que está vivendo esses avanços, fizemos parte daquele passado longínquo como também faremos parte do futuro extraordinário onde descobertas e apropriações do conhecimento hão de nos ensinar e confirmar que verdadeiramente vivemos um eterno presente sob os auspícios de Deus.

“O neocórtex consiste na matéria avermelhada que circunda a matéria azulada mais profunda do cerebelo. Os humanos o possuem, em sua atual configuração, há não mais de 1 milhão de anos”, confirmam os neurocientistas. Suas pesquisas com os porcos têm um fim pré-definido de reanimar cérebros humanos em estados de morte cerebral. Há tempos a ciência tenta uma forma de prolongar nossas vidas por aqui. O grande problema para eles seria recuperar a consciência. Sabemos que a consciência é espiritual e não física como ainda insistem alguns pesquisadores. Porém é uma tentativa. Será que no futuro poderemos entender melhor isso? O porquê da possibilidade de reanimar cérebros “mortos”? O Espírito retornaria ao corpo para iniciar novo período como encarnado no próprio corpo aparentemente morto? Ou seja: desencarnar e reencarnar no próprio veículo físico? Vejam: Há mais coisas entre o céu e a terra, Horácio, do que sonha a nossa vã filosofia” – William Shakespeare escreveu esta frase famosa no ano de 1600 quando compôs Hamlet.“Tudo é possível àquele que crê”. Jesus disse e Marcos anotou no capítulo 8 do seu Evangelho.

 



 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita