Joias da poesia
contemporânea

Espírito: Olavo Bilac

 
 

Chama divina

Na escuridão hostil da primeira caverna,
Enquanto o homem larval grita, sonha e tateia,
Deus acende na furna humílima candeia
Sobre simples sinais da natureza externa.

A princípio é clarão de pálida lanterna,
Frágil, treme, vacila, ondula e bruxuleia;
Depois, é tocha imensa a crepitar sem peia,
Descortinando ao mundo a Majestade Eterna!

Facho excelso e imortal, desde então se fez guia
Da civilização que fulge e se irradia
Em sublime esplendor flamífero e disperso…

E essa Chama Divina é o Livro soberano,
Hífen de sol, ligando o entendimento Humano
À grandeza da Vida e à Glória do Universo.

Do livro Assembleia de Luz, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier. 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita