Uma
exibição!
“Exibindo [Jesus] diante
do povo, Pilatos não
afirma: ‘Eis o
condenado, eis a
vítima’. Diz,
simplesmente: ‘Eis o
homem!’[Ecce Homo!]”
(Emmanuel)
Pilatos não condenaria
Jesus, haja vista o povo
Judeu, escravo de Roma,
possuir uma corte que
poderia fazê-lo.
Tal corte, o Sinédrio, já
resolvera condená-Lo,
atendendo a anseios
conspiratórios do sumo e
demais sacerdotes.
Pilatos não vê crime no
Homem (para ele anônimo)
integrante de um povo
escravo: a vida (ou a
morte) desse “escravo”
pouco lhe dizia
respeito; pouco sabia
quem era!...
Dessa forma, o trata com
indiferença e ato de
superioridade terrestre,
pois era o representante
de Roma: o símbolo da
opressão.
Percebe-se que, mesmo
não se referindo a Jesus
como condenadoou vítima, Pilatos
promove um espetáculo,
comum em seu império:uma exibição!
Tal exibição possuía o
intuito de “divertir” e
dividir as opiniões do
povo Judeu sobre o
sentenciado em questão.
A multidão (calcula-se
5.000), à qual Jesus
saciara por ocasião do
Sermão do Monte, era a
mesma que agora, perante
o “espetáculo”, bradava:
“crucifica-o;
crucifica-o!”
Se, para o Sinédrio, era
uma questão de honra
sacrificar aquele “Homem
Impostor”, e rápido,
antes das celebrações da
Páscoa, para Pilatos
aquilo era apenas uma
questiúncula...
... E tal tarefazinha
não lhe estava afeta:
lava, então, as mãos,
num gesto material, mas
principalmente moral,
desejando informar que,
apesar de não ver culpa
naquele homem, o
entregaria à fúria dos
fariseus.
E se houvesse culpa
naquele Homem, também
não lhe importaria!...
* * *
Verifiquemos que o povo
Judeu, o “escolhido” (de
uma forma simbólica,
representando a
humanidade toda) para
receber a primeira e
segunda Revelação, em
geral não entendia a
Reencarnação Redentora
desse “Ecce Homo”. Como
muitos de nós ainda hoje
não desejamos
entendê-la.
Subjugados há quase dois
mil anos por diferentes
impérios, aquele Jesus manso, paciente,
pacífico e defensor
do perdão não os
representava, como a
muitos de nós,
efetivamente, ainda não
representa!
Frustrava-lhes as
expectativas terrenas;
pois Sua proposta era de
ordem Divina.
O Mestre, em seus três
anos de Ministério,
apresentava-lhes umaLinha
Moral...
... E essa Linha
Moral é o que valida
a reencarnação de cada
um de nós, tornando
nossa Humanidade
Real...
... Coisa que seus
coirmãos não entenderam
por ignorância e ainda
hoje muitos de nós não
entendemos, mesmo
inteligentes e
esclarecidos.
(Sintonia: Xavier,
Francisco Cândido,Fonte
Viva, ditado por
Emmanuel, Cap. 127 Humanidade
real; 1ª edição da
FEB.)
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