A nicotina é que vicia
As principais substâncias tóxicas presentes no cigarro
são: nicotina, alcatrão e monóxido de carbono; são parte
de um universo que soma 4.720 substâncias, entre elas,
também, acetona, arsênico, DDT (agrotóxico), formol,
naftalina, amônia.
Vale ressaltar que todas as formas de utilização do
tabaco são prejudiciais à saúde, o que inclui: cigarro,
cachimbos, charutos, narguilé, rapé e mascado.
A nicotina absorvida interfere no funcionamento normal
do cérebro – interfere com os neurônios – e gera um
sentimento de euforia e excitação. Essa interferência
libera endorfinas, substâncias que dão aquele prazer e
bem-estar que faz as pessoas ficarem viciadas na
nicotina. A nicotina também causa a liberação de
adrenalina – o hormônio utilizado no reflexo de “vida ou
de morte” das pessoas. Ela tem uma meia-vida no
organismo do fumante de quase duas horas, quando passa
seu efeito. Então, a vontade (síndrome da abstinência)
volta com mais ansiedade no dependente.
As substâncias tóxicas do fumo causam prejuízos ao corpo
e à mente do usuário. Essas toxinas afetam e comprometem
vários órgãos do corpo humano, como nariz, boca,
cérebro, pulmões, aparelho reprodutor, laringe, coração,
aparelho digestivo, bexiga, rins, sendo, inclusive, as
principais causadoras de cancro nos pulmões.
A nicotina é uma droga psicoativa, responsável pela
maior parte dos efeitos do tabaco sobre o organismo. É
um alcaloide, também é usado como inseticida!
Enquanto fuma, a pessoa tem a sensação de prazer e
bem-estar. Por ser passageira, essa sensação gera
ansiedade e mal-estar quando o fumante fica sem o
cigarro, o que leva o dependente a sentir necessidade de
consumir outro, e outro, e outro. Então, cria-se uma
dependência orgânica e psicológica do fumo, aumentando
cada vez mais o consumo.
O principal tratamento contra o tabagismo é o
autocontrole e a determinação para deixar o vício. Em
mais de 50% das pessoas que desejam parar, funciona.
Principalmente, quando se aplica o lema “só por hoje não
vou fumar”, e a prece.
O tratamento psicológico ou psiquiátrico com
especialista em dependência química, o uso de
medicamentos e o apoio e estímulo de amigos e familiares
podem ajudar aos demais 50%.
Sem a vontade de parar do fumante, nada funciona.
Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo é bacharel em direito,
com especialização em dependência química pela USP/SP-GREA.
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