Divaldo Franco: “O ser humano prossegue
com dificuldades para encontrar a paz”
No período de 22 a 26 de maio, o conhecido orador esteve
na cidade austríaca de Viena e em Bratislava, capital da
Eslováquia
Na noite do dia 22 de maio de 2018, atendendo ao convite
dos amigos queridos do Verein für Spiritistische
Studien Allan Kardec - VAK, de Viena, que neste ano
completa trinta anos de existência, fundado com o
auxílio e sob orientação de Divaldo Franco, e retornando
à bela Áustria, o experiente orador iniciou a temporada
de atividades deste ano abordando a temática das
mudanças no mundo, contando com o valioso auxílio de Edith
Burkhard, que verteu a conferência para o idioma
alemão.
Inicialmente o dedicado amigo Dr. Juan Danilo, que
acompanha todo o roteiro pela Europa, saudou os
presentes em nome da Mansão do Caminho, asseverando que,
em sendo uma obra do amor em ação, a Mansão vem desde a
sua fundação contribuindo para que o mundo mude para
melhor, educando para a vida.
A conferência em Viena
Divaldo Franco, o Arauto do Evangelho e da Paz, fez um
convite para uma mudança radical nas vidas de cada
presente, buscando um sentido novo para nortear os
pensamentos e ações. Estudando o processo antropológico
da evolução, desde o período primitivo, passando pelo
racional e chegando ao intuitivo, em que o ser humano se
encontra, pode-se constatar que a história se repete, e
os seres humanos aturdidos buscam fugir para lugar
nenhum. Embora as altíssimas conquistas tecnológicas
terem sido alcançadas, elas não capacitaram os
indivíduos a confraternizarem uns com os outros. “O ser
humano prossegue com dificuldades para encontrar a paz”,
diz o nobre amigo.
O ilustre orador apresentou exemplos seus, adquiridos
nesta longa trajetória dedicada ao bem, e a servir com
amor, narrando vivências que tocaram profundamente,
sensibilizando e incentivando a perseverar nestes mesmos
caminhos. Se ele entendeu o chamado do Mestre de Nazaré,
porque eu não posso, também, tomar estes caminhos? É a
indagação que surge em nossas mentes, ouvindo os relatos
deste trabalhador de Jesus, de forma tão simples e
objetiva.
É responsabilidade de cada um, esclareceu Divaldo, criar
as condições para ter dias melhores, buscar o bem,
colaborar para a felicidade alheia e encontrar os irmãos
“invisíveis”, isto, por incrível que pareça, produz um
grande bem.
A lógica do Espiritismo, esclareceu o Arauto do
Evangelho, mudou a sua vida, e proporcionou-lhe não
apenas ser feliz, mas também poder levar esta felicidade
de amar e servir, apresentando a luz, a alegria para
milhares de pessoas, e para aqueles espíritos que no
princípio lhe pareciam ser o caminho para a loucura.
Hoje eles lhe auxiliam nesta grande missão de levar o
amor, o esclarecimento e a paz pelo mundo.
Encerrando o belo trabalho da noite, o Embaixador da
Paz, desejou que o amor preencha todos os lugares vazios
do coração, que este amor se sobreponha a todas as
ingratidões sofridas, porque a vida é um hino de amor
que impulsiona a criatura humana para a plenitude.
Aplaudido de pé e intensamente, todos retornaram aos
lares levando a mensagem de alegria e de amor nas mentes
e nos corações. O semeador prossegue semeando as
sementes da boa nova com muita alegria, determinação e
grande amor pelo próximo, pois que escolheu o seu
sentido para a vida, servir e amar sempre,
incondicionalmente.
A conferência em Bratislava
No anoitecer de 24 de maio de 2018, foi a vez de a
Eslováquia receber Divaldo Pereira Franco em sua bela
capital Bratislava, onde o Espiritismo é muito pouco
conhecido e divulgado. Cerca de quarenta pessoas
aguardavam com grande expectativa a oportunidade de
rever o incansável trabalhador do Cristo. Os amigos do
grupo Verein für Spiritistische Studien Allan Kardec
- VAK, de Viena, dedicados e incansáveis, se
esforçam para manter um pequeno grupo de estudos da
Doutrina Espírita, e sempre que Divaldo se encontra em
Viena, estes amigos buscam promover o encontro em
Bratislava visando fortalecer, e ampliar se possível, as
sementes do Espiritismo naquele solo onde as pessoas
guardam as marcas do sofrimento imposto pelo regime
comunista.
Inicialmente o amigo Dr. Juan Danilo, dirigiu-se aos
presentes apresentando-lhes o magnífico trabalho
desenvolvido pela Mansão do Caminho, em Salvador/BA,
fazendo com que todos pudessem ter uma ideia do imenso
trabalho de dedicação e amor realizado pela nobre
instituição.
O querido orador Divaldo Franco, que contou com a
tradução do devotado amigo Josef Jaculak,
vertendo para o idioma tcheco a conferência, discorreu
sobre os possíveis caminhos para a felicidade. O Arauto
do Evangelho e da Paz salientou que somente aquele que
ama é imensamente feliz. O ego, muitas vezes, inibe a
criatura humana de amar. O grande problema psicológico
da atualidade é a falta de amor. Em verdade, os
indivíduos possuem medo de amar, a menos que se trate de
desejo, pois que confunde o sentimento de amor com as
necessidades biológicas da libido.
Adentrou-se, também, o lúcido orador, pelos caminhos da
mediunidade, e discorrendo sobre as suas próprias
experiências adquiridas ao longo de mais de sete décadas
convivendo com os Espíritos, facultou aos presentes a
possibilidade de conhecer o vasto campo da mediunidade.
Os que ali estavam, em sua maioria, jamais, ou
raramente, tiveram a oportunidade de ouvir algo com
tanta lógica, com tanta riqueza de detalhes contidas nas
narrativas.
Era possível notar na expressão facial dos nativos
daquele país a alegria de poder estar ouvindo aqueles
relatos enriquecedores, respondendo, por certo, às suas
inquietações, desde há muito trazidas no íntimo. Que
maravilha poder dar de beber a quem tem sede! Sede de
conhecimentos, de vida, pois que esta é uma das
características do Espiritismo, afinal, ele prova tudo o
que diz.
A felicidade real afirmou Divaldo Franco, é a paz de
espírito, é quando os indivíduos dominam as paixões
inferiores, é quando domam os instintos animais e
anelam, também, pela felicidade alheia, então sentem-se
felizes, jubilosos. A Depressão foi outro ponto bem
salientado pelo médium e orador espírita,
particularmente no aspecto das influências espirituais
negativas. Discorrendo sobre a reencarnação, questionou
por que algumas pessoas são felizes na Terra, enquanto
outras são desgraçadas, infelizes. Isto se dá pelos
méritos alcançados na escala evolutiva de cada ser
humano, tendo-se em vista que cada um recolhe a própria
sementeira, e as reencarnações são oportunidades de
construir trajetórias mais saudáveis e harmoniosas.
A imortalidade é vida, e alcançar a compreensão sobre
ela é trabalhar para construir a própria felicidade.
Conhecer torna-se um dever que todos devem abraçar. De
alguma forma, afirmou o nobre seareiro do bem, os
indivíduos estão procurando o sentido da vida, esse
sentido é amar.
É interessante observar a forma alegre e jovial com que
Divaldo aborda as temáticas propostas. Com sua enorme
experiência, adquirida nestes mais de setenta anos de
oratória, e de forma descontraída, faz com que todos
relaxem através do riso, conduzindo, seguidamente, o
público para tal mister. Através das várias décadas
levando o espiritismo pelo mundo, Divaldo Franco sabe e
conhece os variados costumes, o idioma, a alimentação, o
clima em que a criatura humana está inserida, mas que em
sua essência, ela é a mesma em toda parte do Globo. Ela
chora, sofre e carrega seus conflitos e ansiedades, sem
variar.
O “Trator de Deus”, como também é conhecido Divaldo
Franco, expõe a mensagem do amor, fala às mentes,
dirige-se à alma, e toca realmente os corações. Ao
final, as pessoas retiraram-se bem diferentes de quando
ali chegaram. Agora suas fisionomias estavam leves,
descontraídas, alegres. Foram momentos de júbilo, de
felicidade.
O seminário Luz nas Trevas
De volta a Viena, após falar aos espíritas da
Eslováquia, Divaldo Franco ministrou no dia 26 de maio,
a convite dos amigos do Verein für Spiritistische
Studien Allan Kardec - VAK, o seminário Luz nas
Trevas. Cerca de cem pessoas lotaram o auditório
para ouvi-lo.
Ali estavam pessoas oriundas de Portugal, França,
Luxemburgo, República Tcheca, Espanha, Áustria, Suíça e
Brasil. O experiente orador, discorrendo sobre tão
palpitante tema, teve o auxílio sempre eficiente da
querida amiga de muitos anos Edith Burkhard, vertendo
o conteúdo do seminário para o idioma alemão. Para que
todos conhecessem a Mansão do Caminho e suas atividades,
bem como a trajetória de Divaldo Franco e o trabalho do
ilustre orador convidado, foi apresentada uma série de
vídeos elucidativos e atuais.
O querido amigo Dr. Juan Danilo deu início às atividades
apresentando as boas vindas, formulando convites para o
aprendizado da Doutrina Espírita e a sua aplicação na
vida cotidiana de cada indivíduo. Juan discorreu sobre
os pensamentos e as dificuldades com a qualidade do
pensar. Citando Jesus, que havia enunciado que a
felicidade não é deste mundo, destacou que a era do ego
transcendente está se iniciando, rumando para a
solidariedade, deixando para trás a solidão, e buscando
desenvolver a capacidade de amar.
Ato contínuo, Divaldo Franco passou a apresentar
reflexões, estimulando os presentes a pensar,
notadamente quando há a necessidade de realizar esforços
para entender a iluminação, salientando ser necessário
muita coragem para construir o autoconhecimento. Cada
ser humano tem em si um pouco de psicólogo,
especialmente para avaliar aos outros, porque os
indivíduos, naturalmente, projetam no outro as próprias
imperfeições.
A autoiluminação é um belo desafio, é um convite à
viagem mais difícil, a viagem para dentro de si mesmo,
pois o grande desafio da criatura humana é a própria
criatura, que enquanto não se voltar para o mundo
íntimo, continuará deduzindo que maus são os outros, que
errados estão sempre os outros. A visão psicologia do
homem hodierno é de que o erro está sempre do outro
lado.
Tudo o que o ser humano tem, afirmou o querido orador, é
muito transitório pois, ou fica escravizado pelo que
possui, ou o perde, então, a vida se torna um vai e vem
sem fim. Não é importante ter uma religião para se
iluminar, porque após iluminar-se o ser entra na
espiritualidade, que está acima de qualquer religião,
que, em verdade, são metodologias para vincular-se a
Deus.
Divaldo Franco, ilustrando a rica abordagem, narrou a
bela e comovente história de Adam Rickles, de
formação judia ortodoxa, e Joey, seu filho, que
por não concordar com o pai resolveu sair de casa. É uma
história onde os fatos, como que guiados por mãos
invisíveis, vão se sucedendo, propiciando grandes
momentos angustiantes que levaram os protagonistas a
reflexionarem, ensejando o reconhecimento da ingratidão,
do arrependimento, até a culminância do perdão e da
gratidão.
Emocionando a atenta plateia, afirmando ainda, baseado
na história narrada, que as aparentes coincidências, são
milagres do amor, ao que Carl Gustav Jung iria
chamar de Sincronicidade. O amor é a alma da
vida, assim, todos devem estar atentos aos pequenos
gestos de amor que dão sentido novo a vida, e faz com
que o ser humano se renove.
Desnecessário dizer quanto foi possível aprender ouvindo
as narrativas de Divaldo Franco, que hoje se converte em
um “poço” de experiências, nesta longa existência em
contato com milhões de pessoas. Suas narrativas
recheadas de histórias reais, de experiências próprias,
de vivências, auxiliam no entendimento das temáticas
abordadas. Tocando os corações e as mentes, dava a
impressão de se estar diante de um espelho, ou até
imaginar que o animado orador conhecia as problemáticas
dos que o escutavam, pois as questões levantadas pelo
incansável e dedicado orador possuíam o dom de traduzir
perfeitamente o quadro existencial de cada um, naqueles
aspectos habilmente abordados.
Foi um dia especial. Ao encerrar o seminário que
transcorreu durante todo o dia, o infatigável
trabalhador de Jesus relatou sua alegria pelos trinta
anos ininterruptos de atividades doutrinárias espíritas
em Viena, lançando sementes de amor, de compaixão no
solo dos corações amigos que lhe concedem a honra de
ouvi-lo.
Agradecendo o carinho com que é sempre recebido, a
amizade que lhe nutrem, Divaldo Franco, o Arauto do
Evangelho e da Paz, despediu-se e logo recolheu-se sob
os auspícios do querido amigo Josef Jaculak, pois
que as primeiras horas de domingo, 27 de maio, já irão
encontrar Divaldo rumando para Helsinque, na Finlândia.
Divaldo Franco é o Semeador que jamais se permitiu
escolher o solo onde deposita as sementes do amor, em
nome do Mestre Nazareno.