Ouve, meu irmão
Não te mergulhes na ilusória taça
Em que o vinho da carne se avoluma.
A alegria da Terra é cinza e bruma,
Mentirosa visão que brilha e passa.
No mar do tempo, o nome, a posse e a raça
São pequeninas pérolas de espuma
Que se desfazem, tênues, uma a uma,
Como fios de seda sob a traça.
Além da triste e escura gleba humana,
Somente o amor persiste e se engalana
Do excelso brilho com que se aprimora...
Ama servindo ao mundo, cada dia,
E encontrarás a glória da alegria
Na Luz Eterna da Divina Aurora.
Do livro Cartas do Coração, obra
mediúnica psicografada pelo médium Francisco Cândido
Xavier.