Transtornos
Psiquiátricos e
Obsessivos
Parte 7
Damos continuidade ao estudo metódico e sequencial do
livro Transtornos Psiquiátricos e Obsessivos,
obra de autoria de Manoel Philomeno de Miranda,
psicografada por Divaldo Franco no ano de 2008.
Questões preliminares
A. Qual é um dos objetivos essenciais da reencarnação?
Superar as más inclinações que trazemos do passado. Para
colimar esse objetivo são fundamentais a reflexão e a
perseverança. (Transtornos
Psiquiátricos e Obsessivos. Capítulo 3: Encontro com o
mentor.)
B. São os seres humanos iguais geneticamente?
Evidente que sim. Conforme dito pelo Dr. Juliano Moreira
(Espírito), combates acerbos foram travados para
demonstrar que os seres humanos são iguais geneticamente
e que a decantada inferioridade não é privilégio de uma
raça, assim como não o é a chamada superioridade,
decorrentes esses fenômenos somente de condições
socioeconômicas, de fatores genéticos defluentes das
enfermidades que os maltratam e que afligem mais os
desprotegidos do que os mimoseados pela opulência, na
qual também proliferam anomalias incontáveis. (Transtornos
Psiquiátricos e Obsessivos. Capítulo 3: Encontro com o
mentor.)
C. Por que motivo há seres humanos intelectualmente mais
bem dotados do que outros com notórias dificuldades
nesse quesito?
As causas disso, as matrizes reais do processo,
encontram-se no espírito e não no corpo. O ser
espiritual é o responsável pelas aquisições positivas e
negativas resultantes das experiências do processo
evolutivo, no qual todos nos encontramos situados. (Transtornos
Psiquiátricos e Obsessivos. Capítulo 3: Encontro com o
mentor.)
Texto para leitura
63. Concluindo sua explanação, Dr. Inácio disse:
“Aprendi a compreender, nesse formoso labor, quão grave
é a responsabilidade educacional, tendo em vista as
ocorrências que tiveram lugar, ao longo do trabalho no
lar. Da mesma forma, no sanatório, não me eram poucos os
convites à reflexão e à perseverança, trabalhando-me
interiormente, a fim de superar as más inclinações,
objetivo essencial da reencarnação. Assim, nada deploro,
sempre reconhecido ao Senhor da vida pelas concessões
com que me enriqueceu a jornada terrestre, desenhando-me
os programas de autoiluminação para o futuro". (Transtornos
Psiquiátricos e Obsessivos. Capítulo 3: Encontro com o
mentor.)
64. Em seguida à fala do psiquiatra uberabense, Dr.
Juliano informou: “Reconhecendo-me de origem modesta,
carregando o peso da discriminação racial nos dias em
que me encontrava no seio da mãe Terra, a princípio, na
juventude, acreditei que seria impossível uma existência
saudável, ante os obstáculos que deparava a cada
momento. Inspirado, certamente, hoje compreendo, pelo
Benfeitor espiritual que se encarregara de conduzir-me
no tentame evolutivo, dei-me conta que, somente mediante
o estudo, do comportamento digno, desmentiria o velho
refrão: negro somente avança quando cai ou foge da
polícia... Compreendi que, sem oportunidade de encontrar
o seu lugar ao sol, o afrodescendente descambava para a
servidão inferior, o alcoolismo, a corrupção, porque as
portas do progresso estavam-lhe fechadas. Infelizmente
ainda permanecem alguns bolsões de intolerância entre as
criaturas terrestres, mantendo a discriminação racial...
Empreendi, no entanto, a tarefa de demonstrar o erro que
permanecia, e o estudo, para mim, era o caminho inicial.
Dedicando-me à atividade que me exigia muito esforço e
luta silenciosa, às vezes, com lágrimas, embora as
bênçãos do meu protetor, o barão de Itapuã, para quem
minha genitora negra trabalhava, foi-me possível
apresentar, por ocasião da conclusão do curso médio, aos
18 anos de idade, uma tese sobre a Etiologia da Sífilis
Maligna Precoce, com referências e citações em seis
idiomas, inclusive em latim, conseguindo chamar a
atenção de grandes estudiosos no estrangeiro, onde a
obra foi publicada”. (Transtornos
Psiquiátricos e Obsessivos. Capítulo 3: Encontro com o
mentor.)
65. Na sequência, Dr. Juliano acrescentou: “Logo mais,
com esforço inaudito, foi-me possível passar a ensinar
na Faculdade onde fora aluno, aos 23 anos de idade, na
condição de mais jovem professor da Universidade,
reconhecidamente racista e preconceituosa naqueles
dias... Este foi apenas o início... Combates acerbos
foram travados para demonstrar que todos os seres
humanos são iguais geneticamente e que a decantada
inferioridade não é privilégio de uma raça, assim como
não o é a considerada superioridade, decorrentes, esses
fenômenos, somente de condições socioeconômicas, de
fatores genéticos defluentes das enfermidades que os
maltratam e que afligem mais os desprotegidos do que os
mimoseados pela opulência, na qual também proliferam
anomalias incontáveis...” (Transtornos
Psiquiátricos e Obsessivos. Capítulo 3: Encontro com o
mentor.)
66. Finalizando sua fala, Dr. Juliano disse: “Hoje
constato que as matrizes reais do processo encontram-se
no espírito e não no corpo. O ser espiritual é o
responsável pelas aquisições positivas e negativas
resultantes das experiências do processo evolutivo, no
qual todos nos encontramos situados. Ademais, constatei,
na grande pátria do espírito, onde agora me encontro,
que fora, eu próprio, quem solicitara a oportunidade de
renascimento na etnia negra, que desdenhara em ocasião
pretérita, acumpliciando-me com outros desvairados,
assim recuperando-me da própria insânia. Felizmente,
pude desincumbir-me a contento em relação ao compromisso
espiritual de autoedificação. Quando todos
compreendermos o significado do amor e a
responsabilidade em relação à vida pessoal, familiar,
social, dar-nos-emos todos as mãos, ajudando-nos
reciprocamente, e avançando no rumo da real felicidade
que nos aguarda... Por enquanto, façamos o melhor ao
nosso alcance, sempre reconhecendo que seria possível
realizar um pouco mais, caso nos houvéssemos empenhado
pelo conseguir". (Transtornos
Psiquiátricos e Obsessivos. Capítulo 3: Encontro com o
mentor.)
67. Concluída a explanação feita pelo gentil psiquiatra,
deram entrada no recinto os companheiros Matilde, Bruno
Antonelli e Jacques, que vieram reunir-se com a equipe
socorrista, a fim de seguirem em direção da comunidade
onde se encontrava o venerável Mentor da clínica
psiquiátrica, à qual deveriam integrar-se em breve
tempo. Bruno explicou que o responsável espiritual pelo
nosocômio fora, quando na Terra, espírita de elevado
quilate que, sendo convidado à seara de luz, no fim do
século XIX, não trepidara em arrotear o solo do coração
e, ao lado dos grandes apóstolos Bittencourt Sampaio,
Dr. Bezerra de Menezes e outros, trabalhou com denodo
para a implantação do Espiritismo nas formosas terras
brasileiras, lutando com afã e amor pela unificação dos
espiritistas, já naqueles dias passados. “Quando nos
encontrávamos delineando os planos de edificação do
hospital, em memorável reunião de tiptologia -
esclareceu-nos o caro Bruno - fomos informados do
interesse da nobre Entidade, que muito ajudara, com os
recursos espíritas, os portadores de alienação mental e
obsessiva, que o buscavam, aplicando passes e
socorrendo-os com carinho e bondade, dando continuidade
ao mister, no plano espiritual.” (Transtornos
Psiquiátricos e Obsessivos. Capítulo 3: Encontro com o
mentor.)
68. Acrescentou Bruno Antonelli: “Não demoramos em
rogar-lhe o patrocínio espiritual para a obra,
intercedendo junto ao Divino Médico, para que pudéssemos
servir sem titubeios, sem reclamações, com devotamento.
Amparados pela sua intercessão generosa, fomos
abençoados por companheiros de grande valor que se
integraram ao trabalho, oferecendo o melhor de suas
possibilidades até a exaustão de alguns, em razão da sua
convicção espírita e da necessidade de redenção moral. O
hospital cresceu e desenvolveu atividades terapêuticas
valiosas, inclusive, iniciando o atendimento espiritual,
em dias muito difíceis, quando a maioria dos psiquiatras
que se lhe vinculavam legalmente, recusavam-se a aceitar
esse tipo de interferência terapêutica sem validade
acadêmica. Não nos deixamos, porém, desanimar, e
investimos com valor moral na contribuição espírita para
os enfermos, instalando pequeno grupo de atendimento com
passes e diálogos fundamentados nos conceitos
doutrinários do Espiritismo, mediante a aceitação dos
familiares do enfermo que assinavam um termo de
concordância”. (Transtornos
Psiquiátricos e Obsessivos. Capítulo 3: Encontro com o
mentor.)
69. Segundo Bruno, os resultados foram positivos e de
quase imediata constatação. Com isso, as resistências
iniciais foram diminuindo e, hoje, a contribuição
espírita é reconhecida ali como de valor inestimável.
Como era seu desejo ampliar o programa espiritual, ele e
seus companheiros convidaram Dr. Inácio Ferreira para
que superintendesse por algum tempo o trabalho que
desejavam instalar. A clínica estava vinculada ao
Sanatório Esperança, onde Dr. Inácio realiza elevado
ministério psiquiátrico sob o amparo do venerável
Espírito Eurípedes Barsanulfo, como é mencionado no
livro Tormentos
da Obsessão, de
autoria de Manoel Philomeno de Miranda. (Transtornos
Psiquiátricos e Obsessivos. Capítulo 3: Encontro com o
mentor.)
70. Na clínica, assim que o grupo chegou, Jacques Verner,
representando os Antonelli, que lhe solicitaram ser o
porta-voz das suas aspirações, expôs com clareza,
dirigindo-se ao Benfeitor espiritual: "Nobre benfeitor!
Graças à misericórdia dos céus, como é do vosso
conhecimento, tem-nos sido possível conduzir a clínica
dentro dos padrões éticos e científicos propostos pela
ciência psiquiátrica atual. São numerosos os seus
dedicados trabalhadores voluntários e remunerados,
conforme as possibilidades de cada um, e os resultados
terapêuticos têm sido valiosos. Muitos daqueles que
iniciaram o trabalho no corpo físico, hoje permanecem
cooperando em espírito ao nosso lado, como nos dias já
idos, com devotamento comovedor. Renovam-se os quadros
dos servidores e o ideal permanece dentro das condições
de cada época e das circunstâncias que lhes são
pertinentes. Como o benfeitor sabe, porque daqui partem
para a Terra as propostas de elevação e as novas
terapias de misericórdia, de compaixão e de caridade, ao
lado dos valiosos investimentos farmacológicos, para
modificarem os estados de consciência alterada e as
alienações mentais, novos paradigmas vêm sendo propostos
em benefício dos irmãos enfermos. Entre eles, o
tratamento ambulatorial, o mínimo de internamento e mais
atendimento diuturno, facultando-lhes o retorno ao lar,
ao entardecer, a fim de não serem rompidos os liames
familiares e sociais, que fazem parte do processo
reencarnatório, graças ao qual se renasce onde se faz
necessário para a evolução e não onde se gostaria. Desse
modo, temos em mira ampliar o atendimento espiritual,
estimulando essas medidas saudáveis e desenvolvendo a
prática das terapêuticas desobsessivas”. (Transtornos
Psiquiátricos e Obsessivos. Capítulo 3: Encontro com o
mentor.) (Continua
no próximo número.)