A. Há no
homem
uma
tendência
para
tudo
referir
à sua
pessoa,
como
centro
exclusivo
do que
se passa
do
Universo?
Sim. É
exatamente
isso que
Flammarion
deplora
nesta
obra,
lembrando
que por
causa
disso o
homem
restringe
os fatos
e as
ideias.
A teoria
da
causalidade
particular
constitui,
nesse
sentido,
um
exemplo,
e dos
mais
famosos,
como se
tudo na
Natureza
existisse
apenas
por
causa do
homem e
não
houvesse
no
planeta
outros
seres
viventes. (Deus
na
Natureza
– Quarta
Parte. Plano
da
Natureza
–
Instinto
e
Inteligência.)
B.
Flammarion
rejeita
a ideia
de
causalidade
na obra
da
Natureza?
Não. Sua
proposição
consiste
em
substituir
a ideia
de
causalidade
particular
pela
ideia de
plano
geral.
Não toma
ele
posição
pró nem
contra a
teoria
da
transformação
das
espécies;
apenas
entende
que sem
o
princípio
da
destinação
dos
seres e
dos
astros é
impossível
algo
explicar,
desde a
anatomia
à
mecânica
celeste;
nenhuma
causa
exterior,
nenhuma
influência
mesológica
se
isenta
dessa
grande
lei. (Deus
na
Natureza
– Quarta
Parte. Plano
da
Natureza
–
Instinto
e
Inteligência.)
C.
Dentro
da ideia
de que
existe
um plano
geral na
Natureza,
qual
seria,
na visão
de
Flammarion,
o
destino
dos
seres e
das
coisas?
Sobre
isso,
Flammarion
é
taxativo.
Diz ele:
“O
destino
integral,
absoluto,
dos
seres é
problema
insolúvel
na
atualidade.
É um
problema
que se
abre
insensivelmente
como um
abismo,
quando
procuramos
sondar-lhe
as
profundezas”.
E
acrescenta:
“O vasto
problema
da
destinação
dos
seres e
coisas
envolve-nos
na sua
profundeza,
sem que
o
possamos
julgar
nem
resolver.
Ele nos
arrasta,
quais
infusórios
microscópicos,
perdidos
no bojo
dos
oceanos,
a
procurarem
compreender
e
explicar
o fluxo
e
refluxo
das
águas”. (Deus
na
Natureza
– Quarta
Parte. Plano
da
Natureza
–
Instinto
e
Inteligência.)
Texto
para
leitura
1013. Na
sua
tendência
para
tudo
referir
à sua
pessoa
como
centro
exclusivo,
o homem
restringe
os fatos
e as
ideias.
Vimos
que a
sua
teoria
da
causalidade
é disso
um
exemplo
e dos
mais
famosos.
Quando
se
pretende
que os
frangos
foram
feitos
para o
espeto,
não
deixa de
haver um
tanto de
personalismo
na
afirmação.
Pode-se
dizer, é
verdade
– de vez
que o
homem é
onívoro
e que
sua
constituição
orgânica
exige
alimentação
mista –
que os
animais
e
plantas
de que
se nutre
destinam-se,
efetivamente,
a lhe
prover a
existência
e que,
sem
eles, a
espécie
humana
logo se
extinguiria. (Deus
na
Natureza
– Quarta
Parte. Plano
da
Natureza
–
Instinto
e
Inteligência.)
1014.
Descer,
porém, a
minúcias
particulares
e
afirmar
que as
perdizes
fossem
criadas
para
combinar
com os
temperos
da
culinária
de
Vatel;
dizer
que os
bovinos
foram
principalmente
destinados
ao caldo
gordo,
ao bife
com
batatas
etc.;
que os
quartos
do
carneiro
e
assados
de
vitela
correspondem
à
finalidade
originária
das
espécies
ovina e
bovina;
que os
feijões
para
nada
prestariam
se não
fossem
temperados
e que as
ameixas
só foram
douradas
pelo Sol
para
serem
saboreadas
frescas
ou em
compota,
e assim
por
diante,
é
incidir
no
vulgar;
é
esquecer
o
sistema
geral da
Natureza
e
acreditar
que só o
homem
vive no
Universo. (Deus
na
Natureza
– Quarta
Parte. Plano
da
Natureza
–
Instinto
e
Inteligência.)
1015.
Assim,
vamos
terminar,
lembrando
nossa
proposição,
que é
substituir
a ideia
de
causalidade
particular
pela
ideia de
plano
geral.
Não
tomamos
posição
pró nem
contra a
teoria
da
transformação
das
espécies;
apenas
concluímos
que sem
o
princípio
da
destinação
dos
seres e
dos
astros é
impossível
algo
explicar,
desde a
anatomia
à
mecânica
celeste;
nenhuma
causa
exterior,
nenhuma
influência
mesológica
se
isenta
dessa
grande
lei. A
teoria
da
seleção
natural
substitui,
simplesmente,
a
intervenção
miraculosa
da causa
criadora
para
cada
espécie,
por uma
lei
inteligente,
universal. (Deus
na
Natureza
– Quarta
Parte. Plano
da
Natureza
–
Instinto
e
Inteligência.)
1016.
Ela
deixa na
Natureza
o
pensamento
organizador
do mundo
sensível
ao
começo,
ao meio
como ao
fim das
coisas.
Esta
concepção
do
desenvolvimento
do
mundo,
mais
positiva
e
científica,
não se
baseia
no
casual
nem no
arbitrário.
Apresenta
o
Universo
como
unidade
viva,
cuja
existência
se
desenvolve
e se
eleva
eternamente
a um
ideal
inacessível,
de
conformidade
com a
ideia
primordial. (Deus
na
Natureza
– Quarta
Parte. Plano
da
Natureza
–
Instinto
e
Inteligência.)
1017.
Origem e
fim
coexistem,
simultaneamente,
no
atual.
Do
inorgânico
ao
orgânico,
do
orgânico
ao
vivente
e do ser
vivente
ao
inteligente
há um
ciclo,
uma
circulação
material
e uma
ascensão
intelectual,
obedientes
a uma
razão
dominadora.
O mundo
não é um
jogo de
disparates,
é um
poema no
seio do
qual não
passamos
de
humilíssimos
comparsas
e cujo
autor
invisível
nos
envolve
na sua
radiação
imensa,
como a
esses
grãos de
poeira
que
vemos
flutuar
numa
réstia
de sol. (Deus
na
Natureza
– Quarta
Parte. Plano
da
Natureza
–
Instinto
e
Inteligência.)
1018.
Ousemos
confessá-lo!
O
destino
integral,
absoluto,
dos
seres é
problema
insolúvel
na
atualidade.
É um
problema
que se
abre
insensivelmente
como um
abismo,
quando
procuramos
sondar-lhe
as
profundezas... (Deus
na
Natureza
– Quarta
Parte. Plano
da
Natureza
–
Instinto
e
Inteligência.)
1019.
Uma
noite,
em
Paris,
antes do
pôr-do-sol,
contemplava
eu o
Sena,
debruçado
à ponte
do
Instituto,
de onde
o
panorama
se
apresenta
às vezes
maravilhoso.
O
horizonte
purpurizado
derramava
uma luz
rósea
nas
encarneiradas
nuvens
que se
espalhavam
pelo céu
azul e
essa
luz,
banhando
a
atmosfera
da
grande
urbe,
dava um
aspecto
mágico
aos
edifícios
silenciosos.
O rio,
qual
enorme
rubi,
rolava
morosamente
para
Oeste,
sumindo-se
no
indeciso
da
distância,
onde se
casavam
a luz e
a
sombra. (Deus
na
Natureza
– Quarta
Parte. Plano
da
Natureza
–
Instinto
e
Inteligência.)
1020. À
minha
esquerda,
o
zimbório
sombrio
cinzentava
o
casario
e, além,
duas
fechas
góticas
espetavam
o céu. À
minha
direita,
as
janelas
do
Louvre,
reverberando
uma
iluminação
feérica,
emprestavam
ao velho
edifício
desmesurada
extensão.
O bosque
escuro
das
Tulherias
e as
alturas
vaporosas
de uma
colina
além
prolongavam
a
perspectiva
até às
brumas
do
horizonte. (Deus
na
Natureza
– Quarta
Parte. Plano
da
Natureza
–
Instinto
e
Inteligência.)
1021.
Este
panorama
apresentava-se-me
com
duplo
sentido:
– era a
ideia
grandiosa
da
Natureza
pairando
sobre a
massa de
uma
grande
cidade
humana.
Pouco a
pouco,
sentia-me
identificado
com esse
espetáculo
de uma
existência
simultânea
da
Natureza
e da
cidade,
existência
permanente
e,
contudo,
velha,
mas cujo
contraste
não me
houvera
tocado
ainda,
tão
vivamente.
E
contemplando
esse
duplo
espetáculo,
acompanhava
os
movimentos
reais,
quanto
os
aparentes,
da
Natureza. (Deus
na
Natureza
– Quarta
Parte. Plano
da
Natureza
–
Instinto
e
Inteligência.)
1022. O
Sol
descia,
lento,
atrás
das
colinas;
as
nuvens
se
coloriam
de um
matiz
mais
róseo, o
rio
deslizava
docemente
para o
mar
distante;
o ar
refrescado
agitava-se
brando,
como um
ritmo
respiratório.
Esse
movimento
geral
impressionava-me,
por isso
que o
imaginava
extensivo
a toda a
Natureza,
e como
que me
desvendava
a
circulação
total da
vida
planetária.
Mas o
motivo
predominante
da minha
atenção
era a
ideia de
que todo
esse
movimento
se
completava,
como se
o homem
ali não
estivesse. (Deus
na
Natureza
– Quarta
Parte. Plano
da
Natureza
–
Instinto
e
Inteligência.)
1023. Em
pleno
centro
de
Paris, o
homem
afigurou-se-me
um
cifrão
da
Natureza.
Os
transeuntes
que por
mim
passavam,
ali,
naquela
mesma
ponte,
não
admirariam,
certamente,
aquele
magnífico
pôr-do-sol.
Os
homens
de
negócios
pervagavam
absortos
nos seus
cálculos.
Os dois
milhões
de almas
que
formigam
adentro
da cinta
fortificada
não me
pareciam
mais que
um
turbilhão
efêmero
neste
setor do
nosso
globo. (Deus
na
Natureza
– Quarta
Parte.Plano
da
Natureza
–
Instinto
e
Inteligência.)
1024. E
eu dizia
de mim
para
mim: eis
que
assim
vai a
Terra
girando
em torno
da sua
órbita e
apresentando
cada
país,
por sua
vez, à
fecundação
solar;
as
nuvens
percorrem
a
atmosfera,
as
plantas
obedecem
ao ciclo
das
estações;
os rios
correm
para o
mar,
dias e
noites
se
alternam,
a
harmonia
terrena
segue o
seu
curso
regular,
perpétuo... (Deus
na
Natureza
– Quarta
Parte.Plano
da
Natureza
–
Instinto
e
Inteligência.)
1025.
Mas, por
que tudo
isso? Os
insetos
com suas
mandíbulas
estrafegam
pétalas,
os
passarinhos
devoram
os
insetos,
o gavião
devora
os
passarinhos,
ruge o
leão nos
desertos,
baleias
caçam na
amplidão
dos
mares...
Por que
e para
quê? (Deus
na
Natureza
– Quarta
Parte.Plano
da
Natureza
–
Instinto
e
Inteligência.)
1026.
Fontes
límpidas
ostentam,
na
solidão
das
matas,
espelhos
translúcidos
em
molduras
de
pervincas;
regatos
múrmuros
despenham-se
das
colinas,
ribeiros
prateados
misturam-se
com os
grandes
rios
para
caírem
nos
abismos
oceânicos
e aí
perderem
a
existência
e o
nome;
ricas
florações
repontam
e morrem
no fundo
tenebroso
dos
mares,
apenas
visitados
por
madréporas
e
corais,
e, sob a
atração
celeste,
o fluxo
e
refluxo
dos
mares
desloca,
de
continentes
a
continentes,
a massa
líquida
e
formidável. (Deus
na
Natureza
– Quarta
Parte. Plano
da
Natureza
–
Instinto
e
Inteligência.)
1027.
Mas...
que
utilidade
haverá
em tudo
isso?
Essa
vastíssima
Natureza
caminha
impassível,
mecanismo
colossal,
as
coisas
se
renovam
sem
tréguas,
o
próprio
homem
não
passa de
átomo
efêmero,
que
surge e
funde-se
num
relâmpago.
Deste
universo
imenso,
o homem
quase
nada
conhece,
posto
suponha
conhecer
tudo, e,
de
resto,
empregando
o tempo
noutras
cogitações. (Deus
na
Natureza
– Quarta
Parte. Plano
da
Natureza
–
Instinto
e
Inteligência.)
1028.
Antes
que
surgisse
o homem,
já essas
mesmas
harmonias
vibravam
como ao
presente.
Para que
ouvidos,
porém?
Tudo
existia
antes
dele e
quiçá
sem ele.
Tudo
existirá
depois
dele!
Por que
existe,
aqui,
esta
Criação?
Por que,
sondando-lhe
a
profundeza,
não
posso eu
idealizar
qualquer
resposta?
Por que
haveria
Deus
criado a
Terra e
a
multidão
infinita
de
outros
mundos? (Deus
na
Natureza
– Quarta
Parte. Plano
da
Natureza
–
Instinto
e
Inteligência.)
1029. E
por que,
vendo a
inquietude
da minha
alma,
deixa-a
debater-se
no
abismo
da
ignorância,
como se
não
conhecesse
Ele, o
Criador,
esse
pensamento,
qual o
do grão
de areia
levado
pelo
vento,
ou da
gotícula
d'água
deste
rio que
aqui
resvala,
a meus
pés? Por
que e
para que
serve
tudo
isto? (Deus
na
Natureza
– Quarta
Parte. Plano
da
Natureza
–
Instinto
e
Inteligência.)
1030.
Que
importará
a Deus
haja um,
milhões,
ou
nenhum
mundo?
Qual a
finalidade
desta
obra?
Ainda
uma vez
por que,
ó Deus!,
existe a
Criação?
E,
contudo,
este
conjunto
formidável
tem uma
finalidade.
Este véu
oculta
um
problema
grandioso,
que nos
envolve
e
aniquila. (Deus
na
Natureza
– Quarta
Parte. Plano
da
Natureza
–
Instinto
e
Inteligência.)
1031.
Nesse
dia,
retirei-me
silencioso,
olhos
cerrados,
em nada
mais
atentando.
Desaparecera
o Sol, o
Sena
prosseguiu
em seu
curso, o
manto da
noite
envolveu
a cidade
e logo
entrei a
ouvir o
barulho
ambiente.
Mais
tarde,
muitas
vezes,
fui
assaltado
por
essas
mesmas
reflexões,
muitas
vezes me
vi
constrangido
a
repetir
a
pergunta
irretorquível
– por
que
existe o
mundo? E
sempre o
silêncio
e o
vácuo
por
única
resposta! (Deus
na
Natureza
– Quarta
Parte. Plano
da
Natureza
–
Instinto
e
Inteligência.)
1032.
Pois
quê!
Sempre
que
tentava
uma
resposta,
questão
mais
grave se
me
impunha,
consequente.
Acompanhando
esse
movimento
impassível
da
Natureza,
minha
alma por
vezes se
emancipou
do tempo
para
interrogar-se
onde
estaria
daqui a
cem anos
e,
prosseguindo
avante,
imaginou,
aterrada,
o que
poderia
aguardá-la
num
milênio. (Deus
na
Natureza
– Quarta
Parte.Plano
da
Natureza
–
Instinto
e
Inteligência.)
1033.
Perpetuando
o seu
tesouro,
viu que
poderia
viver
ainda
cem mil
anos e
perguntou
o que
seria
nessa
época.
Sonhando
mais
longe o
abismo,
lá se
foi ela,
infatigável,
por
beirar
um
milhão
de anos,
de
séculos! (Deus
na
Natureza
– Quarta
Parte. Plano
da
Natureza
–
Instinto
e
Inteligência.)
1034. E
além
dessas
lindes,
desses
pontos
já
inacessíveis
ao
pensamento,
ei-la a
imaginar
nova
linha de
igual
extensão;
depois,
uma
segunda,
terceira,
quarta,
décima,
centésima,
milésima...
Já na
eternidade,
então,
percebeu
que o
tempo
não
existe e
que a
eternidade
é
imóvel... (Deus
na
Natureza
– Quarta
Parte. Plano
da
Natureza
–
Instinto
e
Inteligência.)
1035.
Devo
dizer
que, por
vezes,
este
último
pensamento
se
tornava
tão
aterrador,
diante
do
inexorável
destino,
que me
aniquilava
a noção
de
personalidade,
como se
esse
quadro
insustentável
nos
convidasse
a
esperar
o
repouso
na morte
ou como
se essa
contemplação,
muito
vasta
para o
cérebro
humano,
o
houvesse
espedaçado
e
suprimido
do
número
dos
cérebros
inteligentes. (Deus
na
Natureza
– Quarta
Parte. Plano
da
Natureza
–
Instinto
e
Inteligência.)
1036.
Talvez
não me
assista
o
direito
de assim
vos
entreter
com as
minhas
impressões
pessoais.
No
fundo,
porém,
não se
trata
aqui de
um caso
pessoal,
mas de
um
estudo
análogo
ao do
anatomista
que
sonda
profundamente
uma
chaga
desconhecida. (Deus
na
Natureza
– Quarta
Parte. Plano
da
Natureza
–
Instinto
e
Inteligência.)
1037. Se
o
astrônomo
se
baseia
em
observações
pessoais
para
fixar o
seu
sistema;
se o
químico
fala
pelo
testemunho
das suas
retortas
e
análises
particulares;
se o
físico
examina
a
Natureza
com seus
próprios
olhos,
natural
se torna
que o
pensador,
a
exemplo
deles,
conte o
resultado
de suas
elucubrações
e
confie,
eventualmente,
aos que
o ouvem,
as
inquietações
e
labores
do seu
espírito.
No
mínimo,
há nisto
um ato
de
sinceridade
e o
penhor
de uma
opinião,
independente
de
qualquer
sectarismo. (Deus
na
Natureza
– Quarta
Parte. Plano
da
Natureza
–
Instinto
e
Inteligência.)
1038.
Sim! O
vasto
problema
da
destinação
dos
seres e
coisas
envolve-nos
na sua
profundeza,
sem que
o
possamos
julgar
nem
resolver.
Ele nos
arrasta,
quais
infusórios
microscópicos,
perdidos
no bojo
dos
oceanos,
a
procurarem
compreender
e
explicar
o fluxo
e
refluxo
das
águas. (Deus
na
Natureza
– Quarta
Parte. Plano
da
Natureza
–
Instinto
e
Inteligência.) (Continua
no
próximo
número.)