Divaldo Franco: “O mal que nos faz mal é
o mal que fazemos”
De 4 a 7 de junho, nas cidades de Berlim, Stuttgart e
Mannheim, Divaldo concluiu seu périplo por terras do
Velho Mundo
Nas primeiras horas da manhã de 4 de junho,
segunda-feira, o incansável trabalhador de Jesus,
Divaldo Franco, acompanhando de alguns amigos, já se
encontrava no aeroporto de Düsseldorf, embarcando
para Berlim, onde foi recebido pelos confrades espíritas
do Studien-und Arbeitsgruppe Joanna de Ângelis e.V. -
SAJA, e conduzido ao hotel para se refazer da viagem e
se preparar para o encontro que estava marcado para o
final da tarde na sede do SAJA.
Sem perda de tempo e para bem aproveitar as
oportunidades de levar o conhecimento e a experiência na
divulgação da Doutrina Espírita, Divaldo Franco e os que
o acompanham no roteiro de divulgação doutrinária na
Europa foram recebidos com muita alegria e entusiasmo.
Divaldo atendeu aos amigos que o buscavam para
cumprimentos, fotografias, uma conversa fraterna, até
chegar o momento do início da atividade agendada. Nesta
oportunidade, quem conduziu e expôs o tema - O Homem
Perante a sua Consciência -foi o querido amigo Dr. Juan
Danilo Rodríguez.
Juan Danilo, introduzindo o assunto, fez referência à
questão 621 de O Livro dos Espíritos, onde Allan
Kardec indagou sobre onde está escrita a Lei de Deus,
obtendo dos imortais, que respondendo, informaram que
ela se encontra na própria consciência do ser humano.
Dr. Juan adentrou-se pelos caminhos da inteligência, da
mediunidade, exemplificando suas afirmativas com alguns
exemplos de experiências próprias.
Traçando alguns direcionamentos para desenvolver a
consciência em si mesmo, referiu-se a Jesus e ao Seu
diálogo com Pilatos, onde aquele, aparentemente vencido,
mantém-se vencedor, sobrepondo-se pela Sua moral, pelo
Seu amor, asseverando que “Todo aquele que busca a
verdade escuta a minha voz”. É fundamental que todas as
criaturas humanas tenham um propósito para o seu próprio
crescimento. É fundamental, frisou Juan, conhecer o
propósito do ser que se é. Esse passo inicial é
primordial para começar a transformação, para melhor, de
alguns pontos no próprio caráter.
Em seguida, como consequência do propósito traçado, ou
seja, o desenvolvimento da consciência, se deve
empreender a conquista do autocontrole, trabalhando com
afinco e dedicação e, assim, naturalmente o indivíduo se
volta para a solidariedade e para a vida, alterando seus
propósitos para melhor. Agora, mais equipado o ser dá um
novo sentido à vida, porque muda a forma de pensar, e
nota que tudo começa a mudar ao seu redor. É o amor como
Jesus o apresentou, amando a Deus, ao próximo e a si
mesmo.
Quando os indivíduos optam por estes caminhos, asseverou
o lúcido palestrante, descobrem um propósito para o seu
ideal e começam, naturalmente, a caminhar para a
felicidade, porque somente é feliz quem ama. Quando o
ideal, que é amar, está fixado no ser, torna-se
fantástico, pois o ego transcende a personalidade,
aprende a ter um propósito, a ser solidário, a lutar
pelo amor, atingindo uma consciência lúcida,
transcendente.
Evidenciando a lógica do Espiritismo, Dr. Juan afirmou,
ainda, que é uma doutrina de transcendência. Graças à
lógica do Espiritismo se pode compreender que todos
traçam seus próprios caminhos, para uns mais longos, com
perigos, desvios, e para outros, caminhos mais curtos e
diretos, porém, todos chegarão ao ideal da
transcendência, afinal na Doutrina Espírita se encontram
todas as respostas para a transcendência.
Encerrando as atividades realizadas na sede do SAJA, Dr.
Juan foi muito aplaudido. E porque o assunto seja sempre
palpitante, ainda respondeu algumas perguntas, e
despedindo-se de todos, juntamente com Divaldo,
retornaram ao hotel para a conferência pública que se
fará no dia seguinte.
A conferência em Berlim
Na noite de 5 de junho, terça-feira, Divaldo Franco,
atendendo ao convite dos espíritas do Studien-und Arbeitsgruppe Joanna
de Ângelis e.V. - SAJA, de Berlim, proferiu
conferência pública com o tema “Schmerz - Leid – Heilung”
- Dor - Sofrimento - Cura -, e contou com o eficiente
auxílio de Edith Burkhard na
tradução para o idioma alemão.
Ao iniciar as atividades da noite, lamentando não falar
o idioma alemão, fazendo-se entender, porém, através do
idioma internacional do amor, Divaldo Franco asseverou
que a busca do ser humano na Terra, desde os primórdios
é a felicidade, e uma das mais importantes áreas para a
aquisição da felicidade é a saúde. Discorrendo sobre a
história da evolução do ser humano, desde o período
pré-socrático, Divaldo esclareceu que aqueles filósofos
haviam concluído que a vida humana era constituída de
dois elementos, o ser e o não ser.
A filosofia idealista de Sócrates, o mundo das ideias, e
as conclusões de Platão levaram o homem a compreender
que ele, o homem, voltava várias vezes até atingir o
estado de luz. Com o Platonismo, surgiu, então, o
espiritualismo. Percorrendo o pensamento proposto pelo
Atomismo grego, até alcançar a atualidade com o
Materialismo e o Espiritualismo, Divaldo Franco expôs o
trabalho desses pensadores que procuravam responder
sobre a felicidade, a vida e a morte, a dor, o
sofrimento e a cura.
Apresentando as conclusões a que chegou Sidarta
Gautama, o Buda, sobre o sofrimento, Divaldo
discorreu sobre as quatro grandes verdades: 1) Todos os
seres estão sujeitos ao sofrimento; 2) O sofrimento
surge de causas específicas; 3) Eliminando as causas, o
sofrimento é eliminado; e 4) O sofrimento e suas causas
são eliminados. É o fim do caminho de sofrimento.
Eis que surge um Homem na face da Terra, é um Judeu, de
Nazaré, Ele sobe em uma montanha e diz que a verdadeira
felicidade não é ter, porque o que se tem se pode
perder, mas a felicidade é ser melhor a cada dia. Então,
Jesus foi o mais notável filósofo da humanidade, nada
escreveu, mas as suas palavras penetraram a alma humana
de tal forma que se tem a sensação de que foram
pronunciadas ainda ontem. Em Jesus, esclareceu o hábil
orador, o ser humano encontra uma filosofia para superar
a dor e o sofrimento. Dor é sensação, a dor física leva
ao sofrimento, porém o sofrimento moral somatiza e o
indivíduo adoece. Quem cultiva a raiva, certamente terá
distúrbios gástricos, o ódio derruba as defesas
orgânicas e a criatura humana fica vulnerável às
enfermidades.
Entre Jesus e os dias atuais surgiu o Espiritismo, uma
ciência que estuda a origem, a natureza, o destino dos
Espíritos e as suas relações com o mundo material. Viver
é uma bênção, a lição da dor e do sofrimento,
minimizadas pelo avanço da tecnologia, com o emprego dos
recursos farmacológicos - barbitúricos, anestesias,
antibióticos e outros -, são importantes, porém, nenhum
deles é capaz de enxugar as lágrimas da saudade, da
ausência do ser amado.
O Espiritismo orienta os indivíduos a seguir a ética do
bem e O Livro dos Espíritos, respondendo a todos
os conflitos do pensamento humano, projetando luz na
ignorância, é poderoso auxiliar para que o ser humano
transforme o ego, saindo do ego-homem, para o
ego-Cristo.
Se o homem optar em amar, a servir e dar sentido à sua
vida, naturalmente se sentirá feliz, e suas dificuldades
ficarão menores. A tarefa é a de tornar o difícil em
fácil, assim, simplificando, será possível adquirir
felicidade.
Encerrando a brilhante conferência, profundamente
inspirado, o Arauto do Evangelho e da Paz elucidou que vale
a pena ser feliz, basta uma atitude emocional, um
sorriso, uma palavra gentil, a honra de ser você quem
ajuda, contribuir para a felicidade alheia. Deus nos deu
tanto, e nós, às vezes, somos tão ingratos. Seja você
aquele que ama.
Muito aplaudido, era possível perceber a euforia que
envolveu os presentes no auditório, afinal, Divaldo é um
trabalhador do Cristo que, além de expor o que vive,
discursa com a alma. Sentindo o amor do seareiro do
Cristo, que veio e lançou novas e excelentes sementes no
solo dos corações dos amigos de Berlim, seu verbo
marcou-os indelevelmente e, certamente, se lembrarão
destas mensagens e da noite ímpar em suas vidas.
Após um rápido lanche na sede do SAJA, o incansável
Divaldo Franco apressou-se em retornar ao hotel, porque
no dia seguinte, 6 de junho, teria novo compromisso
doutrinário em terras da Alemanha. O dia mal começara e
ele já estava no aeroporto de Berlim, para rumar até Stuttgart.
Penúltima etapa da viagem: Stuttgart
No entardecer de 6 de junho, quarta-feira, lá estava o
incansável trabalhador do Cristo, Divaldo Franco, que
logo após desembarcar no aeroporto de Stuttgart,
na Alemanha, foi atender o convite do Spiritistischen
Studienkreis' Allan Kardec Gruppe S.E.E.L.E e.V. -
de Stuttgart, para discorrer sobre a vida.
Contemplando as necessidades de compreensão dos locais,
a conferência contou com a tradução de Edith Burkhard para
o idioma alemão. Assim, Divaldo Franco encerrou, com
esta atividade, um ciclo de 29 dias, passando por treze
cidades de nove países europeus, como faz já há trinta e
dois anos, divulgando o Espiritismo e o Evangelho de
Jesus.
Apresentando o tema e ambientando o público, Divaldo
Franco iniciou a sua conferência perguntando, o que é a
vida? Talvez, na área da filosofia, seja uma das mais
difíceis definições. Aristóteles afirmava que a vida é
um dos grandes mistérios, um fenômeno inexplicável que
se apresenta em multifaces. Segundo o Dr. Cressy
Morrison, diretor do museu de Nova Iorque, a vida é
um milagre, é um químico fabuloso, consegue transformar
matéria em decomposição em perfume de flores. Albert
Schweitzer, construindo na África o novo mundo da
solidariedade do século XX, afirmava que é necessário
que o ser humano tenha respeito pela vida.
Nesta hora de tecnologia, este ser predador, que é o
homem, vem ameaçando a vida em suas várias
manifestações. Abordando o pensamento e a consciência,
Divaldo Franco discorreu sobre os seus conceitos e
consequências, fazendo referência a George Gurdjieff e
os quatro níveis de consciência. Demonstrando a
fragilidade em que o homem ainda se debate, o orador por
excelência fez forte advertência sobre o medo e a posse.
Quanto mais o ser humano tem, mais deseja ter, porque
não se restringe em possuir, quer sempre mais, possuir
mais e, nesta luta pela posse, é possuído, quer
controlar, e é controlado.
Sugeriu, então, o lúcido orador, possuir, sim, mas sem
depender, ou seja, ser o seu mordomo, e não manter o
hábito de ser o dono, pois, por mais durável que seja a
posse, ela é sempre transitória. A vida física é
passageira, e a sua transitoriedade está sustentada
pelas emoções. Todos têm um desafio, isto é, viver, que
não é apenas um ato de respirar e mover-se, é, também, o
fenômeno se sentir, se perceber vivo e, para tal, é
fundamental se estabelecer uma meta para a sua vida.
Na atualidade há uma sociedade rica de tecnologia,
porém, com ausência de metas. A vida atual transcorre
freneticamente, impedindo o homem de pensar, meditar,
reflexionar. O Espiritismo surgiu, então, formulando uma
resposta, faz uma análise profunda da filosofia
clássica, contemporânea e existencial, afinal, todos
desejam ser felizes. O advento do Espiritismo foi uma
evolução diante do pessimismo das doutrinas religiosas
da época.
Apresentando as excepcionais qualidades do maior
psicoterapeuta da humanidade, Jesus, o Trator de Deus,
conforme Chico Xavier designava Divaldo Franco, afirmou
que o Evangelho de Jesus oferece à Humanidade as
respostas para acalmar as ânsias do coração, o ardor da
ansiedade, e para aquecer a algidez dos sentimentos.
Ministrando uma verdadeira aula de autoconhecimento, o
orador de escol sugeriu que todos façam a viagem para
dentro de si, em busca de um sentido existencial e,
através de um trabalho de natureza moral, alcançar,
portanto, a plenitude.
A vida possui muitos desafios normais e muitos outros
paranormais, o Espiritismo é a resposta para uma vida
feliz. Allan Kardec foi o primeiro a provar
cientificamente a sobrevivência da alma, e a morte
deixou de ser o fim, tornando-se em portal para a
dimensão espiritual, igualmente apresentou provas sobre
a origem, a natureza e o destino dos Espíritos, bem como
sobre a comunicabilidade com o mundo corpóreo.
Encerrando profícua atividade, afirmou:
A vida é bela;
Ponha sol na sua vida;
O milagre da vida é amar;
O mal que nos faz mal, não é o mal que nos fazem, mas, é
o mal que nós mesmos fazemos, porque isto nos torna
maus.
Em nobre gesto de gratidão e reconhecimento por parte
dos assistentes, Divaldo Franco foi aplaudido de pé,
intensamente, demoradamente. As vibrações de amor e paz
pairavam no ar, oferecendo, assim, a oportunidade para
que todos dali saíssem perfeitamente renovados, pelo
amor em movimento.
Derradeira atividade: Mannheim
Retornando para a cidade de Mannheim, de onde
retornaria a Salvador, no Brasil, após atender e cumprir
os graves compromissos assumidos, ou seja, o de propalar
o Evangelho de Jesus, o Semeador de Estrelas, uma vez
mais, saiu a semear. Semeou as bases do Espiritismo, e
os frutos opíparos já se fazem notar hoje,
comprovando-os pelas diversas sociedades e grupos
espíritas que ele ajudou a fundar e que consolam almas e
elucidam mentes. Assim, o Espiritismo adquiriu cidadania
na Europa e no mundo. Divaldo Franco, temos uma dívida
de gratidão para contigo! Rogamos a Jesus e a Joanna de
Ângelis te abençoar.
Na quinta-feira, dia 7 de junho, após o encerramento da
jornada de divulgação da Doutrina Espírita pela Europa,
foi o momento de agradecer por todas as bênçãos
alcançadas no trabalho do bem.
O evento, vivamente aguardado, lotou por completo as
instalações do Freundeskreis Allan Kardec - Mannheim.
A presidente da instituição, amiga e benfeitora que
sempre acolhe Divaldo Franco e seus amigos em seu lar,
Euda Kummer, iniciou o encontro de gratidão,
reverenciando a todos, em especial a Divaldo por atender
aos convites e se dispor a estar presente nestas
extenuantes atividades de divulgação da Doutrina
Espírita na Europa, vencendo inúmeros obstáculos,
inclusive na área da saúde.
Dirigindo-se aos presentes, Divaldo Franco salientou o
trabalho realizado pelos amigos que o acompanharam neste
período na Europa, solicitando ao Dr. Juan Danilo, o
amigo querido, que se pronunciasse em breves palavras.
Juan, citando Allan Kardec, destacou a importância do
estudo das Obras Fundamentais do Espiritismo, bem como o
desenvolvimento da educação. A busca pela compreensão
através do estudo e das reflexões colaboram para a
renovação de conceitos, pois que, todos possuem
dificuldades em anular o ego. O Espiritismo, porém,
oferece as ferramentas ideais para o crescimento
individual, como, também, para fruir a felicidade,
agradecendo a oportunidade do convívio fraternal nestes
dias transatos.
Na sequência, por solicitação de Divaldo, os irmãos
queridos da Espanha, e que acompanharam praticamente
todo o percurso desenvolvido no atual roteiro, desde há
trinta dias, demonstrando serem incansáveis, deram um
exemplo de perseverança, dedicação e alegria, pois que,
sempre joviais e participativos, acompanharam, muito
próximos, todas as atividades. Através da voz do amigo
Manolo, trouxeram sua participação neste Evangelho em família afirmando
que há muitos anos já acompanham a caminhada de Divaldo,
buscando o reabastecimento nos estudos da Doutrina
Espírita, nos trabalhos incessantes apresentados por
Divaldo, que não apenas divulga, asseverou Manolo, mas
exemplifica com sua vida. Os imensos desafios e os
compromissos com a Mansão do Caminho são superados pelo
Arauto do Evangelho e Paz com muita determinação e com o
emprego de sua vontade férrea, e sendo detentor de um
ânimo inquebrantável, Divaldo Franco prossegue amando,
ensinando e servindo à causa do bem.
Em seguida, Jaqueline Medeiros, do Brasil, foi convidada
a colaborar com algumas palavras, e gentilmente fez
referência à bênção que é o Espiritismo na vida de todos
que o abraçaram, e que se tem convertido em bússola
segura para a sua existência. Destacou que o estudo e a
compreensão desta Doutrina de luz se constituem na
presença do amor de Jesus no coração de seus
profitentes. Reconhecendo as bênçãos e o amparo dos
Benfeitores espirituais, enalteceu a proteção posta a
disposição dos integrantes deste roteiro de luzes que
ora finaliza, tendo em vista a complexidade das muitas
viagens e dos inumeráveis compromissos, em diversas
cidades e países.
O próximo convite, para que se pronunciasse, foi feito
para aquela que vem há mais de vinte anos traduzindo
Divaldo Franco ao idioma alemão, a querida amiga Edith
Burkhard, que se referiu à alegria pela oportunidade de
traduzir Divaldo, permitindo que a sua mensagem de paz
chegue à compreensão dos alemães através da sua
tradução. Sente-se renovada e honrada, afirmou, por
integrar esta equipe de lidadores do bem, nas atividades
de divulgação desta Doutrina de luz.
A querida amiga Zelina, do grupo de Luxemburgo, e que
também acompanha sempre as atividades desenvolvidas por
Divaldo Franco, ofertando o seu exemplo de abnegação e
dedicação à sua autoeducação e à causa do bem, sendo
convidada a se pronunciar, destacou o seu profundo
sentimento de renovação espiritual por estar em contato
com a Doutrina Espírita e com todos os que a divulgam
nestes encontros iluminativos, dizendo sentir-se
profundamente agradecida pelas oportunidades de
aprendizado.
A noite estava muito agradável, uma leve chuva caía
caprichosamente, auxiliando a diminuir o calor intenso
que se abate sobre a Alemanha nestes dias. Por fim,
Divaldo Franco, muito inspirado e renovado pela alegria
do êxito na conclusão de tão significativos
compromissos, referiu-se a Jesus de Nazaré, que, embora
sendo sempre confrontado, apresentou à Humanidade uma
doutrina revolucionária, não castradora, mas de amor e
de liberdade. Enquanto o Espiritismo discorre sobre a
vida eterna, os homens, por vezes, permitem que as
preocupações fúteis dominem as suas emoções, tal é o
estado de infância emocional em que se encontra, e que
ainda se deixa fixar.
Falando com propriedade, pois entregou parte de sua
infância, sua juventude, e toda a sua vida adulta ao
trabalho no bem, afirmou que o Espiritismo,
figurativamente se assemelha a um túnel, quando se entra
e se aprofunda um pouco é possível ver, no seu final, a
presença da claridade, e o espírita, avançando e
tropeçando na escuridão, pode observar que, cada vez
mais, a luz se aproxima. Embora a presença dos desafios,
todos caminham para um amanhã melhor.
Que Jesus é este, que é capaz de penetrar em nossa alma
como um punhal de luz, e que faz sangrar até que a paz
tome conta de nós? Eu abandonei meus sonhos juvenis,
afirmou o ilustre orador, abandonei meus pais, minha
família, e ao lado de um fiel amigo e irmão, fui buscar,
nos pantanais da sociedade, crianças que eram vendidas
ao preço de uma garrafa de alcoólico, para adotá-las e
educá-las com amor, porque acredito na palavra do amigo
de Nazaré: - Nunca te deixarei a sós.
Ao finalizar, apresentou uma mensagem com um toque de
advertência, afirmando que há um grande desafio para o
qual devemos ter muita atenção, é a presença dos
desencarnados em nossas vidas. Todos procedemos de um
passado normalmente de imperfeições, deixamos muitas
decepções e equívocos pelo caminho, e estes inimigos
desencarnados, hoje, nos vem cobrar. Lembrem-se, sempre,
de orar, ressaltou, entregar-se a Deus, recebendo, nem
sempre o que pedimos, mas o que necessitamos e não o
sabemos.
Foi um encontro inesquecível, uma verdadeira reunião em
família. A pequena sala, completamente lotada, estava
saturada de vibrações de amor e paz. Vivemos momentos de
testemunhos, porém não estamos a sós, Jesus prossegue no
leme desta grande embarcação, o amado planeta escola
para todos nós. O encontro do Evangelho da Gratidão foi
encerrado em clima de alegria, de paz e de expectativas
para o reencontro no ano vindouro.