Entrevista

por Orson Peter Carrara

Casa de Fraternidade Chico Xavier: apoio à criança por meio da arte

Espírita desde a infância, natural de Araraquara (SP), onde também reside, Gustavo Cesar Gandolfi (foto)tem formação em Direito e exerce a profissão de advogado. Membro fundador e atual presidente da Casa de Fraternidade Chico Xavier, também é coordenador do Núcleo de Estudos e Pesquisas do Evangelho Francisco de Assis, ambos na mesma cidade. Suas respostas falam da experiência com a nova instituição e sua harmoniosa equipe, que ora se empenha na construção da sede própria para a entidade.

Quando foi fundada a Casa de Fraternidade Chico Xavier?

A Casa foi fundada em 16/12/2014. Surgiu pela comunhão de ideais e a busca de estabelecer uma Casa Espírita na região da periferia de Araraquara, com objetivo – além de levar adiante a bandeira da doutrina espírita e a mensagem consoladora do Cristo que encontramos no evangelho à luz da doutrina dos imortais – de estabelecer uma instituição voltada para o trabalho junto a crianças e  adolescentes com desenvolvimento e formação pela arte.

Por que foi escolhido o nome Chico Xavier?

A escolha do nome foi uma singela homenagem da família espírita ao venerando espírito de Chico Xavier e sua obra, na qual reconhecemos o valor inestimável não apenas para os espíritas, mas para toda a humanidade, embora compreendamos e estejamos certos de que Chico Xavier não depende de nossas homenagens.
Por que a palavra Fraternidade no nome?

Kardec, em A Gênese, cap. XVIII, item 17, destaca que “A fraternidade será a pedra angular da nova ordem social”. Emmanuel, na obra O Consolador – pergunta 350 – ensina que: “Fraternidade pode traduzir-se por cooperação sincera e legítima, em todos os trabalhos da vida, e, em toda cooperação verdadeira, o personalismo não pode subsistir”. E no dicionário a palavra Fraternidade é sinônimo de irmandade, união, concórdia, harmonia, entre outros sinônimos. Assim, ao fixarmos o termo Fraternidade no nome, remontamos a tais conceitos e reforçamos, desde o nome, que somente pela fraternidade conseguiremos concretizar o ideal de nosso trabalho.
Sabemos que agora o grupo concentra esforços na construção da sede própria. Como está sendo coordenada a iniciativa?

Nossos esforços estão, sim, dirigidos para esse objetivo. Recebemos do Município de Araraquara, em razão de todos os trabalhos e serviços prestados à comunidade, a concessão de uma área para a construção da sede da Instituição. Para isso, contamos com uma equipe responsável pela construção, a qual está empreendendo todos os esforços para a maior celeridade na efetivação do projeto.
Nesses poucos anos pós-fundação, como avalia a programação em andamento?

Sempre gostaríamos de poder oferecer mais, servir mais e sermos melhores. Contudo, tendo em vista a limitação física que hoje temos, não podemos avaliar de outro modo senão em reconhecer que, em nossa avaliação, a Casa de Fraternidade está com ótimo desempenho nas programações e nas propostas que abraça, sendo que a principal é de levar a mensagem do Cristo redivivo aos corações.
Em termos de harmonia e união de seus integrantes, o que gostaria de dizer?

Gratidão, trabalho, renúncia – poderia destacar muitos pontos. Mas acredito que apenas temos que reconhecer o grande esforço realizado por todos. Entendemos na Casa de Fraternidade que todos somos e estamos comprometidos com a Doutrina e com o movimento espírita e por esta razão, despidos de cargos, todos os trabalhadores entregam-se ao trabalho silencioso e amoroso, dedicando-se com coração à tarefa, e o reflexo desse comprometimento de todos os trabalhadores resulta nos frutos que vamos colhendo.
Como é feita a integração da Casa com o movimento espírita da cidade?

A Casa de Fraternidade procura integrar-se e participar do movimento espírita da cidade e da região. Na medida em que nosso compromisso é com o evangelho de Jesus e com a Doutrina Espírita, entendemos como prioridade estar integrado ao movimento espiritista, alistando-nos para servirmos em todos os campos em que o movimento disso necessita, a fim de mantermos a bandeira da doutrina sempre tremulando.
Quem quiser colaborar com a construção da nova sede, como deve proceder?
Gostaríamos de utilizar este espaço para recorrer ao coração de todos os leitores que queiram e possam colaborar conosco na construção da instituição. A Casa de Fraternidade necessita de todo apoio possível. Para isso, a Instituição abriu uma conta bancária específica, Banco Sicred – Agência: 3009 - Conta Corrente n.º 9935-0 - CNPJ/MF n.º21.597.113/0001-96. Gostaríamos de destacar ainda que toda ajuda é muito bem-vinda e que, além da contribuição financeira, necessitamos também de material de construção e de qualquer contribuição em favor da construção.
Algo mais que gostaria de acrescentar?

Inicialmente agradecemos a oportunidade concedida para utilizar este espaço, especialmente porque reconhecemos a importância e a grande abrangência da revista O Consolador para toda a comunidade espírita. No mais e por fim, entendemos que somos tão devedores e sabemos que o trabalho representa pequena parcela do que devemos, mas acreditamos que este começo é forma de sanarmos a dor no outro e em nós mesmos. Agradecemos pela generosidade e atenção que nos é dada, uma vez que não nos reconhecemos merecedores de tanta intervenção bondosa como temos recebido.

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita