Pretos
velhos e
caboclos
nos
centros
espíritas
Inicio
este
texto
com algo
que
escrevi
no
facebook.
Outro
dia vi o
Zé
falando
uma
grande
verdade...
Ninguém
deu
bola....
Então,
trocaram
o nome e
colocaram:
Barão
Von
Sternove
como
autor da
frase do
Zé, daí
todos
compartilharam....
Tornou-se
verdade,
citação
aclamada
pelo
mundo,
afinal,
fora
dita por
uma
celebridade...
A
identidade
dos
Espíritos
é um
tema
que,
desde
sempre,
chama
atenção
por
diversas
razões.
Quando
uma
comunicação
é dada
para o
médium
por
personalidades
da
história,
nomes
consagrados
e com
grande
clamor,
em
geral,
são bem
recebidas.
Parece
que a
assinatura
das
comunicações
por
alguma
personalidade
conhecida
causa um
certo
frisson
e dá
credibilidade.
Por
isso,
quero
entrar,
neste
texto,
nas
comunicações
dadas
por
pretos
velhos e
caboclos.
E penso
que há
preconceito
quando
se fala
da
manifestação
de
Espíritos
de
pretos
velhos e
caboclos
nos
centros
espíritas.
Sinceramente,
não sei
se é por
causa do
nosso
arraigado
preconceito
em
relação
aos
negros,
índios e
demais,
ou
outras
razões
alheias
a isto,
o que
não se
pode
negar,
entretanto,
é que há
um certo
“torcer
o nariz”
quando
se fala
na
manifestação
dessas
entidades
nas
casas
espíritas,
coisa
que não
ocorre,
por
exemplo,
quando
há
manifestação
de um
padre ou
personalidade
um pouco
mais,
digamos,
ilustre
do
passado.
Algumas
pessoas
costumam
refutar
tais
manifestações
de
pretos
velhos e
caboclos.
Em
muitas
ocasiões,
aliás,
afirmam
que,
caso
existam
manifestações
de
pretos
velhos
só podem
advir de
um
Espírito
inferior.
Diante
de tais
narrativas
quero
apresentar
alguns
pontos
importantes
que, com
frequência,
passam
despercebidos.
O
primeiro
é o fato
de Allan
Kardec
ensinar
que o
conteúdo
de uma
mensagem
mediúnica
é sempre
mais
importante
do que a
forma ou
de quem
apresenta
a
mensagem,
aqui no
caso em
questão
falamos,
naturalmente,
do
Espírito
comunicante.
No
capítulo
24 de O
Livro
dos
Médiuns
–
Identidade
dos
Espíritos
– Kardec
explana
sobre
este
ponto,
informando
tratar-se
de
questão
secundária
essa
identificação.
Se o
Espírito
só diz
coisas
boas e
não se
contradiz,
pouco
importa
se é
preto
velho,
caboclo,
padre ou
algum
nome
conhecido
do
passado.
Mais
importante
é, como
já
dissemos,
o
conteúdo
que
contém a
mensagem.
Para
analisar
o
conteúdo,
todavia,
faz-se
necessário
um
distanciamento
da
personalidade
que a
entidade
se
apresenta,
caso
contrário
corre-se
o risco
de
fazer-se
uma
análise
superficial.
Um outro
ponto de
apoio
que é
encontrado
para as
manifestações
de
pretos
velhos e
caboclos
não
sofrerem
preconceito
está,
também,
em O
Livro
dos
Médiuns,
capítulo
6 -
Manifestações
Visuais.
O citado
capítulo
informa
que
quando
evocados
com tal
ou qual
personalidade
que
viveram,
os
Espíritos
podem,
se assim
o
quiserem,
manifestarem-se
com a
aparência
evocada,
mesmo
que
tenham
vivido
outras
tantas
existências
depois
da
personalidade
em
questão.
Portanto,
compreendo
que é
legítimo
e
perfeitamente
factível
que o
Espírito,
então,
tome a
forma e
manifeste-se
como um
preto
velho,
caso
pensem
nele
assim.
A
propósito,
encerro
este
texto da
mesma
forma
que o
iniciei,
com o já
mencionado
post do
facebook:
Outro
dia vi o
Zé
falando
uma
grande
verdade...
Ninguém
deu
bola....
Então,
trocaram
o nome e
colocaram:
Barão
Von
Sternove
como
autor da
frase do
Zé, daí
todos
compartilharam....
Tornou-se
verdade,
citação
aclamada
pelo
mundo,
afinal,
fora
dita por
uma
celebridade... |