O espírita nas eleições
Não poderíamos, jamais, perder esta oportunidade de
trazer neste artigo o tema sobre a postura espírita nas
eleições.
Muitos confrades e confreiras podem estar questionando,
e/ou se questionando, sobre a postura correta, durante o
referido pleito eleitoral, a ser adotada pelo espírita
consciente, considerando a situação política e econômica
em que se encontra o nosso país, devido aos diversos
escândalos por parte das lideranças políticas, levando
grande parte dos cidadãos brasileiros às discussões,
acusações e comentários negativos de toda ordem.
O certo é que a crise política e econômica, não obstante
a sua efemeridade, reflete muito além do que podemos
imaginar em termos de estabilidade no sentido material,
alcançando o campo psicológico de cada cidadão
brasileiro que, muitas das vezes, passa a ter a opinião
formada ao descrédito, à desconfiança, ao desespero,
podendo ter como consequência a poluição psicosférica, o
que pode gerar problemas de difícil solução.
Então, vamos ao questionamento: Qual deve ser a
postura do cidadão espírita durante as eleições?
Percebam que a pergunta se refere às eleições, e não
somente ao pleito eleitoral em si. Isto é: durante as
campanhas, as votações, as apurações dos votos e
resultados, e assim por diante...
Pois bem! Sabemos que o exercício da cidadania abrange
não apenas o voto; mas, também, a toda participação
ativa do cidadão através da sua conduta pautada na moral
e na virtude, conforme conceituou Aristóteles.
O espírita consciente, agindo de acordo com a sua
elegância cristã, terá como guia e modelo de
comportamento moral e democrático, o amado Mestre Jesus
Cristo. (Vide questão nº 625 de O Livro dos Espíritos.)
Perguntará a si mesmo: Se Jesus estivesse em meu
lugar, neste período eleitoral, como Ele se comportaria?
Logo, o espírita consciente ouvirá, em sua intimidade, a
voz do Mestre Jesus, que lhe dará a resposta correta, à
qual se esforçará em aplicá-la.
Diante do exposto, seguem 3 (três) itens que
selecionamos, para serem observados, a título de
sugestão, neste período de processo democrático:
1) Manter-se em vigilância e prece:
Devemos observar esse quesito e nos esforçar em
praticá-lo, nestes momentos, sendo cautelosos na postura
e nas conversações, procurando nos mantermos em clima de
harmonia, de equilíbrio emocional, proporcionando a
todas as pessoas um clima de vibrações fraternais, de
muita paz, de confiança e esperança num futuro melhor.
2) Dar a César o que é de César:
Não adianta palestrarmos nas tribunas dos movimentos
espíritas, de participarmos das mais diversas atividades
doutrinárias, se não dermos a devida atenção aos
cumprimentos das leis humanas, não respeitarmos a
legislação eleitoral e demais leis aplicadas no
cotidiano.
3) Imparcialidade partidária:
Não buscarmos o atendimento aos interesses próprios, em
detrimento aos da comunidade como um todo, ouvindo
apenas a voz da consciência cristã cidadã.
Neste quesito, podemos destacar a seguinte recomendação
de André Luiz, no livro “Conduta Espírita”, assim
vejamos:
“Impedir palestras e discussões de ordem política nas
sedes das instituições doutrinárias, não olvidando que o
serviço de evangelização é tarefa essencial”.
* * *
Que neste período eleitoral, não percamos a nossa
identidade espírita, a nossa elegância cristã,
manifestando um verdadeiro clima de condutas
democráticas.
Que possamos estar sempre mentalizando e nos envolvendo
com os ensinamentos do Mestre Jesus através da Boa Nova,
sabendo que o nosso maior aliado político é o Evangelho
Redivivo, que nos liberta da ignorância e dos vícios que
nos assolam, e nos faz enxergar a verdade de nós mesmos,
o quanto ainda temos de empreender esforços em melhorar
o mundo a partir de cada um de nós. |