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O Espiritismo nos prova, com fatos, que ninguém
morre
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Espírita desde 1989, natural de Tupi
Paulista (SP) e residente em Araraquara (SP), Rubens de
Araújo (foto) é funcionário aposentado do Banco
do Brasil e vincula-se à Sociedade Beneficente Obreiros
do Bem (SBOB), com centralização no Núcleo Assistencial
Espírita André Luiz, em que exerce a função de
dirigente. Membro do Conselho da SBOB, em que atua
também no Departamento de Doutrina e dirige o curso de
Orientação e Prática da Mediunidade, ele é também
articulista da USE Araraquara (SP), facilitador de
cursos e seminários e palestrante.
Rubens concedeu-nos, gentilmente, a entrevista seguinte:
Como e quando se tornou espírita?
Foi quando minha esposa Marina começou a ter as
primeiras manifestações de mediunidade. Residíamos na
cidade de Junqueirópolis (SP), por imperativos da
profissão. Procurei pelo Sr. André Lacativa, cliente do
BB e espírita. Fomos encaminhados ao Centro Espírita Fé,
Amor e Caridade e lá começamos a receber as primeiras
aulas de Doutrina Espirita e passamos pelo trabalho de
Assistência Espiritual. Posteriormente ingressamos nos
primeiros cursos e trabalhos de assistência aos mais
necessitados; isso ocorreu em 1989.
O que mais lhe chama atenção no Espiritismo?
O que mais me chama atenção no Espiritismo são as suas
próprias e incontestáveis revelações, notadamente com
relação à imortalidade, ou seja, o Espiritismo nos
prova, com fatos, que ninguém morre. Quando eu era
criança, olhava para o céu e questionava a mim mesmo:
Por que eu estou aqui, por que nasci? Quando comecei a
ir à Casa Espírita, conforme já descrito, a minha maior
dúvida foi devidamente esclarecida na primeira palestra
que ouvi, a qual versou sobre o tema imortalidade.
Posteriormente tomei conhecimento da reencarnação como
uma lei natural e de acordo com as nossas necessidades
evolutivas.
Nesses anos todos de dedicação, estudo e divulgação, o
que lhe ressalta ao sentimento?
O sentimento de gratidão. Graças à Doutrina Espírita eu
e minha esposa vencemos muitas barreiras de várias
ordens. Somos gratos a todos aqueles que no início de
nossa jornada nos acolheram, como o Sr. André Lacativa e
o Sr. Mituo Ikeda (desencarnado). Gratidão por todos
aqueles que durante estes quase trinta anos estiveram e
estão conosco nas diversas tarefas gratificantes de dar
seguimento, ou seja, abrindo mentes para o real
entendimento e envolvendo corações para que possam dar
continuidade ao repasse do amor.
Sobre o Núcleo Assistencial Espírita André Luiz, o que
gostaria de destacar em termos do trabalho na
instituição?
O NAEAL, como carinhosamente o chamamos, tem-nos dado
vinte e dois anos de ininterruptas atividades. Há de
destacar que o Grupo Mediúnico, que se reúne todas às
quintas-feiras para o trabalho mediúnico, é constituído
de noventa por cento de membros desde a primeira
reunião. Outros trabalhos ali são desenvolvidos: entrega
de cestas básicas, de leite, de enxovais para
recém-nascidos; palestras; passes; Atendimento Fraterno;
evangelização infantil; cursos; seminários e integração
junto à SBOB das atividades lá realizadas.
Como sente o público que assiste às palestras e nas
demais atividades?
O público tem participado ativamente nas palestras e
demais atividades. Notamos que existe uma simetria entre
os frequentadores e a casa (NAEAL), pois muitos são
assíduos frequentadores. Com o ingresso e a força das
redes sociais o público é previamente avisado de todas
as atividades e isso tem contribuído para o aumento do
comparecimento das pessoas à Casa.
Que você diz sobre a divulgação espírita na atualidade?
A divulgação espírita na atualidade conta com o
acréscimo de uma excelente safra de divulgadores. Jovens
que reencarnam com a consciência informada e
transformada a respeito da Doutrina e que têm reunido
muitas pessoas para ouvi-los, com um público cada vez
maior. Graças ao uso correto das redes sociais,
inclusive das transmissões ao vivo de
palestras/seminários, que chegam aos lares de todos,
espíritas e não espíritas, esse trabalho permite que
surjam novos entendimentos que culminam com mudanças de
hábitos e amenizam sofrimentos, levando a conhecer a
Doutrina Espírita aqueles que ainda não a conhecem.
Como vai o movimento espírita em sua cidade?
O movimento espírita de Araraquara (SP) é bastante
intenso e conta com a coordenação da USE-Araraquara
(SP), à qual estão filiadas 24 casas espíritas. O
movimento local também ganha força com as atividades
desenvolvidas na região e aí destacamos as realizadas na
cidade de Matão (SP), por sua proximidade geográfica,
fato que facilita o intercâmbio e enriquece o próprio
movimento.
De suas lembranças nas lides espíritas, qual a mais
marcante?
Algumas marcaram-me fortemente. Destaco um fato que
ocorreu em uma de nossas reuniões mediúnicas, quando ali
compareceram alguns espíritos que estavam sendo
preparados para reencarnar. Eles foram trazidos para
aceitar o fato de reencarnarem com limitações físicas,
ou seja, em uma existência de natureza expiatória, em
face de equívocos cometidos no passado de que estavam
todos cientes. Um deles relatou que em determinado
momento da futura existência teria problemas
respiratórios e deveria usar um “colete” com oxigênio, o
que nos leva a crer que no futuro a ciência abreviará o
sofrimento daqueles que hoje carregam pesados cilindros.
Algo mais que gostaria de acrescentar?
Eu acredito fortemente no trabalho que hoje os espíritas
desenvolvem, notadamente no campo dos estudos, da
divulgação, da caridade e na exemplificação junto à
sociedade. Nossas atitudes compatíveis com o Evangelho
serão sempre o prodígio de nossa comunhão com a
Doutrina, criando e espalhando assim reconforto,
serenidade, progresso e alegria ao nosso próximo.
Suas palavras finais.
Agradeço diariamente e imensamente a Deus, a Jesus e aos
Amigos Espirituais as benditas oportunidades de
constante reforma interior a que me submeto. Agradeço
também à esposa Marina, que sempre esteve a meu lado,
seja no dia a dia, bem como e notadamente nas atividades
desenvolvidas em prol da Doutrina Espírita.