“A ordem do inverso”
“Muitas vezes, o progresso aparente dos ímpios
desencoraja o fervor das almas [desanimadas]; a
virtude vacilante recua ante o vício que parece
vitorioso; e [aflige-se] o crente frágil, perante
o malfeitor que se destaca, aureolado de louros.”(Emmanuel).
“A ordem do inverso” é
uma canção de Yuseff Leitão, Paraense, defendida por
Juliana Franco no VII Festival de Música Popular
Paraense, em 2015, que aborda política, pilantragens e
frustrações do povo de nosso País... (A interpretação,
integral, magnânima, pode ser apreciada no YouTube.)
* * *
Tanto a exortação sacra
do Benfeitor, como a profana na composição do autor
supracitado, abordam aparências, vícios, malfeitores.
Ambas expressam a frustração dos bons ante o progresso
aparente dos ímpios.
Tentamos, timidamente, dissecar o pensamento de Emmanuel
sobre as frustrações em geral do Cristão, por ele aqui
abordadas, e por Yuseff em sua oportuna composição.
Todas as nossas frustrações são frutos de nossas
expectativas. São tais frustrações mais afilhadas da
desconfiança do que da Fé inabalável, fundamentada; e
que é o galardão dos nossos bons feitos.
É larga a estrada do progresso aparente. É,
porém, estreita, espinhosa, pedregosa, difícil, a
estrada das almas que não caem no desânimo.
O vício, que é “a ordem do inverso” e que parece
vitorioso, nos pega de surpresa aos que ainda
possuímosvacilante a virtude da confiança.
Existe atrativo ‘mais atraente’ do que os que a mídia
tenta nos convencer, todos os dias, de que são realmente
atrativos? E o trocadilho aqui nos remete à letra de “a
ordem do inverso” que recomendamos seja examinada...
Dessa forma, o crente frágil, que constata o
‘picareta’ sendoaureolado, perguntará a si
próprio: “Espera aí!... Vale a pena ser honesto, quando
todos os‘malfeitores’ estão se dando bem e sendo
ovacionados?”
Reflitamos que o Mundo não é umeducandário perfeito
e que Seu Governador não tem poupado esforços para que a
população do Orbe se realinhe às Divinas ou Naturais
Leis.
Um Espírito Protetor, em O Evangelho segundo o
Espiritismo (Cap. XVII, 10, O homem no mundo),
nos orienta que “vivamos
com os homens do nosso tempo, como devem viver os homens
(...). Sois chamados a estar em contato com Espíritos de
naturezas diferentes, de caracteres opostos”. Mas também
nos exortará “sacrificai-vos às necessidades, e até
mesmo às frivolidades de cada dia”.
Resumindo, que vivamos no Mundo sem a ele pertencermos;
e que muito mais que frivolidades, a corrupção, o
mau-caratismo, as pilantragens são vícios que emperram a
Regeneração Planetária, prescrita nos Divinos
Propósitos.
* * *
Não é interessante que pelas ações de alguns o Planeta
deixe de ser umEducandário e passe a ser um
‘Reformatoriozinho de quinta!’. Este é “a ordem do
inverso”; aquele, o caprichoso propósito do Pai...
... E sob os auspícios zelosos do Governador!...
Parece-nos que o inverso tornou-se a regra e o direito;
a ordem, a exceção!...
(Sintonia: Xavier, Francisco Cândido,Fonte Viva, ditado
por Emmanuel, Cap. 128 - Não rejeites a confiança; 1ª
edição da FEB.)
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