Tema: Carinho pelos avós
A risada do vovô
– Acordei de noite, mãe, ouvindo a risada do vovô e
senti o abraço forte dele. Ele estava muito feliz e
sorridente.
Pode alguém já desencarnado nos visitar?
– Enquanto dormimos, o espírito pode sair e se encontrar
com espíritos encarnados ou desencarnados, filho. Então
o encontro de vocês pode ter acontecido.
– Era tudo tão real. Ele até apertou meus dedos, um por
um, como sempre fazia e falou: Mata piolho, fura bolo,
pai de todos, seu vizinho, dedo mindinho... Sinto tanta
saudade do vovô, mãe! Por que ele nos deixou tão cedo?
– Filho, cada um de nós tem seu tempo de ficar na Terra,
e só Deus sabe a hora em que devemos partir. Mas os
laços de afeto não terminam com o desencarne. Podemos
encontrar quem amamos durante o sono, e diminuir a
saudade!
– Eu podia ter aproveitado mais a companhia dele, mas às
vezes preferia ficar no celular. Que pena! – pensou alto
o menino.
– Filho, a vovó Carmem agora está sozinha e precisa de
companhia! Você também tem o vô Carlos e a vó Marta.
Eles gostam de você e tem muito a lhe ensinar.
– Mãe, nenhum deles tem a risada divertida do vô
Geraldo.
Um pequeno silêncio se fez e o menino continuou:
– Mas você tem razão, vou viver grudado nos meus avós.
Me empresta o celular, mãe?
– Oi, vô! Tudo bem? – ouve-se em seguida.
– Oi, meu neto! – responde vô Carlos, surpreso.
– Estou ligando só pra dizer boa noite. Manda um beijo
para a vó. Amo vocês. Amanhã vou aí. Beijão.
Lucas se virou e viu que a mãe o olhava com aprovação.
Então, correu na direção dela dizendo:
– Amo você também, mãe!
– Também o amo, filho!
A convivência entre netos e avós traz grandes benefícios
para todos. As crianças aprendem a respeitar os mais
velhos e a compreender suas limitações. Com mais
experiência, os avós têm muito a ensinar. E eles se
mantêm mais ativos e felizes com a presença dos netos.
Texto de Lúcia Noll.