A chave bendita
É muito comum a troca de farpas quando alguém levanta
questionamentos pessoais.
Quando a conversação com esse alguém começa a criar
ambiente agressivo, não convém prosperar com a elevação
do tom, de modo a trazer para o ambiente em que se
encontre um pesado clima fluídico, com consequências
geralmente desagradáveis.
Se temos por dever contornar as dificuldades que
encontramos pelos caminhos, necessário se faz a presença
da paciência para não nos perdermos durante a resolução
desses problemas. Qualquer descontrole poderá trazer
resultados inesperados, seja para o momento, seja para o
futuro.
Não é somente a educação e o respeito que deverão estar
presentes nesses instantes em que formos chamados à
tomada de decisão, mas, especialmente, o equilíbrio,
através da tranquilidade. É normal deixarmos o curso de
uma conversação correr à vontade, sem qualquer freio que
a reprima, tomando, por descuido, caminhos indesejáveis
e trazendo, às vezes, aborrecimentos para ambos os
lados. A disciplina comportamental e psíquica, se não
estiver naturalmente instalada no organismo material,
como ingredientes do Espírito que já trouxe consigo
esses valores, deve ser cultuada, exercitada, a exemplo
do hábito da oração, que aos poucos também deve fazer
parte da vida de cada indivíduo, se estiver pretendendo
ligar-se a esse maravilhoso Universo, onde oferece a
cada um a oportunidade de receber influências
vibratórias dos vivos do outro lado da vida.
É Emmanuel quem nos socorre, através da mediunidade de
Chico Xavier, com as orientações contidas na mensagem 'A
chave bendita', sobre o controle de si mesmo. 'A chave
bendita':
"Efetivamente, muitos são os problemas que nos assediam
a existência. Dificuldades que não se esperam,
tribulações que nos espancam mentalmente de imprevisto,
sofrimentos que se instalam conosco sem que lhes
possamos calcular a duração, desajustes que valem por
dolorosos constrangimentos.
Se aspiras a obter solução adequada às provas que te
firam, não te guies pela rota do desespero.
Tens contigo uma chave bendita, a chave da humildade,
cunhada no metal puro da paciência. Perante quaisquer
tropeços da estrada, usa semelhante talento do espírito
e alcançarás para logo a equação de harmonia e segurança
a que se pretende chegar.
Nada perderás deixando falar alguém com mais autoridade
do que aquela de que porventura disponhas; nunca te
diminuirás por desistir de uma contenda desnecessária;
em coisa alguma te prejudicarás abraçando o silêncio de
conceitos deprimentes que te sejam desfechados; não
sofrerás prejuízo em te calando nesta ou naquela questão
que diga respeito exclusivamente às tuas conveniências e
interesses pessoais; grandes lucros no campo íntimo te
advirão da serenidade ou da complacência com que aceites
desprestígios ou preterição; jamais te arrependerás de
abençoar ao invés de reclamar, ainda mesmo em
ocorrências que te amarguem as horas; e a simpatia
vibrará sempre em teu favor, toda vez que cedas de ti
mesmo, a benefício dos outros.
Efetuemos os investimentos valiosos de paz e felicidade,
suscetíveis de serem capitalizados por nós, através de
pequenos gestos de tolerância e bondade e o programa de
trabalho a que a vida nos indique ganhará absoluta
eficiência de execução.
Seja na vida particular ou portas a dentro de casa, no
grupo de serviço a que te vinculas ou na grande esfera
social em que se te decorre a existência, sempre que te
vejas à beira do ressentimento ou revide, rebeldia ou
desânimo, nunca te entregues à irritação.
Tenta a humildade".