Eleição e escolha
Em todos os lugares, surgem os chamados ao
aperfeiçoamento, mas, em toda a parte, há poucos
escolhidos porque raros se elegem. O Mestre Divino não
destaca os discípulos, à maneira dos ditadores
terrestres que condecoram afeiçoados, segundo o capricho
que lhes é próprio.
Recebe nas culminâncias da virtude e do serviço aqueles
que souberam escalar a montanha do esforço individual do
bem. Semelhante critério é idêntico ao que adotamos na
lide comum para assinalar os colaboradores necessários
ao trabalho que pretendemos realizar.
Num escritório, não aceitamos auxiliares que se afastem
do alfabeto.
Num campo de serviço agrícola, não aceitamos a
cooperação daqueles que menosprezam a enxada.
Num templo religioso, não compreendemos o concurso de
quem renega a fé e a esperança.
Num hospital, não entendemos a presença de enfermeiros
que detestam doentes.
Demonstra-nos a lógica que o homem, pela boa vontade e
pelo sacrifício no dever rigorosamente cumprido, cresce
sobre a multidão e se mostra digno de tarefas sempre
mais nobres.
Se desejas, desse modo, penetrar o colégio dos
escolhidos de Jesus, começa hoje o teu ministério de
aplicação à prática viva dos seus ensinamentos.
Indiscutivelmente, o Senhor escolherá o teu coração para
brilhar no banquete da fraternidade e da luz, da
revelação e da graça, mas, antes disso, é imprescindível
que te faças eleito por ti mesmo, elevando a tua alma,
acima do nivelamento em que se irmanam a ignorância e a
ociosidade, na terra seca ou enfermiça do menor esforço.
Do livro Harmonização, obra psicografada pelo
médium Francisco Cândido Xavier.
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