A bênção da vida
Na questão 944 de O
Livro dos Espíritos,
Allan Kardec pergunta: -
O homem tem o direito de
expor da sua própria
vida? – “Não; somente
Deus tem esse direito. O
suicídio voluntário é
uma transgressão dessa
lei.”
A questão 944-a registra
a pergunta: - O suicídio
não é sempre voluntário?
– “O louco que se mata
não sabe o que faz.”
A vida é cheia de
dificuldades, é
certo, mas é através
delas que nós evoluímos.
Se tudo nos acontecesse
como num passe de
mágica, simplesmente
cruzaríamos os braços e
esperaríamos pelas
benesses do céu.
Temos que ser resignados
e confiantes na
Providência Divina.
Porém, não devemos ser
acomodados. Temos que
lutar pelos nossos
objetivos, conscientes
de que Deus nos proverá,
conforme nossos
merecimentos.
Não temos propriamente
um destino traçado, pois
se assim fosse, seríamos
meros robôs,
programados, antes de
nascermos. Temos, sim,
uma programação de vida,
que podemos cumprir, ou
nos desviar dela, pelo
nosso livre-arbítrio.
Nossa vida não acaba
aqui. Por isso a
surpresa e a decepção
dos Espíritos suicidas,
quando percebem que a
vida continua após a
morte, contrariamente ao
que esperavam.
O suicídio é, pois, o
maior dos enganos que
alguém pode cometer,
pois a encarnação é a
grande oportunidade que
Deus nos dá, para o
progresso dos nossos
Espíritos.
É perfeitamente
compreensível que o
Espírito suicida passe
por sofrimentos atrozes.
Depende dele próprio,
reerguer-se do inferno
em que viva. Deus não
abandona nenhum de seus
filhos, apesar da
rebeldia e da ingratidão
deles.
O sofrimento do Espírito
suicida não é um
castigo, mas uma
consequência dos seus
atos. Se, por exemplo,
alguém usa um
instrumento cortante de
maneira irresponsável e
acaba se cortando, não
está sendo castigado por
Deus, mas colhendo o
resultado de sua
imprudência.
Se tudo o que é
interrompido bruscamente
acarreta consequências
graves, por que não
aconteceria quando se
trata da vida, uma
dádiva de Deus, que
devemos preservar?
No livro Sinal Verde (lição
1: Ao levantar-se), André
Luiz, pela psicografia
de Francisco Cândido
Xavier, nos recomenda:
"Agradeça a Deus a
bênção da vida pela
manhã".
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