Não
devemos
recriminar
em
outrem
aquilo
de que
nos
desculpamos
Por que
será que
o mundo
virtual
vem
fascinando
mais do
que a
vida que
se
levava
30 anos
atrás?
Permanecer
neste
mundo
quimérico,
seduzidos
pelas
ondas
eletromagnéticas
da
Internet,
será por
receio?
Timidez?
Acanhamento?
Carência
de amor
próprio?
Incerteza?
Baixa
autoestima?
Solidão?
Ou será
ingênuo
encantamento,
necessidade
de
aventuras,
realização
de
feitos
inenarráveis,
ultrapassar
limites,
provocar
reações
e
escândalos...?
Assim
como há
depravados
nas
drogas,
no
álcool,
no jogo
e no
tabaco,
há
internautas
que
passam
horas a
fio nas
redes
sociais,
fato que
vários
grupos
de
especialistas
americanos
consideram
um
problema
psiquiátrico.
Estima-se
que só
no
Brasil o
número
de
internautas
é de
aproximadamente
75,5
milhões.
A
Internet
oferece,
sem
dúvida,
extremos
perigos
quando
veicula
cenas
reais de
apelos
eróticos,
de
violências
nos
joguinhos
“infantis”
etc. Por
outro
lado,
não
podemos
desconsiderar
que a
Internet
está
presente
nos
hospitais,
nos
tribunais,
nos
ministérios,
nas
agências
bancárias,
nos
supermercados,
nas
lojas,
nas
escolas,
na
segurança
de
nossas
casas e
empresas;
enfim,
permite
fazer
uma
movimentação
bancária,
compras,
observar
nota na
escola,
realizar
trabalhos
escolares
e
profissionais,
pesquisas.
Eis aqui
alguns
dos
exemplos
de como
estamos
mais
envolvidos
com a
informática
do que
se possa
imaginar.
Na era
da
cibernética,
da
robótica,
vivemos
épocas
limítrofes
nas
quais
toda a
ancestral
ordem
das
representações
e dos
saberes
balança
para
oferecer
lugar a
imaginários,
modos de
conhecimento
e
estilos
de
regulação
social
ainda
pouco
firmados.
Convivemos
com uma
destas
raras
ocasiões
em que,
a partir
de uma
nova
configuração
técnica,
quer
dizer,
de uma
nova
relação
com o
cosmos,
um novo
estilo
de
humanidade
é
concebido.
Estamos
num
estágio
social
em que o
mundo
virtual
é quase
o real,
mas ele
nos
surge
como
sonho.
Alguns
sonham
com
cuidado,
outros
se
perdem
nos
cipoais
dos
delírios
oníricos.
Em todos
esses
estágios
há o
perigo
disso
virar
pesadelo.
Esse é o
preço
que a
sociedade
contemporânea
paga
pelo
avanço
da
Tecnologia
da
Informação
(TI),
apesar
de
muitos
cidadãos
ainda
não
terem se
dado
conta de
que seus
atos
pelas
vias
virtuais
estão
estabelecendo
desastres
morais
de
consequências
imprevisíveis.
Vejamos:
a
questão
aqui
colocada
como
inquietante
é o
adultério
advindo
pelos
instrumentos
virtuais,
desaguando
quase
sempre
na vida
real.
A
propósito
do
adultério, o
Cristo
disse
para que
atirasse
a
primeira
pedra
aquele
que
estiver
isento
de
pecado.
Esta
sentença
faz da
indulgência
um dever
para nós
outros,
porque
ninguém
há que
não
necessite,
para si
próprio,
de
indulgência.
Ou seja,
não
devemos
julgar
com mais
severidade
os
outros,
do que
nos
julgamos
a nós
mesmos,
nem
condenar
em
outrem
aquilo
de que
nos
absolvemos.
Antes de
apontar
a alguém
uma
falta,
vejamos
se a
mesma
censura
não nos
pode ser
feita.
Observemos
que
Jesus,
em se
tratando
de
faltas e
quedas,
nos
domínios
do
espírito,
escolheu
o
episódio
da
mulher,
em
fracasso
do sexo,
para
pronunciar
a sua
memorável
sentença.
Considerando
os
absurdos
propostos
por
alguns
portais,
urge
considerar
que o
adultério
ainda
continua
na
Terra,
por
ferramenta
de prova
e
expiação,
que
futuramente
desaparecerá,
na
equação
dos
direitos
do homem
e da
mulher,
que se
amoldarão
pelo
mesmo
peso, na
balança
da
evolução
e da
existência.
Em
verdade,
o
conceito
de
adultério
se fará
distanciado
do
cotidiano
quando
respeitarmos
os
sentimentos
alheios,
“para
que o
amor se
consagre
por
vínculo
divino,
muito
mais de
alma
para
alma que
de corpo
para
corpo,
com a
dignidade
do
trabalho
e do
aperfeiçoamento
pessoal
luzindo
na
presença
de cada
uma, de
vez que
a
compreensão
apaziguará
o
coração
humano e
a
chamada
desventura
afetiva
não terá
razão de
ser. |