As “pedras” da atualidade
Ao longo da história da humanidade as pedras
sempre estiveram presentes nos mais diversos
conflitos e, até mesmo, servindo de instrumentos
de se fazer “justiça”.
A título de exemplo, mulheres acusadas de
adultério eram condenadas ao apedrejamento,
conforme consta registrado na passagem do
Evangelho de João, capítulo 8, versículos de 1 a
8, dentre outros casos.
Não obstante a nossa caminhada na linha do
tempo, onde tivemos e temos as oportunidades de
buscarmos a evolução moral e espiritual, e
apesar de termos evoluído, de forma
considerável, no tocante à parte intelectual,
tendo as pessoas, na atualidade, uma vida mais
confortável devido ao avanço da ciência nas
diversas áreas, ainda há manifestações humanas
(ou desumanas) que nos remetem aos tempos da
barbárie.
Pedras brutas ou materiais ainda são lançadas
contra pessoas e patrimônios públicos e
particulares nas mais diversas manifestações.
E a gente fica a se perguntar: de onde vieram
tantas pedras?
Entretanto, na atualidade, há um tipo de pedra
que é arremessado muito mais do que as pedras
brutas ou materiais. Trata-se das “pedras
morais”.
Quantas pedras morais são lançadas nas redes
sociais, e em outros ambientes, apenas por
motivo de divergência de opiniões sobre
determinados temas?
Quantas pessoas estão sendo alvo de
apedrejamento moral, tão somente por causa de
sua opinião política? Ou por sua opção sexual?
Ou por sua etnia? Ou pelo seu estilo de vida?
Quantas pessoas condenadas pelo apedrejamento
moral como forma de antecipação às sentenças
judiciais, quando estas, muitas das vezes, têm
como resultado a absolvição do acusado?
Quantas pedras morais sendo lançadas através das
conversações maledicentes, quando muitos brincam
dizendo que são apenas comentários acerca da
vida alheia?
Pois bem!
Como fica a nossa postura diante desse campo de
batalha onde pedras morais são arremessadas
feito mísseis, dando-nos uma sensação de que as
pessoas estão menos tolerantes, numa grande
falta de empatia, umas com as outras?
Nestes tempos de crises morais, caros leitores,
precisamos rever os nossos conceitos, quanto já
caminhamos pela estrada evolutiva, quanto já
aprendemos sobre nós mesmos e sobre a vida.
Precisamos, urgentemente, retomar os
ensinamentos do mestre Jesus, o nosso guia e
modelo de perfeição moral e espiritual (vide
questão 625 de O Livro dos Espíritos),
lembrando que Ele, desarmado de pedras materiais
e de pedras morais, conseguiu desarmar todos
aqueles que estavam prontos a arremessar pedras
contra a mulher pega em adultério, (vide João,
capítulo 8, versículo de 1 a 8), e ainda indicou
àquela mulher o caminho da redenção, na
expressão “vai e não voltes a errar”.
Se realmente pretendemos a realização dos nossos
sonhos de paz, precisamos nos desarmar e de
estarmos de braços abertos acolhendo uns aos
outros e sem murmurações.
Esse é o grande desafio para o bem-estar de
todos nós.
Pensemos nisso!