Elegância e boa educação
Se vamos ser gentis, que ela não passe de uma
generosidade simples, e não que seja por culpa ou por
esperarmos retribuição.
J. M. Coetzee
Em casa, na escola, na rua, tão bonito uma criança
elegante, bem-educada…
Em palavras simples, dar aos nossos filhos regras de boa
educação significa dotar a pessoa em formação de
ferramentas importantes para a gestão da própria vida e
de uma relação futura harmoniosa com a sociedade.
Da mesma forma que escolhemos uma boa escola para que
nossos filhos tenham acesso a uma instrução adequada, ou
a possibilidade de aprender música para que cresçam mais
saudáveis, é fundamental investir em habilidades
comportamentais, que lhes permitam saber se portar nos
ambientes públicos e privados segundo as regras
razoáveis de convivência.
Transmitir à criança a importância de dizer “obrigado”,
“por favor”, “com licença”, “desculpe”, significa tanto
ensinar gestos de boa educação quanto investir em
competências socioemocionais, incorporando subsídios que
fortalecerão as habilidades como a aceitação do outro,
atuação em equipe, convívio com as diferenças, saber se
colocar de forma justa e respeitosa, dentre outras.
A partir de dois anos de idade a criança já está
disponível para começar a aprender pouco a pouco as
regras de boa educação. E o exemplo conta muito nessa
fase. Todos os adultos que vivem com a criança são
educadores. Ela imitará, portanto, as pessoas com as
quais convive no dia a dia. Por isso, ajudar a criança a
ser gentil e elegante é um compromisso dos pais. Com
paciência e respeito, considere, então, agregar ao
cotidiano da criança:
· usar
sempre as palavrinhas mágicas: por favor,
obrigado/obrigada, me desculpe, com licença;
· dizer
“bom dia”, “boa tarde”, “boa noite”...
· não
interromper as pessoas quando elas estiverem falando;
· não
falar palavrões;
· falar
baixo no restaurante, no cinema, no teatro…
· responder
quando alguém perguntar algo;
· devolver
o que pegar emprestado e agradecer;
· emprestar
lápis, borracha e apontador para os colegas; e ajudar os
amigos.
Repetir é verbo que se encaixa perfeitamente na rotina
daquele que se propôs acolher um filho ou uma filha. E,
por isso, quando a criança ganha um presente, por
exemplo, realmente é importante insistir para ela dizer
“obrigado”. Por quê? Através da prática constante, a
criança alcançará em determinado momento enunciar um
“obrigado” de forma natural, revelando, de maneira
objetiva, que a gratidão se tornou um feliz hábito (e
uma atitude essencial à vida inteira).
|