Cinco-marias

por Eugênia Pickina

 

Elegância e boa educação


Se vamos ser gentis, que ela não passe de uma generosidade simples, e não que seja por culpa ou por esperarmos retribuição
. J. M. Coetzee

 

Em casa, na escola, na rua, tão bonito uma criança elegante, bem-educada…

Em palavras simples, dar aos nossos filhos regras de boa educação significa dotar a pessoa em formação de ferramentas importantes para a gestão da própria vida e de uma relação futura harmoniosa com a sociedade.

Da mesma forma que escolhemos uma boa escola para que nossos filhos tenham acesso a uma instrução adequada, ou a possibilidade de aprender música para que cresçam mais saudáveis, é fundamental investir em habilidades comportamentais, que lhes permitam saber se portar nos ambientes públicos e privados segundo as regras razoáveis de convivência.

Transmitir à criança a importância de dizer “obrigado”, “por favor”, “com licença”, “desculpe”, significa tanto ensinar gestos de boa educação quanto investir em competências socioemocionais, incorporando subsídios que fortalecerão as habilidades como a aceitação do outro, atuação em equipe, convívio com as diferenças, saber se colocar de forma justa e respeitosa, dentre outras.

A partir de dois anos de idade a criança já está disponível para começar a aprender pouco a pouco as regras de boa educação. E o exemplo conta muito nessa fase. Todos os adultos que vivem com a criança são educadores. Ela imitará, portanto, as pessoas com as quais convive no dia a dia. Por isso, ajudar a criança a ser gentil e elegante é um compromisso dos pais. Com paciência e respeito, considere, então, agregar ao cotidiano da criança:

·         usar sempre as palavrinhas mágicas: por favor, obrigado/obrigada, me desculpe, com licença;

·         dizer “bom dia”, “boa tarde”, “boa noite”...

·         não interromper as pessoas quando elas estiverem falando;

·         não falar palavrões;

·         falar baixo no restaurante, no cinema, no teatro…

·         responder quando alguém perguntar algo;

·         devolver o que pegar emprestado e agradecer;

·         emprestar lápis, borracha e apontador para os colegas; e ajudar os amigos.

Repetir é verbo que se encaixa perfeitamente na rotina daquele que se propôs acolher um filho ou uma filha. E, por isso, quando a criança ganha um presente, por exemplo, realmente é importante insistir para ela dizer “obrigado”. Por quê? Através da prática constante, a criança alcançará em determinado momento enunciar um “obrigado” de forma natural, revelando, de maneira objetiva, que a gratidão se tornou um feliz hábito (e uma atitude essencial à vida inteira).

 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita