Em diálogo com Dra. Marlene Nobre, como sempre, o médium
considerou sua pequenez diante da tarefa dos espíritos e
lembrou que suas pernas ainda estavam paralisadas,
estando ele à base de tratamento rigoroso. “Dois médicos
me assistem e do meu prato de cada dia constam 18
comprimidos”, ressaltou.
Com sua fala mansa de mineiro bondoso, contou um diálogo que
teve com o espírito do Dr. Bezerra de Menezes: “O senhor, Dr.
Bezerra, que conhece bem o campo orgânico, poderia me dizer –
reconheço que a minha fase é de uma pessoa que é considerada
idosa – já sei disso, mas devo dizer que intimamente o meu
otimismo, a minha alegria com a vida são os mesmos. Eu queria
que minhas pernas fossem revitalizadas”.
– “Chico”, respondeu Dr. Bezerra, “as pernas são a periferia da
cidade corpórea. Você está dando muita importância à periferia e
esquecendo do centro urbano, que é o serviço”.
Sua voz, realmente, estava firme, a pele do rosto rosada.
Continuava com as pernas paralisadas, o coração com muito avanço
da insuficiência cardíaca, ia completar 85 anos e achava que
recebeu uma graça da bondade de Deus que permitiu que vivesse
tanto tempo.
Sentia-se velho e moço e as psicografias prosseguiam só quando
“eles” queriam, porque evitavam usar seu campo psíquico para não
criar maiores dificuldades para o corpo.
Do livro Lições de Sabedoria, de Marlene Rossi Severino
Nobre.
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