Em ti próprio
Não olvides que a civilização começa no esforço
educativo de cada um.
Não podes, em verdade, fazer calar a maledicência, a
derramar-se em chuva de lodo, mas podes silenciar a
maldade em ti mesmo, abstendo-te de contribuir na
extensão da crueldade.
Não te será possível vencer, a sós, a dominação da
ignorância, contudo, aqui e ali, podes prestar uma
informação valiosa e útil aos que desejam realmente
aprender.
Não conseguirás corrigir de maneira total a
influenciação da penúria, no entanto podes estender as
mãos e dividir com os necessitados o alimento de cada
dia.
Não podes, efetivamente, curar todos os enfermos da
estrada, mas é possível auxiliar o companheiro doente
com a gota de remédio ou com a palavra amiga.
Ninguém por si só retificará esse ou aquele atormento
setor do mundo, entretanto ninguém está impedido de algo
fazer no cultivo da fraternidade.
Não te impressionem os espetáculos de perturbação e
sofrimento ainda reinantes na Terra e nem te confies ao
julgamento apressado dos outros.
Faz o bem que puderes.
Lembremo-nos de que o homem e a multidão recolhem
indefectivelmente aquilo que semeiam. Recordemos, porém,
que em nós mesmos uma nova humanidade e uma nova era
indubitavelmente podem começar.
Cogitemos de nossa própria melhoria para que a vida
melhore. Reajustemo-nos para que a nossa paisagem social
se reajuste.
E, guardando em nós mesmos a vigilância construtiva na
preservação da luz e do bem, estejamos convencidos de
que o Senhor fará o resto, em favor do mundo, porque
toda vitória espiritual para a imortalidade é obra de
amor e de educação.
Do livro Viajor, obra psicografada
pelo médium Francisco Cândido Xavier.
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