Entrevista

por André Ribeiro Ferreira

Ninguém está sozinho!

A frase acima é título de um dos livros de autoria do Espírito de Luiz Sérgio, psicografado pela médium Irene Pacheco Machado.

Autor de 24 obras, desde O mundo que eu encontrei, de 1976, a Rios de oração, de 2006, Luiz Sérgio (Espírito) tornou-se um autor espírita bem conhecido no meio espírita, especialmente no Rio de Janeiro e no Distrito Federal. Sua obra completa pode ser vista aqui

Natural do Rio de Janeiro, onde nasceu em 1949, Luiz Sérgio desencarnou em 1973, aos 23 anos de idade. Filho de Júlio de Carvalho e de Zilda Neves de Carvalho, aos onze anos de idade, transferiu-se com seus familiares para Brasília (DF), onde trabalhava no Banco do Brasil e cursava, ao desencarnar, o oitavo semestre da Faculdade de Engenharia Eletrônica da Universidade de Brasília (UNB).

Sua mãe, Zilda Neves de Carvalho (foto), que participa da administração e ajuda em vários serviços do Centro Espírita Francisco de Assis, na Asa Norte, em Brasília, fala-nos nesta entrevista sobre Luiz Sérgio e diz como surgiram seus livros.

Para a senhora, quem é Luiz Sérgio?

Luiz Sérgio veio para a minha família para cumprir uma missão. Era um menino carismático, gostava de ajudar os colegas. Uma vez o Luiz Sérgio vinha para casa e perto da casa tinha um cruzamento e um policial com uma moto diferente, que ele não conhecia... De repente, conversando com o policial ele convidou-o para ir lanchar lá em casa. Ele levou o policial lá pra casa. Quando eu chego com meu marido do serviço, à noite, deparo com a moto do policial e imaginamos que tivesse ocorrido algo muito grave... Polícia na minha porta! Ao entrarmos fomos recebidos por eles, que nos aguardavam para lanchar novamente.

Conte-nos sua história em breves palavras.

Que eu me lembre, da parte infantil, ele teve sempre muitos coleguinhas, era cordato. Gostava de animais, tinha uma cadelinha com que brincava. Era consciente e curioso. Cumpriu bem todas as etapas que foram confiadas, inclusive, quando maiores, os dois filhos foram trabalhar no Banco do Brasil. Eles estudavam de noite e de dia iam para o Banco trabalhar. Estudavam engenharia, muito responsáveis e conscientes de seus deveres.

Como surgiram os livros?

O primeiro foi quando meu esposo enviou a primeira mensagem psicografada de Luiz Sérgio para o "Jornal dos Sports", na página Mundo Azul. Meu esposo colocou o nosso endereço e os contatos. As pessoas começaram a ligar lá para casa. A partir de então foram publicadas mensagens em série. A primeira mensagem foi recebida por Alayde de Assunção e Silva, minha prima, médium psicógrafa, em São Paulo. Um dia ela telefonou para mim e me disse: ”Zilda, você vai ter uma surpresa boa. Eu recebi uma mensagem do seu filho”. Fiquei muito feliz e isto se repetiu. Aí que o Júlio, meu marido, teve a ideia de publicar no Mundo Azul. Isto se tornou uma rotina. Daí resolvemos compilar tudo e publicarmos o primeiro livro, que se intitulou “O mundo que eu encontrei”. Isso ocorreu em 1976.

Como mãe, que lição a senhora gostaria de passar para outras mães?

Confiar sempre que nunca estamos sozinhas, embora a dor seja muito grande. É uma prova muito difícil para uma mãe perder um filho, inclusive na minha situação, onde ele já tinha uma vida toda detalhada e em plena realização. Estudante de engenharia, funcionário do Banco do Brasil e de repente some da nossa vida... vai embora! É uma dor muito grande! Mas a gente tem que compreender que cada um tem o seu destino. E o destino dele era aquele... cumprir aquela etapa, voltar para contar... A decisão dele em mandar estas mensagens ajudou muita gente. Temos certeza de que ajudou principalmente aos jovens, como ele.

E para os jovens, que mensagem gostaria de dar?

Nunca desistam de seus ideais. Lutem para aquilo que vocês desejam ser... Médico, advogado, dentista... não importa a profissão que vocês terão. Fiquem firmes na sua decisão. A espiritualidade ajuda... Vocês recebem forças para cumprir suas tarefas. As instituições agora estão mais abertas para esta busca e fica mais fácil realizarem seu desejo de ter uma boa profissão e serem úteis e ajudar a sociedade.

Suas palavras finais, para os nossos leitores.

Eu espero que as mensagens do Luiz Sérgio tragam para os leitores a certeza de que ninguém morre! Estamos aqui para um determinado tempo e vamos voltar para a espiritualidade e cumprir as nossas tarefas, a nossa missão. Façam isto com a certeza de que ninguém está sozinho. Luiz Sérgio tem um livro com este título “Ninguém está sozinho”...  Nós estamos amparados, a espiritualidade nos ajuda, nos traz consolo ao coração e a certeza de que estaremos um dia todos juntos na espiritualidade.


Nota da Redação

Para saber mais sobre Luiz Sérgio, clique aqui


 
  

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita