Viver com maturidade
“Cada um colherá aquilo que tiver semeado: quem
semeia na carne, da carne colherá a corrupção;
quem semeia no espírito, do espírito colherá a
vida eterna.” (Paulo - Gálatas, 6,7.)
Toda criatura humana dotada de lucidez de
raciocínio e pleno domínio da razão deseja ser
feliz e viver em paz, no entanto, são poucas
aquelas que conseguem seguir por caminhos de
equilíbrio, maturidade e com a devida
consciência dos reais valores que possam
assegurar-lhes tão almejadas conquistas.
Por certo não basta apenas querer, é
imprescindível saber como utilizar os recursos,
mecanismos e dispositivos que a Providência
Divina coloca à nossa disposição para que
obtenhamos os resultados satisfatórios que
esperamos.
Seguir pela vida ignorando ou não dando atenção
às imprescindíveis e sábias lições de Jesus, por
certo, será andar na contramão dos nossos
anseios e buscas.
A felicidade e a paz têm como base a
tranquilidade da nossa consciência, quando
cumprimos fielmente os nossos deveres e
obrigações como filhos de Deus, colocados dentro
de um amplo contexto humanitário. Em suma, não
conseguiremos ser felizes e nem vivermos
pacificamente sozinhos.
Crianças, adolescentes e jovens existem em
grande quantidade esperando por exemplos de
dignidade e altivez dos adultos, para que possam
traçar seus roteiros de vida, espelhados em
comportamentos seguros e nobres, para que se
tornem homens de bem. Dando a nossa contribuição
estaremos plantando a paz.
Mães sofridas e pais desesperados deambulam,
muitas vezes, sem rumo, ante as incertezas da
vida e as dificuldades que enfrentam, para
manterem seus lares estruturados no equilíbrio e
na ordem. Socorrendo-os dentro das
possibilidades que temos, por certo estaremos
construindo a felicidade.
Com frequência encontramos idosos sem lar
experimentando as agruras da velhice sem o afeto
e a presença de familiares. Estendendo a mão na
direção deles, buscando aliviar-lhes os
padecimentos no crepúsculo da existência,
estaremos edificando a paz.
Criaturas com doenças pertinazes são recolhidas,
frequentemente, em leitos de dor, agonizando
padecimentos de toda ordem. Utilizando as nossas
possibilidades para ministrar-lhes algum tipo de
alívio, estaremos semeando as bases da
felicidade.
Desempregados seguem pela vida procurando por
uma ocupação útil que lhes possibilitem ganhar o
sustento com o suor de seus esforços.
Ombreando-os com sensibilidade visando ajudá-los
na obtenção de empregos, estaremos plantando a
lavoura da paz.
O campo de trabalho é imenso e as oportunidades
para prestarmos a nossa colaboração surgem,
diariamente, em grande quantidade, incontestável
que saibamos aproveitá-las, pois, nos assevera
Paulo de Tarso que “cada um colherá aquilo que
tiver semeado”. (Paulo-Gálatas, 6,7.)
As leis de Deus são de compensação: “pois é
dando que se recebe” (Francisco de Assis).
Assim, meditando sobre aquilo que estamos
fazendo, sobre a forma como estamos aproveitando
as oportunidades que a vida tem nos oferecido,
poderemos saber, diante da lógica e da evidência
da razão, se realmente seguimos na direção da
paz e da felicidade que tanto almejamos.
Será preciso que nos conscientizemos de que tais
conquistas não serão benesses que nos chegarão
às mãos como dádivas caídas do “céu”, mas sim
como conquistas obtidas a partir do nosso
esforço em fazer os outros felizes e pacíficos.
A escolha é totalmente nossa; a mão que oferta
uma flor fica perfumada, já a que remexe lixo se
impregna de podridão. A flor do bem praticado em
favor do próximo nos rende a paz e a felicidade;
o lixo da indiferença e do descaso para com os
irmãos do caminho nos afasta delas.
Reflitamos...