Virtudes que já
conquistamos
Virtudes que já conquistamos e, na maior parte
das vezes, não nos damos conta disso. Com
certeza, por não termos a devida atenção aos
detalhes de nós mesmos. Por nos faltar o esforço
na terapia do autoconhecimento.
Quantas vezes empreendemos carinho e boa vontade
ao ajudarmos uma pessoa debilitada fisicamente a
atravessar o lado de uma rua para o outro?
Quantas vezes uma visita inesperada já não nos
causa dissabor e/ou irritação?
Quantas vezes nos sentimos indignados com os
casos de injustiça aos nossos semelhantes?
Quantas vezes ficamos sensibilizados e nos
colocamos voluntariamente a serviço de pessoas e
comunidades vítimas de catástrofes ou de alguma
ação desumana?
Quantas vezes passamos por um engarrafamento no
trânsito conversando alegremente uns com os
outros e ouvindo músicas?
Quantas vezes, numa fila imensa de um banco,
aproveitamos a oportunidade para conversar com
as pessoas e formar novas amizades, sabendo que
a nossa hora do atendimento também chegará?
Há muitos casos de pessoas a se aposentarem e a
se dedicarem a trabalhos voluntários numa
entidade filantrópica ou envolvendo-se na
resolução dos desafios da sua comunidade.
Há, também, os casos em que nos emocionamos
diante dos sucessos dos outros. Choramos e
sorrimos. Abraçamos uns aos outros. Postamos
mensagens de otimismo e dançamos na chuva e
levantamos voos poéticos.
São variedades de pequenos atos e de pequenas
ações do cotidiano, que são exemplos de virtudes
que já conquistamos. Se listados, não caberiam
na imensidão do universo.
Olhemos para trás e observemos o quanto já
evoluímos moralmente. Quantos melindres
vencidos. Quantas ofensas sofridas que hoje nos
fazem rir. Rir de nós mesmos, da imaturidade de
outrora.
Olhemos para o que somos agora; para as virtudes
que já conquistamos; para o muito que ainda
temos a conquistar.
Afinal, já aprendemos muito e temos a lição a
ser aplicada em nosso favor.
Não precisamos mais, nos comentários cotidianos,
dizer uns para os outros que ainda somos
imperfeitos. Mas que somos perfectíveis.
Suscetíveis de evolução. Que cada dia estamos
melhores. Perfeitos aos olhos de Deus.
E que, na caminhada da aprendizagem da vida,
possamos desenvolver a autovalorização e dizer
de consciência: “virtudes já conquistamos,
muitas estamos conquistando, e muito temos a
conquistar em prol da nossa felicidade”.