Artigos

por Flávio Souza Gaudêncio dos Santos

 

Dissolvendo as discussões infrutíferas


Desafios para os espíritas sinceros

 

"[O Espiritismo] Certamente (...) se tornará crença geral e marcará nova era na história da humanidade, porque está na Natureza e chegou o tempo em que ocupará lugar entre os conhecimentos humanos. Terá, no entanto, que sustentar grandes lutas (...)" (1) - Allan Kardec.


É com grande pesar termos observado as espessas sombras das discussões infrutíferas envolver os locais de difusão de ideias espíritas. Assim, é oportuno discernir debate de polêmica, e citar que Kardec nunca endossou a “Polêmica Espírita” nos moldes da imposição de ideias. No item 841 de O Livro dos Espíritos, os Espíritos dizem a Kardec que “a convicção não se impõe”. Este artigo traz uma reflexão oportuna sobre “ser espírita”, colônias espirituais, alimentação no mundo espiritual e outros temas que podem suscitar divergências de interpretação na codificação kardequiana.

1. Sobre "Ser Espírita"   

Não se deve estabelecer critérios pessoais para definir se alguém é espírita ou não, sem ressonância na própria Codificação Kardequiana; o Espiritismo é a ciência do elemento espiritual. Foi codificada no século 19, mas está presente de forma esparsa em todas as épocas da humanidade, e “remonta a mais alta antiguidade” (palavras de Kardec); está  “no ar” (como bem disse ele); o que define alguém ser espírita é a identificação com os princípios fundamentais da doutrina.   

Os Espíritas podem discordar sobre pontos secundários, ter interpretações diferentes em outros temas, sem prejuízo da doutrina espírita, conforme assevera Kardec nos textos constantes em “Viagem espírita de 1862” e “Obras póstumas”. Portanto, não há como negar: não considerar Emmanuel e André Luiz, só para citar dois exemplos de autores espirituais de obras referendadas pela própria Federação Espírita Brasileira, como Espiritismo, é leitura pessoal.

Da mesma forma vale o oposto: não se deve impor Emmanuel e André Luiz, na tentativa de convencer quem não aceita. Cumpre-nos respeitar, assistir e aprender com os chamados (no passado) “Espíritas Ortodoxos” (eles se autointitulavam assim). Esse nome já caiu de moda, mas, periodicamente, no movimento espírita, essa abordagem surge com uma roupagem nova.

Contudo, há que se dizer que essa opinião sempre constituiu minoria no movimento espírita: tanto do público em geral, como dos estudiosos e intelectuais. O Professor Herculano Pires, considerado o maior filósofo do movimento espírita, o mais erudito conhecedor da obra de Kardec, ele, que chegava a não admitir Joanna de Ângelis e Manoel Philomeno de Miranda, reconheceu a grandiosidade da obra de André Luiz e Emmanuel. Na obra prima dele (O espírito e o tempo), Herculano Pires afirmou categoricamente que ambos os autores espirituais ajudavam-no a entender aspectos da obra kardequiana que eles exploravam. Embora a ideia “da maioria” não seja critério absoluto de verdade, conquanto durante muito tempo a maioria na Idade Média acreditava em absurdos, isso nunca durou um tempo indefinido.

O critério “da maioria pensar de uma forma” pode não ser um guia infalível, contudo, não é um vetor que deva ser desprezado. Quem afirma isso é Kardec. Ele diz que quase sempre nos grupos Espíritas, as ideias equilibradas e sensatas penderão para o lado da maioria do movimento espírita, e conquistará sempre as pessoas imparciais. Isso ocorre até mesmo na ciência, com o seu chamado “consenso científico”. O Espiritismo sendo ciência, se apoia no CUEE (Controle Universal do Ensino dos Espíritos), conforme consta na Introdução de O Evangelho segundo o Espiritismo, que preconiza a repetição dos mesmos conceitos. Por isso, o Espiritismo remonta a toda a história humana: as verdades espirituais sempre foram ventiladas por sábios e mestres. O CUEE não ocorre apenas no âmbito das comunicações mediúnicas, mas também na repetição das mesmas ideias, mas isso já é outro assunto. 

2. Sobre Roustainguismo   

Esse é um dos temas mais curiosos, e digo hilários, do movimento espírita. Em meu ponto de vista, faz-se uma celeuma e um ponto de discórdia, com direito a teorias da conspiração, que ficariam ótimas em Hollywood. A teoria Roustainguista nunca foi abraçada pela maioria dos Espíritas (novamente o critério da maioria). Digo mais: nunca foi nem muito conhecida pela grande maioria dos Espíritas. Mesmo entre os neófitos, que costumeiramente não estudam o Espiritismo com profundidade e afinco, ela é até mesmo ignorada.  É só fazer uma enquete, dentro das agremiações espíritas, e perguntar quantas conhecem ou leram Roustaing, e quantas conhecem e leram Kardec. Mesmo aquelas que conhecem a obra kardequiana, em grande maioria, nunca nem ouviram falar nessa obra que Herculano Pires chamou “O cavalo de Troia do Espiritismo”. Assim, não vejo por que essa exaltação toda como se o movimento espírita estivesse à beira do abismo por isso.   

A verdade é que alguns Espíritas conhecidos leram e estudaram a obra de Roustaing e foram acusados injustamente por isso; como se alguém não pudesse ler e conhecer a obra. Bezerra de Menezes viveu em um período em que esse assunto estava na crista da onda; ele tinha que lidar com o ideal de união entre os Espíritas, por isso em alguns momentos ele fazia interlocuções com Espíritas que adotavam a ideia, dentro da linguagem deles, para reunir todos em uma mesma bandeira, e não dividir o movimento entre Espíritas Roustainguistas e Espíritas Científicos (que era a cisão da época). Injusta desqualificação que fazem com Bezerra de Menezes. Suspeito que as obras dele nem foram lidas, porque ele tinha uma invulgar coerência kardequiana. Quem leu as produções de Bezerra enquanto encarnado dificilmente acha ali ideias Roustainguistas. Porém, sejamos transparentes: Alguns Espíritas se identificaram com a ideia Roustainguista. Não vejo o motivo de tanto estardalhaço.

Como disse outrora, trata-se de um aspecto secundário, que não produz prejuízo para a doutrina, que é uma ciência que prescreve liberdade de pensamento e consciência; até mesmo Allan Kardec não rejeitou, de maneira absoluta, os escritos de Roustaing. Ele fez uma ressalva, em a “A Gênese” [2] sobre a tese do corpo fluídico de Jesus, afirmando:  

 

Segundo outra opinião, Jesus não teria revestido um corpo carnal, mas apenas um corpo fluídico; não teria sido, em toda a sua vida, mais do que uma aparição tangível, uma espécie de agênere, em suma. Seu nascimento, sua morte e todos os atos materiais de sua vida teriam sido apenas aparentes. Foi assim que, dizem, seu corpo, voltado ao estado fluídico, pôde desaparecer do sepulcro e foi com esse mesmo corpo que Ele se teria mostrado depois de sua morte. [...].

 

E continua:    

 

Sem dúvida, semelhante fato não é radicalmente impossível, dentro do que hoje se sabe sobre as propriedades dos fluidos; mas, seria, pelo menos, inteiramente excepcional e em formal oposição ao caráter dos agêneres. Trata-se, pois, de saber se tal hipótese é admissível, ou se é confirmada ou contraditada pelos fatos.

 

Ora, o próprio Kardec é cuidadoso dizendo que o fato não é radicalmente impossível, contudo, é mais improvável, em função das considerações que ele faz, preferindo adotar a hipótese oposta, uma vez que é mais compatível com o bom senso e a razão. Entre duas hipóteses, ele considerou a mais simples e racional, aquela que explica melhor as coisas (vejam a humildade kardequiana, uma vez que ele coloca como hipótese).   

Na revista espírita de junho de 1866, Kardec escreveu que leu o livro de Roustaing, fez a ressalva que está em “A Gênese” e no final do texto afirma que algumas passagens foram escritas de maneira extensa demais, com um desenvolvimento excessivo, e que, se fosse resumido adequadamente, de 4 livros, sobrariam 2 ou até mesmo 1 volume, com conteúdo relevante. Só que desse texto da “Revista Espírita” eu gostaria de citar um momento emblemático, que para mim deveria acabar com esse ataque de nervos que toma conta de alguns Espíritas quando ouvem o nome Roustaing. Cito Allan Kardec [3]:  

 

Esta obra compreende a explicação e a interpretação dos Evangelhos, artigo por artigo, com a ajuda de comunicações ditadas pelos Espíritos. É um trabalho considerável que tem, para os espíritas, o mérito de não estar, em nenhum ponto, em contradição com a doutrina ensinada em O Livro dos Espíritos e O Livro dos Médiuns. As partes correspondentes às que tratamos em O Evangelho segundo o Espiritismo o são em sentido análogo.

 

Kardec fez um elogio à obra, afirmando que ela não estava em contradição com a Codificação, mesmo depois de ter feito a ressalva acerca da tese do corpo fluídico de Jesus. Pergunta: Será que Allan Kardec consideraria os Espíritas da época que acreditassem na tese roustainguista, na conta de “não Espíritas” por esse motivo?

Não considero que os Espíritas que têm empatia por algumas ideias são menos espíritas por isso. Luiz Antônio Sayao ou Frederico Junior (ambos se identificaram com a obra de Roustaing) produziram uma quantidade de livros e material doutrinário, perfeitamente coerente com a fidelidade Kardequiana. Eu não sou Roustainguista, mas não contribuí com as ideias Espíritas como eles o fizeram na FEB. Quem sou eu pra dizer que eu sou mais Espírita do que eles?


3. Sobre Colônia espiritual e afins  

O caso das colônias é um bom exemplo para apresentar o contraponto, embora houvesse o contraponto para qualquer dos itens que são levantados por companheiros que rejeitam a obra de André Luiz, por exemplo: órgãos no perispírito, fala articulada, evolução do princípio espiritual, animais no Além, e por aí vai. Afirmam os que negam a realidade das colônias, que o conceito não encontra ressonância na obra Kardequiana. Primeiro de tudo, é importante dizer que a Codificação Kardequiana não abordou tudo, e nem poderia abordar. A obra de Kardec constitui a ciência do elemento espiritual; ali se encontram as bases fundamentais, os princípios. Com ela, o edifício da doutrina dos Espíritos tem suas bases estruturadas e fincadas, e ela seria a referência, a pedra de toque, mas uma coisa é clara: a Codificação não é a última palavra, mas sim a primeira, e é Kardec quem afirma isso. E isso é importante para asseverar que o critério para uma informação não ser doutrinária não é a sua ausência na Codificação. Seria no mínimo estapafúrdio achar que só pode ser Espiritismo se o assunto tiver sido abordado na obra kardequiana. O Espiritismo é uma doutrina que acompanha o progresso, aliás, como toda ciência.

Na época de Kardec, não havia muitos fenômenos quais os que ocorrem hoje. Por exemplo, não podemos esperar que Kardec tivesse abordado “clonagem”, se na época sequer havia esse termo. E aí entendemos que possivelmente, por essa razão, vem Joanna de Ângelis e aborda o assunto em “Dias gloriosos”, assim como outros Espíritos; e assim a doutrina espírita acompanha o progresso, como previu o Codificador.   

E qual seria o critério para uma informação ser espírita?  1) Estar subordinada ao crivo do CUEE (mesmo tema abordado por diversas fontes); 2) Coerência ao passar pelo crivo da razão; 3) Não ferir os princípios da Codificação (consequência do item 1, uma vez que a  Codificação  passou pelo CUEE).    

Vamos agora às críticas às colônias espirituais. Inicialmente, a primeira crítica que alguns Espíritas fazem é a de que a ideia de colônias espirituais é rejeitada na Obra Kardequiana. Não me parece verdade. Em nenhum momento da obra kardequiana há qualquer menção explícita e direta de rejeição à ideia.  Verdade seja dita, não há uma descrição minuciosa das cidades espirituais, e há vários motivos para isso; Kardec estava codificando a doutrina, estruturando seus alicerces fundamentais, portanto, não havia tempo nem condições do Codificador para adentrar minuciosamente por um tema tão específico, além de não ser o escopo da Codificação.    

Outrossim, talvez nem houvesse linguagem e condição para descrever na época, as realidades da erraticidade, a fim de não ridicularizar a doutrina e os seus fundamentos. Recordem que até nas questões das leis morais os Espíritos usam expressões que hoje nos soam estranhas como: “castigo de Deus”, “punição”, dentre outros, que era o vocabulário da época.   

Conforme dito anteriormente, pelo fato de não haver uma abordagem explícita, não significa que o conceito não seja espírita por isso, porque a Codificação não podia abordar tudo.  

Alguns companheiros que rejeitam a obra de André Luiz dizem que quando Kardec escreveu que os Espíritos “não permanecem em locais circunscritos e fixos” isso excluiria a ideia de Colônias Espirituais; nosso entendimento é contrário. Quem entendeu as Colônias Espirituais como locais geográficos fixos, provavelmente não compreendeu a noção exposta pelo Espírito André Luiz. Pergunto-me se houve uma leitura atenta da obra para se chegar a essa conclusão, pois quem leu “Os mensageiros” deve lembrar das migrações incessantes que ocorrem entre as colônias e o plano material, entre o plano material e as colônias, e entre as colônias em si mesmas, confirmando a ideia expressa por Kardec de que os Espíritos estão por toda parte.   

Ao mesmo tempo Kardec afirma que há Espíritos que se reúnem na erraticidade por afinidades; aliás, até mesmo quando se refere ao Sol, ele diz que ali os Espíritos se reúnem.   

Em A Gênese, quando Kardec aborda a questão dos fluidos, ele não apenas se refere à atmosfera que os Espíritos criam como diz que os “meios” onde predominam os maus Espíritos são impregnados de fluidos deletérios. Logo depois, Kardec fala de uma assembleia reunida vibrando positivo e criando uma atmosfera benfazeja ao redor, tanto quanto uma atmosfera pestilencial pode ser gerada por Espíritos irradiando negatividade. E tem mais: todos os Espíritos que foram vistos pelos médiuns e cuja aparência foi coletada e descrita por Kardec tinham vestimentas, tinham aparência que fazia lembrar uma aparência humana; por meio do perispírito, eles tinham uma confirmação com cabeça, cabelo, rosto, roupagem. E então nos perguntamos: De onde vem tudo isso? Fluidos.   

Ora, se os Espíritos têm cabeça, olhos e face, é lógico pensar que eles apresentam uma espécie de “anatomia”, se posso me servir dessa expressão. Ou não? E se com fluidos ele elaborou uma roupa, um óculos, por que não elaboraria um ambiente psíquico à sua volta, como uma cidade espiritual, ou realidade semelhante? Kardec cita em O Livro dos Médiuns o fato de um Espírito desencarnado se apresentar usando uma tabaqueira, com a qual ele era conhecido quando encarnado. Ora, se há produção de uma tabaqueira por que não outras coisas? Ou melhor dizendo: como seria o mundo espiritual se não fosse dessa forma? Seriam seres sem forma, à semelhança de fantasmas de filmes, sobre nuvens de algodão? Qual alternativa mais coerente e sensata, racional e lógica (no entender Kardequiano)?

Vamos a última, e a mais fácil argumentação: O CUEE.  Muita gente diz que o conceito de colônias é ideia pessoal de André Luiz e não foi confirmado pelo CUEE. Isso não é absolutamente verdade! Cito os médiuns mais conhecidos, Divaldo Franco, Yvonne Pereira, que receberam mediunicamente dados similares. Mas aí pode-se objetar que esses médiuns conheciam Chico, e, possivelmente, todos os médiuns que escreveram sobre colônias foram influenciados por André Luiz. Mas essa hipótese também é facilmente refutável. Aliás, Yvonne Pereira recebeu “Memórias de um suicida”, pelo Espírito Camilo Cândido Botelho, onde há relato de Colônias Espirituais, antes de André Luiz escrever “Nosso lar” e a médium nem conhecia o Chico. Mas ainda sem mencionar Yvonne, Zilda Gama, médium que Chico não conheceu e que atuou antes do médium de Uberaba, já houvera feito dezenas de relatos de cidades espirituais.   

O próprio pesquisador Ernesto Bozzano colheu inúmeros relatos em pleno século XIX de cidades Espirituais. Assim como o reverendo da igreja anglicana da Inglaterra G. Owen, que foi objeto de uma eclosão de mediunidades e escreveu obras descrevendo o mundo espiritual, com riqueza de detalhes; a obra “A vida além do Véu” se destaca, porque parece André Luiz novamente, só que ele viveu no século XIX.    

O Sadhu Sundar Singh, o maior Apóstolo Cristão da Índia e de todas as regiões próximas, que encantou o mundo pregando o evangelho do Himalaia à Inglaterra, do Nepal e Paquistão aos países europeus, foi objeto de visões psíquicas extraordinárias; emancipava do corpo e visualizava as cidades espirituais.   

Sem falar nas experiências de TCI e Metaciência, de Raudive a Jürgenson, de George Meek a Telma Moss, a culminância com o SPIRICOM e VIDCOM, que demonstrou que as lâminas das telas conseguiam captar algumas comunicações espirituais, e algumas personagens desencarnadas como Rosemary Brown e mesmo Albert Einstein apareceram descrevendo as cenas do Além, com bosques, flores e cidades praticamente idênticas ao que André Luiz descreveu. Ou seja, os relatos são MUITOS.  

Em pleno século XVI, Emmanuel Swedenborg desabrocha mediunidade e escreve suas visões, descrevendo cidades espirituais com riqueza de detalhes.   Kardec, quando escreveu sobre a doutrina de Swedenborg na Revista Espírita de 1859, garante que Swedenborg era médium autêntico, que revelou na sua época muitas informações importantes do mundo espiritual. Porém, diz Kardec, pecou em alguns pontos. E Kardec menciona a teoria do anjo caído, e de Jesus como Criador. Tirando isso, Kardec elogia as revelações recebidas por Swedenborg.

Curiosamente Kardec, que demonstra ter lido os livros de Swedenborg, não critica as descrições de cidades espirituais que o autor apresenta.

Reflitemos.

 


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

[1] KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 1. reimp. (atualizada). Trad. Evandro Noleto Bezerra. RJ: FEB, 2009. Questão 798.

[2] KARDEC, Allan. A Gênese. Cap. XIV, item 36.

[3] KARDEC, Allan. Revista Espírita. Junho, 1866.

 

Flávio Santos é psicólogo clínico, da escola junguiana, e orador espírita há mais de 18 anos na cidade de Salvador/BA. Trabalhador da Fraternidade Espírita Irmã Scheilla, onde coordena o grupo de estudos de O Evangelho segundo o Espiritismo. Tem um canal no YouTube intitulado Raciocínios Espíritas, em que veicula conteúdo doutrinário gratuitamente. 


 

 

     
     

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