Vamos colocar os pingos nos is
Diante das últimas notícias midiáticas, é de bom alvitre
esclarecer algumas questões:
1) A
mediunidade não é criação do Espiritismo,
tampouco sua exclusividade. Está presente em todos os
segmentos religiosos, bem como nos meios não religiosos.
Trata-se de disposição orgânica inerente ao ser humano;
2) Religião
de matriz africana não é Espiritismo. Logo, o
Candomblé nãotem relação com o Espiritismo. São
bases epistemológicas diferentes;
3) A
Umbanda, embora cristã, não é Espiritismo;
4) Cobrança
de qualquer espécie não é Espiritismo;
5) Mercadejar
com mediunidade nãoé Espiritismo;
6) Tarô,
runas, pedras etc. não são Espiritismo.
A Federação Espírita Brasileira tem divulgado, de
maneira clara e objetiva, o que é o Espiritismo e sua
prática. Quanto a esta última, transcrevemos abaixo:
Toda prática espírita é gratuita, como orienta o
princípio moral do Evangelho: "Dai de graça o que de
graça recebestes";
A prática espírita é realizada com simplicidade, sem
nenhum culto exterior, dentro do princípio cristão de
que Deus deve ser adorado em espírito e verdade;
O Espiritismo não tem sacerdotes e não adota, nem usa em
suas reuniões e em suas práticas, altares, imagens,
andores, velas, procissões, sacramentos, concessões de
indulgência, paramentos, bebidas alcoólicas ou
alucinógenas, incenso, fumo, talismãs, amuletos,
horóscopos, cartomancia, pirâmides, cristais ou
quaisquer outros objetos, rituais ou formas de culto
exterior;
O Espiritismo não impõe os seus princípios. Convida os
interessados em conhecê-lo a submeterem os seus ensinos
ao crivo da razão antes de aceitá-los;
A mediunidade, que permite a comunicação dos Espíritos
com os homens, é uma faculdade que muitas pessoas trazem
consigo ao nascer, independentemente da religião ou da
diretriz doutrinária de vida que adotem;
Prática mediúnica espírita só é aquela que é exercida
com base nos princípios da Doutrina Espírita e dentro da
moral cristã;
O Espiritismo respeita todas as religiões e doutrinas,
valoriza todos os esforços para a prática do bem e
trabalha pela confraternização e pela paz entre todos os
povos e entre todos os homens, independentemente de sua
raça, cor, nacionalidade, crença, nível cultural ou
social. Reconhece, ainda, que "o verdadeiro homem de bem
é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade,
na sua maior pureza".
Esperamos que os meios de comunicação tenham maior
cuidado ao se referirem ao Espiritismo e eventuais
ocorrências que possam envolvê-lo. Assim como as pessoas
possam se informar mais, sobretudo, por meio das obras
básicas de Allan Kardec, bem como junto à Federação
Espírita Brasileira.
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