Cinco-marias

por Eugênia Pickina

 

Brincar para crescer


Brincar é condição fundamental para ser sério
. Arquimedes


Quando brinca, a criança se estrutura como indivíduo, treinando competências, explorando curiosa o mundo.

Lembrando que brincar é um direito, os adultos devem procurar despertar  aptidões, permitindo que a criança, em casa e na escola, brinque muito para desenvolver-se com plenitude.

Amarelinha? Quem não conquista equilíbrio pulando com um pé só? Brincar de amarelinha fortalece os músculos das pernas, proporciona à criança exercitar força muscular, ritmo corporal, desenvolvimento social –  “minha vez, sua vez”…

Na hora do esconde-esconde, os pequenos são estimulados a correr, disputar espaço, superar limites, enfrentar o grupo…

“Ciranda, cirandinha, vamos todos…” Brincando de ciranda, além da noção de equilíbrio e espaço, as crianças cantam, dançam, treinam linguagem, extroversão, têm acesso ao manancial das cantigas que integram a cultura nacional…

Queimada? Ajuda a desenvolver a potência e a agilidade, estimulando ainda o convívio social da criança.

Longe de ser uma simples maneira de as crianças se divertirem, quem experimenta pega-pega, esconde-esconde, quem pula amarelinha, quem é queimado ou tropeça na corda, está explorando para crescer. Pois a criança que brinca têm acesso a momentos criativos e, com isso, se desenvolve como personalidade, adquirindo, ainda, lições importantes sobre amizade e convivência.

Ao brincar, a criança descobre a si mesma e ao mundo ao seu redor. Crianças aprendem brincando, e cada uma do seu jeito. Por isso, mais do que bons momentos, a brincadeira  é um ato extremamente valioso para o desenvolvimento infantil.

Notinhas

Três brincadeiras divertidas:

1) Cinco-marias: 5 saquinhos de pano cheios  de arroz ou areia. A brincadeira consiste em jogar todos os saquinhos no chão, tirar um e jogar para cima com a mesma mão. Em seguida, você pega mais um e continua a brincadeira até não sobrar saquinho no chão. Na segunda rodada, é repetido o mesmo procedimento anterior, só que dessa vez é preciso pegar dois saquinhos por vez. A cada rodada se aumenta o número de saquinhos por vez até conseguir pegar todos de uma só vez;

2) Pula corda: duas crianças rodam a corda, enquanto uma terceira pula. Enquanto isso, a garotada canta: “um dia um homem bateu na minha porta e disse assim: senhora, senhora põe a mão no chão; senhora, senhora pule de um pé só; senhora, senhora dê uma rodadinha, e vá pro meio da rua”. A criança que está pulando deve fazer gestos em referência à música até sair da corda sem errar;

3) Roda: todas as crianças ficam em círculo de mãos dadas, cantando cantigas antigas e rodando. Em seguida, elas repetem os gestos sugeridos pela canção. Sugestão de músicas: Ciranda-Cirandinha, A Canoa Virou, Eu Entrei na Roda, Se Esta Rua Fosse Minha...


 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita