Intuição, a voz silenciosa
A intuição é uma percepção muito sutil, mas ao
mesmo tempo clara e vigorosa, que envolve
fluidicamente o ser.
Mesmo aqueles cujos corações se apresentam
insensíveis durante o exercício da vida na Terra
recebem e captam esses suaves sinais procedentes
do Alto.
Todos os dias e com uma frequência vibrante,
somos alcançados por lampejos de sentimentos,
seja da parte do nosso protetor ou do grupo de
almas que, por nos verem com simpatia, vez por
outra se acham ao nosso lado, fortalecendo
nossos passos.
São muitas, muitas! Junto às correntes de
pensamentos, nos instantes de precisão e para
auxiliar-nos na solução de tudo o que
consideramos problemas, estamos recebendo,
diuturnamente, elevada carga de vibrações que
invadem o cérebro, quer da parte de encarnados
ou desencarnados. Essas ideias de toda ordem,
sujeitas ao emprego de criterioso cuidado na
seleção dos valores embutidos, passam a fazer
parte da relação de onde será extraída a que
melhor se encaixe na necessidade requerida para
o momento. A decisão, em quaisquer desses
instantes, será sempre da própria pessoa. Este é
um ponto que exige de cada um boa dose de
responsabilidade, visto que a decisão, sempre,
deverá ser pessoal.
A intuição, esse substantivo feminino,
está presente na vida de todos nós.
Alguns atos de nossa parte, considerados como
normais pela usualidade corriqueira, estão
amparados pela manifestação expressa da
intuição. Essa voz silenciosa nos faz
observações, por exemplo, quando por ela somos
auxiliados ao preparar nossos pratos para uma
refeição. Quanto à opção de que lançamos mão,
isto é, escolher o que comer, é matéria de
interesse pessoal, mas, no que toca à
quantidade, a dosagem está ao abrigo dessa
advertência que impõe, não obstante a mudez. Se
por acaso, durante a preparação do prato nos
deixarmos enganar pela volúpia dos olhos, que
pedem mais, e concordamos, via de regra será
considerada fora de cota para o estômago, que
até se sentiria saciado sem esta porção, quando,
não, trazendo algum desconforto.
Quando dividimos metade de um refrigerante ou
algo que se assemelhe, em dois copos, e
acertamos na quantidade destinada ao segundo
copo, não é o acaso que se faz presente, mas é a
voz silenciosa que diz: "Pare de encher o
primeiro; o que ainda resta é para o outro
copo".
Na preparação das
comidas, a quantidade de temperos para cada
caso, quando não há medidas previamente
estabelecidas, eis de novo presente a intuição,
manifestada através das pitadasdisso
ou daquilo, que raramente não se equilibram.
Outro exemplo
interessante está relacionado com a radiestesia,
quando o operador do pêndulo, da forquilha ou
das varetas procura por veios de água. Neste
caso, quando acontece a manifestação desses
aparelhos apropriados, como a giração do
pêndulo, a ponta da forquilha que se curva em
direção ao chão ou as pontas das varetas que se
aproximam ou se repelem, o operador avisa: ‒
"Aqui tem água", descrevendo de pronto a
profundidade do poço, seja este normal
(caseiro), semiartesiano ou artesiano, e a
quantidade de água disponível por hora, em
metros cúbicos. O aqui enunciado não é uma
hipótese, mas um fato. Se for perguntado ao
operador como é que ele sabe disso, não saberá
explicar-se, pois esses detalhes simplesmente
lhe surgem à mente. Cabe aqui lembrar sobre este
caso específico, que as pessoas dotadas de
sensibilidade magnética capaz desses resultados
integram uma variedade de médiuns, tanto
curadores como de incorporação.
Há também situações em que, após deixarmos nosso
lar, somos alertados de que algo ficou
aguardando por providências, em nossa casa, que
não mereceu a devida atenção. Ao retornar, é
constatado o ferro ligado, o fogão aceso etc...
O Velho ou Antigo
Testamento igualmente é farto dessas mensagens
que chegam de surpresa em alguns momentos. Uma
dessas belas passagens refere-se a Moisés,
durante a fuga pelo deserto, quando tocou certa
pedra com seu cajado e desta começou a brotar
água em abundância, saciando a sede de seu povo
que o acompanhava, bem como dos seus animais. É
compreensível que a água já estivesse ali, mas
bloqueada pela pedra.
Os dicionários trazem a explicação desse
vocábulo: "É o ato ou a capacidade de sentir", o
que não deixa de ser uma realidade, pois nem
sempre as intuições são observadas ou acatadas.
Quantas vezes, ao deixar de ouvir o que muitos
dizem ser "a voz da consciência", os resultados
para essas pessoas não têm sido nada agradáveis.
Portanto, junto às nossas orações, convém que
nos lembremos dos abnegados protetores que estão
conosco, dia após dia neste campo de provas,
dedicando-lhes e a outros mais que nos
acompanham por simpatia, nossos agradecimentos
pelo tanto que nos têm ajudado, especialmente
nos momentos mais difíceis de nossa caminhada.