Divaldo Franco: “O amor é a chave para a
felicidade, que se inicia no autoamor”
O conhecido orador foi o destaque do tradicional
seminário espírita que anualmente ocorre na bela cidade
de Bad Honnef, Alemanha
No dia 31 de maio, uma sexta-feira, retornando a Bad Honnef,
na Alemanha, para o já tradicional seminário espírita da
cidade, Divaldo Franco e o Dr. Juan Danilo Rodríguez
Mantilla participaram de um singelo encontro informal
nas dependências do Hotel Seminaris.
O encontro, denominado Sarau Evangélico, serviu para
abrir as portas à jornada que se iniciaria no dia
seguinte, sábado, com encerramento no dia 2 de junho,
domingo. Foram momentos de grande beleza e encantamento.
Juan Danilo se apresentou tocando violão e cantando
poemas que foram musicados por ele mesmo. Com sua
sensibilidade artística, Juan Danilo musicou vários
textos ditados pelos espíritos, através da mediunidade
de Divaldo Franco, especialmente os de Rabindranath Tagore.
A cada novo momento, Divaldo declamava poemas do livro Filigranas
de Luz, formando um belo e harmônico dueto. Com a
participação especial de Warren Richardson, que com sua
voz encantadora e potente, criou um clima de muita
emoção. Ao final todos se recolheram, aguardando,
expectantes, o sábado quando o aguardado seminário será
iniciado efetivamente pela manhã bem cedo.
Qual o sentido da vida? foi o tema do seminário
No dia 1º de junho, logo pela manhã, teve início o
seminário Qual o sentido da Vida?, realizado nas
dependências do Hotel Seminaris Alexander-von-Humboldt.
Trata-se de uma atividade anual que ocorre na
encantadora Bad Honnef, na Alemanha, e que é aguardada
com ansiedade pelos mais de trezentos inscritos, que
lotaram o salão de conferências.
Divaldo Franco, acompanhado pelo médico e amigo Dr. Juan
Danilo Rodríguez Mantilla, deu as boas vindas ao
público, destacando que seriam dois dias de terapêuticas
de alegria, buscando eliminar o vazio existencial.
A sociedade atual, afirmou Divaldo, se comunica com
grande facilidade com o lado exterior da vida, ansiosa,
que busca nas fugas psicológicas a paz que falta
interiormente em cada ser humano. Nunca houve tanta
solidão como hoje, solidão a um, a dois, solidão na
multidão. Alguns escolhem ser infelizes, carregando, não
raro, a falta de amor da infância, originando a criança
ferida, e logo mais, na vida de adultos infantis, onde
tudo é motivo para contrariedades, tudo é justificativa
para a infelicidade.
Com bom humor invejável, o ilustre orador foi conduzindo
a plateia com habilidade, provocando risos, que, afinal,
são terapêuticos, demonstrando que é possível despertar
para uma vida feliz. O amor é a chave para a felicidade,
que se inicia no autoamor. Vamos encher nossas vidas,
convidou Divaldo, buscar abraçar um ideal, somos filhos
de Deus e esta é a maior honra que existe.
No período da tarde, foi a vez de Juan Danilo mergulhar
na temática do sentido da vida. Para tal, o orador
trouxe para análise trechos de Revista Espírita de
Agosto de 1863, afirmando que o indivíduo que possui uma
vida vazia, e tem anseios que não consegue satisfazer,
está sempre em busca, e parece nunca atingir o
idealizado. Aprofundando a questão, Juan Danilo abordou
o despertar do indivíduo, as interrogações, o retorno ao
convívio social, tornando a vida permeada de atividades
e compromissos, chegando ao entendimento de que não
necessitamos consertar o outro, que somente cabe a cada
um aceitar e amar. Concluindo, afirmou que o ideal é ter
metas, ideais, que irão auxiliar a saber por onde
transitar. Todos os indivíduos são definidos pelos seus
próprios ideais.
Depois de uma pausa ocorreram as apresentações
artísticas de Warren Richardson e sua filha Amina Matos
Richardson, que encantaram com suas vozes e seus
carismas, para então, o incansável trabalhador de Jesus,
Divaldo Franco, arrematar o dia rico de oportunidades,
afirmando que todos são energia, e a energia se
manifesta em graus, em ondas, e que o ser humano
necessita buscar fazer a sintonia, entrar na faixa de
seu próprio inconsciente, perguntando qual a sua missão
na Terra. A resposta virá, o sentido da vida virá, será,
então, o indivíduo, feliz, por que não mais lhe
interessará a opinião dos outros, será livre, seguindo a
trajetória que Deus lhe proporcionou.
Podemos afirmar que foi um dia encantador. Todos estavam
em busca de um ideal, ou reafirmando-o, querendo
promover em si mesmo o despertar, recebendo as
elucidações de alguém com imensa bagagem de vida, com
uma vida dedicada ao bem, ao amor, e que, esquecendo-se
de si mesmo, dedica a própria vida aos irmãos do
caminho. A rica e instigante temática terá continuidade,
prosseguindo com muito trabalho e certamente rico de
oportunidades.
A importância de termos um ideal
O domingo, dia 2, surgiu rico de expectativas. Divaldo
Franco, em sintonia com o lindo e ensolarado dia,
discorreu sobre O Poder do Ideal, pois quando se tem um
ideal, as dificuldades se transformam em desafios, e
nada poderá impedir que estes desafios sejam superados.
“Nunca abandone seus sonhos, lembrando que nem sempre os
resultados são imediatos, porém, se perseverar, eles se
farão reais”, disse o orador. Apresentando exemplos de
idealistas, o Embaixador da Paz no Mundo se referiu a
Alexander Fleming (1881-1955), que descobriu a
penicilina, após ter perseverado no seu ideal, bem como
a Thomas Edison (1847-1931), que por centenas de vezes
teve suas pesquisas frustradas, mas não desistiu, e
graças à sua perseverança, temos a lâmpada.
A temática foi empolgante, porque Divaldo Franco é,
também, um belo exemplo de perseverança, pois,
acompanhando suas narrativas acerca de sua infância, dos
tropeços e dificuldades que teve com o desabrochar da
mediunidade, embora tendo tudo para desistir,
perseverou. Que o digam os mais de seiscentos filhos que
ele adotou, educou e amou ao longo de todos estes anos!
À tarde, o amigo Juan Danilo conduziu o público,
reflexionando sobre A Consciência Desperta, apresentando
e aprofundando os níveis de consciência de vigília, de
sono, das mudanças que cada um necessita operar em si
mesmo para que possa se tornar bom administrador de sua
vida, não perdendo tempo e oportunidades, visando não se
arrepender posteriormente.
Juan Danilo discorreu sobre a importância de saber dizer
o não e de aceitar e ouvir o não. Abordou, também, a
questão do foco, com o propósito de dissociar muitas
coisas que estão próximas, visando concentrar-se naquilo
que deseja realizar. Destacou que o verdadeiro espírita
é alguém que busca realizar o trabalho consigo mesmo,
liberando-se pouco a pouco das carências e rumando para
a individuação. Como mecanismo facilitador para a vida,
propôs três metas para a conquista do sentido da vida,
que são: Facilitar, Simplificar e Fazer, demonstrando,
de forma simples e objetiva, que é possível avançar
conquistando uma relativa paz e harmonia.
Ao final, Divaldo e Juan ainda responderam a várias
perguntas, elucidando e aprofundando pontos específicos.
O momento dos agradecimentos contribuiu para realçar e
confirmar que a vivência e a convivência, no desenrolar
do Seminário, se constituíram em dias inesquecíveis. A
confraternização e as despedidas, realçadas pelos
abraços afetuosos, se constituíram em júbilos de
fraternidade verdadeira, antevendo o próximo ano,
aguardando novo reencontro.
Divaldo, após atender os que ainda o buscavam para um
abraço, para despedir-se, se recolheu, pois já no dia
seguinte, segunda-feira, deveria rumar a Paris, para
novos compromissos.
Nota do Autor:
As fotos que ilustram esta reportagem são
de autoria de Jaqueline
Medeiros.