Internacional
por Ênio Medeiros

Ano 13 - N° 624 - 23 de Junho de 2019

 

Divaldo Franco: “O amor é a chave para a felicidade, que se inicia no autoamor”


O conhecido orador foi o destaque do tradicional seminário espírita que anualmente ocorre na bela cidade de Bad Honnef, Alemanha


No dia 31 de maio, uma sexta-feira, retornando a Bad Honnef, na Alemanha, para o já tradicional seminário espírita da cidade, Divaldo Franco e o Dr. Juan Danilo Rodríguez Mantilla participaram de um singelo encontro informal nas dependências do Hotel Seminaris.

O encontro, denominado Sarau Evangélico, serviu para abrir as portas à jornada que se iniciaria no dia seguinte, sábado, com encerramento no dia 2 de junho, domingo. Foram momentos de grande beleza e encantamento. Juan Danilo se apresentou tocando violão e cantando poemas que foram musicados por ele mesmo. Com sua sensibilidade artística, Juan Danilo musicou vários textos ditados pelos espíritos, através da mediunidade de Divaldo Franco, especialmente os de Rabindranath Tagore. A cada novo momento, Divaldo declamava poemas do livro Filigranas de Luz, formando um belo e harmônico dueto. Com a participação especial de Warren Richardson, que com sua voz encantadora e potente, criou um clima de muita emoção. Ao final todos se recolheram, aguardando, expectantes, o sábado quando o aguardado seminário será iniciado efetivamente pela manhã bem cedo.

Qual o sentido da vida? foi o tema do seminário

No dia 1º de junho, logo pela manhã, teve início o seminário Qual o sentido da Vida?, realizado nas dependências do Hotel Seminaris  Alexander-von-Humboldt. Trata-se de uma atividade anual que ocorre na encantadora Bad Honnef, na Alemanha, e que é aguardada com ansiedade pelos mais de trezentos inscritos, que lotaram o salão de conferências.

Divaldo Franco, acompanhado pelo médico e amigo Dr. Juan Danilo Rodríguez Mantilla, deu as boas vindas ao público, destacando que seriam dois dias de terapêuticas de alegria, buscando eliminar o vazio existencial.

A sociedade atual, afirmou Divaldo, se comunica com grande facilidade com o lado exterior da vida, ansiosa, que busca nas fugas psicológicas a paz que falta interiormente em cada ser humano. Nunca houve tanta solidão como hoje, solidão a um, a dois, solidão na multidão. Alguns escolhem ser infelizes, carregando, não raro, a falta de amor da infância, originando a criança ferida, e logo mais, na vida de adultos infantis, onde tudo é motivo para contrariedades, tudo é justificativa para a infelicidade.

Com bom humor invejável, o ilustre orador foi conduzindo a plateia com habilidade, provocando risos, que, afinal, são terapêuticos, demonstrando que é possível despertar para uma vida feliz. O amor é a chave para a felicidade, que se inicia no autoamor. Vamos encher nossas vidas, convidou Divaldo, buscar abraçar um ideal, somos filhos de Deus e esta é a maior honra que existe.

No período da tarde, foi a vez de Juan Danilo mergulhar na temática do sentido da vida. Para tal, o orador trouxe para análise trechos de Revista Espírita de Agosto de 1863, afirmando que o indivíduo que possui uma vida vazia, e tem anseios que não consegue satisfazer, está sempre em busca, e parece nunca atingir o idealizado. Aprofundando a questão, Juan Danilo abordou o despertar do indivíduo, as interrogações, o retorno ao convívio social, tornando a vida permeada de atividades e compromissos, chegando ao entendimento de que não necessitamos consertar o outro, que somente cabe a cada um aceitar e amar. Concluindo, afirmou que o ideal é ter metas, ideais, que irão auxiliar a saber por onde transitar. Todos os indivíduos são definidos pelos seus próprios ideais.

Depois de uma pausa ocorreram as apresentações artísticas de Warren Richardson e sua filha Amina Matos Richardson, que encantaram com suas vozes e seus carismas, para então, o incansável trabalhador de Jesus, Divaldo Franco, arrematar o dia rico de oportunidades, afirmando que todos são energia, e a energia se manifesta em graus, em ondas, e que o ser humano necessita buscar fazer a sintonia, entrar na faixa de seu próprio inconsciente, perguntando qual a sua missão na Terra. A resposta virá, o sentido da vida virá, será, então, o indivíduo, feliz, por que não mais lhe interessará a opinião dos outros, será livre, seguindo a trajetória que Deus lhe proporcionou.

Podemos afirmar que foi um dia encantador. Todos estavam em busca de um ideal, ou reafirmando-o, querendo promover em si mesmo o despertar, recebendo as elucidações de alguém com imensa bagagem de vida, com uma vida dedicada ao bem, ao amor, e que, esquecendo-se de si mesmo, dedica a própria vida aos irmãos do caminho. A rica e instigante temática terá continuidade, prosseguindo com muito trabalho e certamente rico de oportunidades.

A importância de termos um ideal

O domingo, dia 2, surgiu rico de expectativas. Divaldo Franco, em sintonia com o lindo e ensolarado dia, discorreu sobre O Poder do Ideal, pois quando se tem um ideal, as dificuldades se transformam em desafios, e nada poderá impedir que estes desafios sejam superados. “Nunca abandone seus sonhos, lembrando que nem sempre os resultados são imediatos, porém, se perseverar, eles se farão reais”, disse o orador. Apresentando exemplos de idealistas, o Embaixador da Paz no Mundo se referiu a Alexander Fleming (1881-1955), que descobriu a penicilina, após ter perseverado no seu ideal, bem como a Thomas Edison (1847-1931), que por centenas de vezes teve suas pesquisas frustradas, mas não desistiu, e graças à sua perseverança, temos a lâmpada.

A temática foi empolgante, porque Divaldo Franco é, também, um belo exemplo de perseverança, pois, acompanhando suas narrativas acerca de sua infância, dos tropeços e dificuldades que teve com o desabrochar da mediunidade, embora tendo tudo para desistir, perseverou. Que o digam os mais de seiscentos filhos que ele adotou, educou e amou ao longo de todos estes anos!

À tarde, o amigo Juan Danilo conduziu o público, reflexionando sobre A Consciência Desperta, apresentando e aprofundando os níveis de consciência de vigília, de sono, das mudanças que cada um necessita operar em si mesmo para que possa se tornar bom administrador de sua vida, não perdendo tempo e oportunidades, visando não se arrepender posteriormente.

Juan Danilo discorreu sobre a importância de saber dizer o não e de aceitar e ouvir o não. Abordou, também, a questão do foco, com o propósito de dissociar muitas coisas que estão próximas, visando concentrar-se naquilo que deseja realizar. Destacou que o verdadeiro espírita é alguém que busca realizar o trabalho consigo mesmo, liberando-se pouco a pouco das carências e rumando para a individuação. Como mecanismo facilitador para a vida, propôs três metas para a conquista do sentido da vida, que são: Facilitar, Simplificar e Fazer, demonstrando, de forma simples e objetiva, que é possível avançar conquistando uma relativa paz e harmonia.

Ao final, Divaldo e Juan ainda responderam a várias perguntas, elucidando e aprofundando pontos específicos. O momento dos agradecimentos contribuiu para realçar e confirmar que a vivência e a convivência, no desenrolar do Seminário, se constituíram em dias inesquecíveis. A confraternização e as despedidas, realçadas pelos abraços afetuosos, se constituíram em júbilos de fraternidade verdadeira, antevendo o próximo ano, aguardando novo reencontro.

Divaldo, após atender os que ainda o buscavam para um abraço, para despedir-se, se recolheu, pois já no dia seguinte, segunda-feira, deveria rumar a Paris, para novos compromissos.

 

Nota do Autor:

As fotos que ilustram esta reportagem são de autoria de Jaqueline Medeiros.


 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita