Assim como os rios vão para o mar, os
religiosos vão para Deus
O conceito de religião hoje está bem variado. Alguns
consideram o capitalismo como uma religião, como também
o comunismo, que tem a sua própria Bíblia (“o Capital”),
e até seus teólogos! O inglês Yuval Noah Harari, doutor
em história pela Universidade de Oxford, especialista em
História Mundial e professor da Universidade Hebraica de
Jerusalém, é um dos que assim pensam. (Mais detalhes em
seu livro: “Uma Breve História da Humanidade Sapiens”,
12ª edição, L&PM Editores, Porto Alegre, RS.)
E aquela conhecida afirmação da Igreja, de que ‘fora da
Igreja, não há salvação’, hoje cai num total
esvaziamento. Aliás, quem quiser ser um cristão
verdadeiro deve tomar por base do seu Cristianismo o
lapidar ensino do excelso Mestre: “Conhecereis meus
discípulos por se amarem uns aos outros como eu vos
amei” (João, 13: 34 e 35). Essa é, pois, a
característica do verdadeiro cristão, seja ele católico,
protestante, evangélico, ortodoxo oriental, espírita, ou
de qualquer outra crença. E o que é amar uns aos outros
senão praticar a benevolência, a justiça, o perdão
incondicional, a humildade, o desapego e até a renúncia
de si mesmo? Quem quiser ser meu discípulo, renuncie-se
a si mesmo, tome sua cruz e siga-me! (Mateus 16: 24).
E, por oportuno, o dízimo, que é bíblico, não compra o
céu. “Ai de vós escribas e fariseus, hipócritas! porque
dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho. E
tendes negligenciado os preceitos mais importantes da
lei: a justiça, a misericórdia e a fé; devíeis, porém,
fazer estas coisas, sem omitir aquelas.” (São Mateus 23:
23.) O dízimo de hoje custeia as despesas comuns do
templo (água, luz etc.) e dos líderes religiosos. Mas
vejamos o que diz São Paulo: “Tendo sustento e com que
nos vestir, estejamos contentes” (1 Timóteo 6: 8). Isso
quer dizer que o dízimo com abuso é errado, o que ocorre
muito na atualidade. E, no Velho Testamento, não só o
sacerdote, mas também os pobres da comunidade recebiam o
dízimo dos que podiam doá-lo. Hoje, como vimos, pagas as
despesas do templo, o dízimo fica totalmente nas mãos do
líder religioso, com exceção do padre de uma ordem.
E, por oportuno, lembremos que o Espiritismo é a
religião mais agredida porque ele não tem dízimo.
Enquanto os líderes religiosos vivem da sua religião, os
espíritas vivem para a sua religião, o que incomoda
muito os outros líderes religiosos.
No Cristianismo, infelizmente, as doutrinas mais
polêmicas são os dogmas que constituem suas bases
doutrinárias, as quais, além de aumentarem o número dos
cristãos indiferentes, aumentam também o número de
ateus. Quando as autoridades religiosas vão ser humildes
o bastante para reconhecer que os seus colegas teólogos
do passado erraram e que, pois, é urgente que algumas de
suas doutrinas sejam reformadas?
Porém, como Deus quer a salvação de todos (João 6:39), é
consolador sabermos que, apesar dos erros das religiões,
todos os que as praticam estão demonstrando que buscam
Deus. E Ele recebe, prazerosamente, todos os seus
filhos, quando eles decidem ir para Ele.
E numa analogia entre a lei da gravidade e o amor
infinito de Deus, é como se seu amor infinito fosse a
lei da gravidade. E, assim como ela atrai todos os rios
para o mar, o amor infinito de Deus atrai para si todos
os seus filhos, a partir do momento em que eles, através
da sua religião, demonstrarem que querem ir para Ele!
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