Bons
Espíritos
“Se
queres
paz,
trabalha
pela paz
alheia;
se
queres
amor,
não te
esqueças
de
amar.” (*)
Como
manter-nos
em
harmonia
e em
sintonia
com os
bons
Espíritos,
numa
época em
que se
dá tanto
destaque
às
“coisas
ruins”
que
acontecem
no dia a
dia,
deixando
de lado
as boas
iniciativas?
Existem
vários
motivos
para
ainda
existir
destaque
para as
coisas
ruins:
Porque
ainda
gostamos
das
coisas
ruins;
porque
ainda
valorizamos
as
coisas
ruins;
porque
acreditamos
nas
coisas
ruins,
no
sentido
de que
isto é
predominante.
Um dos
trabalhos
que
devemos
realizar
na vida
é
apurarmos
o nosso
gosto,
observando
o que
estamos
fazendo
com o
nosso
tempo,
qual o
tipo de
programas
e
atividades
a que
estamos
nos
habituando?
Como nos
divertimos
ou
relaxamos?
O que e
como
fazer
para não
nos
envolvermos
neste
clima
recheado
de
acontecimentos
pesados
e
repetitivos
que nos
fazem
desacreditar
nos
homens,
nos bons
costumes
e no
bem? Por
exemplo,
podemos
começar
a nos
questionar:
Por que
perco
tanto
tempo
nesta
atividade?
Por que
não
substituo
um
desses
programas
por algo
mais
útil?
Isso é
bom para
mim?
Isto é
bom para
a minha
família?
O que
estou
aprendendo?
Nesse
processo
de
reavaliação
é
importante
procurarmos
ocupar o
tempo
com
outras
formas
de
relaxar,
ou de
nos
sentirmos
úteis. A
música,
caminhar
ao ar
livre,
tentando
perceber
o que
temos ao
nosso
redor, o
estudo,
a
meditação,
os
exercícios
físicos
e,
principalmente,
auxiliando
a quem
necessite
do nosso
concurso
fraterno.
Poderemos,
também,
refletir
sobre
uma boa
palestra
ou sobre
uma boa
leitura.
Não
falamos
em
deixar,
imediatamente,
os
programas
ou
divertimentos
aos
quais
estamos
acostumados.
A ideia
é ir
buscando,
paralelamente,
alternativas
que nos
fazem
sentir
bem e,
dessa
forma,
iniciar
a
mudança
do
hábito
que não
está nos
deixando
serenos,
leves,
nos
tornando
melhores
e,
consequentemente,
não
agregando
valores
importantes.
A partir
dessa
nossa
conscientização,
vamos
refinando
o nosso
gosto
sem
mudanças
bruscas,
sem
proibições,
sem nos
alienarmos.
Esse
movimento
vai
ajudar
aos
Espíritos
que nos
cercam e
atrair
outros
melhores.
É uma
mudança
difícil
em nosso
dia a
dia, mas
precisamos
exercitá-la
e sair
do
automatismo.
Quando
nos
dermos
conta,
teremos
uma
etapa
vencida.
E é
assim
que deve
ser tudo
em nossa
vida, um
constante
movimento
em
direção
ao bem
viver.
Como
manter
sintonia
com os
bons
Espíritos,
quando
no
ambiente
existem
pessoas
negativas?
Essa é
uma
questão
que nos
traz
muitas
dúvidas,
pois
precisamos
viver em
sociedade.
Primeiramente,
combatendo
o
negativismo
que
existe
dentro
de nós.
No
convívio
com
pessoas
negativas,
temos
duas
opções:
recriminar
estas
pessoas
ou
buscar
compreendê-las.
A
escolha
da opção
é nossa
e será
sempre
intransferível.
Se no
convívio
com as
pessoas
negativas,
buscarmos
ser
cristãos,
atrairemos
os bons
Espíritos.
Mas, se
no
convívio
com
elas,
exercitamos
a
maledicência,
a
censura,
a falta
de
paciência,
que
Espíritos
estaremos
atraindo
para
nós?
Façamos
antes a
tarefa
que nos
cabe,
combatendo
em nós o
gosto
pelas
acusações
e más
inclinações.
Reflitamos,
sinceramente,
qual é o
teor das
nossas
conversas
no
trabalho,
nas
horas de
folga,
no nosso
dia a
dia.
Pelas
nossas
conversas,
saberemos
qual
tipo de
Espíritos
estamos
atraindo,
o que
independe
das
pessoas
que
estão à
nossa
volta,
pois
somos o
que
sentimos,
pensamos
e
agimos,
independentemente
de
circunstâncias
externas.
Eduquemos,
então, o
nosso
pensamento
através
do
esforço
contínuo
em
melhorar-nos;
combatamos
incessantemente
os
vícios
morais;
cuidemos
para que
nossas
observações,
na
maioria
das
vezes,
tão
duras
com
relação
ao nosso
semelhante,
sejam de
compreensão
e não de
conivência
e de
bondade.
Este é o
trabalho
de todas
as
nossas
existências.
Certamente
estaremos
criando
condições
propícias
para
sintonizar
com os
bons
Espíritos,
e isto
será
inevitável.
É
preciso
certo
discernimento
para
começarmos
a nos
questionar
se isto
é bom ou
não para
nós.
Como
atingir
essa
consciência
se as
maiores
influências
que
sofremos,
tanto de
encarnados
como de
desencarnados,
nos
empurram
no
sentido
contrário?
O
discernimento
vem
através
do
conhecimento
e da
experiência,
e por
isso
precisamos
estudar
com
seriedade
e com
disciplina.
A
influência
que
sofremos
é uma
via de
mão
dupla e
ela só
existe
porque
encontra
eco em
nós. Se
já
assimilamos
que não
devemos
tirar a
vida de
uma
pessoa,
não há
influência
que nos
possa
dirigir
a isso;
se já
percebemos
claramente
que o
fumo faz
mal à
saúde,
não há
influência
que nos
faça
fumar. E
é
fundamental
refletir
que,
mesmo
debaixo
desta ou
daquela
influência,
temos o
livre-arbítrio,
excetuando
os casos
de
loucura,
onde não
podemos
responder
pelos
nossos
atos.
Nos
demais,
a
responsabilidade
será
sempre
nossa.
É
preciso
levar em
consideração
que a
experiência,
mesmo
dolorosa,
servirá
para o
nosso
aprendizado.
Nada se
perde na
Lei de
Deus,
tudo é
aproveitado.
Apenas é
chegado
o
momento
da nossa
maioridade
no
sentido
de
atender
aos
apelos
do
Cristo.
Encontramos
centenas
de
mensagens
na
Doutrina
Espírita
chamando-nos
à razão,
explicando
as
consequências
do
falatório,
das
fofocas,
dos
Espíritos
que
atraímos
frente
ao abuso
que
fazemos
com um
dos
nossos
mais
belos
recursos.
A
palavra
tantas
vezes
dita
para
edificar
pode ser
também
agente
desagregador
ou
instrumento
de
ferir. À
medida
que nos
conscientizamos
e nos
fortalecemos
espontaneamente,
vamos
procurando
leituras
que
façam
menção a
estas
questões
que nos
incomodam
e os
esclarecimentos
nortearão
a nossa
renovação.
O
pensamento
é
criador
em todos
os
sentidos
e vemos
isso
claramente.
Os bons
pensamentos,
sem
nenhuma
ação
correspondente,
não
sustentam
o apoio
dos bons
Espíritos,
e vemos
isto no
exemplo
de
Jesus.
Ele
orava,
vigiava,
tinha
bons
pensamentos,
mas,
acima de
tudo,
exemplificava.
O que
fazer
para não
estacionar
a nossa
evolução?
O fato
de
percebermos
que
estamos
estacionando
já é um
ótimo
sinal,
pois
temos de
valorizar
as
nossas
conquistas.
A
percepção
e a
consciência
dos
nossos
erros
são um
grande
passo
para a
nossa
mudança
e
crescimento
moral.
Olhemos
à nossa
volta e
poderemos
ver
quantos
ainda
não
percebem
o erro
no qual
incorrem
quando
praticam
a
violência
e os
abusos
na
prática
de
tantos
vícios
morais.
A
Doutrina
Espírita
nos
ensina e
mostra a
importância
da boa
luta
para a
transformação,
no
combate
às
nossas
imperfeições.
Graças
ao amor
de Deus
e ao
aproveitamento
das
oportunidades
diárias,
estamos
mais
lúcidos.
Ao
praticarmos
o bem
desinteressadamente
entramos
em
sintonia
com os
bons
Espíritos
e eles,
fraternalmente,
nos
estimulam
ao
exercício
do bem
para que
a nossa
reencarnação
seja
produtiva.
Eles
trabalham
a nosso
favor
para
mantermos
a paz
interior,
compreendem
as
nossas
fraquezas,
mas,
também,
sabem
que uma
queda
pode ser
prenúncio
de
vitória
no
porvir.
Estamos
rodeados
de
testemunhas
espirituais
que nos
assistem,
atraídas
pela
sintonia
dos
nossos
sentimentos.
Também
recebemos
do
próprio
ambiente
em que
vivemos
impulsos
de
magnetismo
inferior,
por isso
a
necessidade
de
vigiar e
orar
permanentemente.
Ainda
não
temos
noção do
que é a
Providência
Divina,
mas,
mesmo
assim,
somos
muito
protegidos
pelos
enviados
de Deus.
Busquemos
sempre o
melhor,
e, nessa
procura,
Jesus
aparecerá
nos
encorajando
a
persistir
na nossa
batalha
íntima,
aliviando
as
nossas
tensões,
no que
se
refere à
nossa
consciência.
(*)
MAIA,
João
Nunes - Filosofia
Espírita, ditado
pelo
Espírito
Miramez
- Volume
X –
análise
da
questão
486 de O
Livro
dos
Espíritos,
Editora
Espírita
Cristã
Fonte
Viva -
Belo
Horizonte
/MG –
1987.
Bibliografia:
XAVIER,
F. C. Seara
dos
Médiuns –
ditado
pelo
Espírito
Emmanuel
– “Bons
Espíritos”
– 13ª
edição –
FEB –
Brasília/DF
- 2001.
KARDEC,
Allan - O
Livro
dos
Espíritos –
“Escala
Espírita”
- 86ª
edição –
FEB –
Rio de
Janeiro/RJ
- 2005. |