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Doenças podem ser fatores que interferem na capacidade
mediúnica |
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O pensamento acima expresso é do nosso entrevistado, dr.
Décio Iandoli Jr.(foto), médico cirurgião e
endoscopista, e professor universitário, muito conhecido
no meio espírita como escritor, pesquisador
e palestrante.
É autor, entre outros, dos livros “Fisiologia
Transdimensional”, “Ser Médico e Ser Humano” e “A
Reencarnação Como Lei Biológica”.
Colaborador do Centro Espírita Dona Maria Modesto Cravo
e da Federação Espírita do Estado de Mato Grosso do Sul
(FEEMS), na cidade de Campo Grande, capital de Mato
Grosso do Sul, exerce
atualmente os cargos de vice-presidente da
Associação Médico-Espírita Internacional, diretor do
Departamento Acadêmico da Associação Médico-Espírita do
Brasil e presidente da Associação Médico-Espírita de
Mato Grosso do Sul.
Na entrevista a seguir, ele tece considerações sobre o
tema mediunidade e suas nuanças.
Que é mediunidade?
É a capacidade de perceber, em um grau qualquer, o plano
espiritual.
Como se desenvolve a mediunidade?
A mediunidade é uma característica física, portanto está
ligada à constituição da pessoa e a aspectos
hereditários. Entretanto, como qualquer outra habilidade
física, pode ser aperfeiçoada com a prática, com atenção
às sensações e às percepções.
É preciso lembrar que, mesmo praticando, melhoramos o
que temos, mas não criamos habilidades inexistentes nem
chegaremos a desenvolver possibilidades muito distantes
das que já temos.
Existem casos em que ocorrem eventos específicos com a
eclosão inesperada de propriedades mediúnicas. Creio que
esses casos são referentes a médiuns que ocultavam ou
ignoravam suas percepções, até que um fato específico os
coloca frente a frente com sua capacidade mediúnica,
ficando muito difícil ignorá-la.
Existem pessoas mais aptas ao exercício da mediunidade?
Sim, como disse acima, existem aqueles que têm
habilidades natas para perceber o plano espiritual.
Contudo, o que se percebe depende do padrão de
pensamento de cada médium e aí entra a questão moral com
grande importância.
Quanto mais apurada a sensibilidade mediúnica, mais
exposto está o médium às influências de inteligências
desencarnadas; e a natureza dessas inteligências é
sempre compatível com a evolução moral do médium.
No capítulo XVIII de O Livro dos Médiuns, na
pergunta 221, os espíritos respondem que a prática da
mediunidade pode causar fadiga. Como diferenciar as
sensações físicas resultantes da mediunidade de sintomas
que podem ser causados por uma doença?
Não existe uma maneira simples de se fazer isso, por
isso é sempre necessário consultar um médico ao mesmo
tempo em que se procura o tratamento espiritual diante
de sinais e sintomas de doença.
Se o médium tem pensamentos recorrentes sobre um
assunto, esse fluxo de pensamentos pode interferir na
prática da mediunidade?
Sim, pois ele estabelece um padrão vibratório que
atrairá espíritos que estão com os mesmos pensamentos.
É interessante lembrar que, muitas vezes, a indução
desses pensamentos recorrentes é provocada pelos
espíritos, nesse caso o conhecimento e o autocontrole do
médium são importantes.
Como uma função orgânica do corpo, a mediunidade depende
do equilíbrio das funções corporais para ser bem
praticada?
Sim, a doença física prejudica a economia orgânica do
médium e pode ser agravada pela mediunidade, assim como
doenças podem ser fatores que interferem na capacidade
mediúnica.
Gostaria de fazer um comentário final?
Estamos entrando em um tempo importante para o
conhecimento da mediunidade com o desenvolvimento de
pesquisas científicas sérias que procuram entender as
alterações e consequências da atividade mediúnica no
corpo físico dos médiuns.
As AMEs (Associações Médico-Espíritas) de todo o Brasil
têm participado de forma importante nessas pesquisas.
Acho que teremos muitos esclarecimentos e descobertas
nos próximos anos sobre esse tema.