Os primeiros espíritas que Chico conheceu foram José
Hermínio Perácio e sua esposa D. Carmen Pena Perácio,
com os quais iniciou o conhecimento da Doutrina Espírita
e mediúnico e diante de quem sempre se sentiu
eternamente devedor pelo bem que lhe fizeram.
O casal Perácio iniciou Chico no Espiritismo, com o médium
explicando-lhe o que sentia em matéria de mediunidade desde a
infância, quando ficou órfão de mãe aos cinco anos de idade.
Eles o amparavam nas necessidades espirituais ensinando-o a orar
e presentearam-no com “O Evangelho segundo o Espiritismo” e “O
Livro dos Espíritos”, de Allan Kardec, os dois livros que lhe
deram os alicerces da fé espírita e o orientaram para aceitar a
mediunidade e respeitar os Bons Espíritos.
No quintal da casa em que morava, ele via frequentemente sua mãe
desencarnada em 1915 e outros Espíritos, mas as pessoas que o
cercavam então não conseguiam compreender suas visões e
notícias, e acreditavam francamente que estivesse mentindo ou
que estivesse sob perturbação mental.
Como experimentasse essa incompreensão, cresceu debaixo de
muitos conflitos íntimos, porque de um lado estavam as pessoas
grandes que o repreendiam ou castigavam supondo que criava
mentiras e do outro lado estavam as entidades espirituais que
perseveravam sempre ao lado dele. Disso resultou muita
dificuldade mental para Chico, porque amava os Espíritos que
apareciam, mas não queria vê-los para não sofrer punições da
parte das pessoas encarnadas com quem precisava viver.
Do livro No mundo de Chico Xavier, de Elias Barbosa.
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